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14h38min - 04 de Dezembro de 2013 Atualizado em 14h41min

Governador Antonio Anastasia defende maior ênfase à administração

Ao participar de seminário internacional sobre gestão pública, em São Paulo, governador afirma ser fundamental a ênfase em pessoas, estruturas e procedimentos

Apresentar um pouco do que tem sido desenvolvido em Minas Gerais nos últimos anos, os desafios enfrentados pela administração pública no Brasil e os apontamentos para o futuro. Esses foram os temas tratados pelo governador Antonio Anastasia durante palestra “Como a introdução de inovação na gestão pública pode contribuir para melhorar a competitividade”, nesta quarta-feira (4) no Seminário Internacional Gestão Pública Contemporânea, em São Paulo, evento organizado pelo Banco Mundial e pela Fundação Dom Cabral.

Pontuando aspectos históricos, o governador mostrou como a cultura da administração pública nunca foi verdadeiramente levada a sério no país. "No Brasil, nós temos tido, ao longo da nossa História, muito governo e pouca administração. O Governo é a atividade política, baseado em eleições e, por isso mesmo, em relatividade de mandatos. Por outro lado, a administração pública deve ser técnica, racional, mais objetiva" explicou Anastasia.

Dessa forma, o governador defendeu um Estado em que o Governo, ideologicamente, tome as decisões, e que a administração seja a responsável por implementar as ações, buscando resultados concretos para a população. "A alta condução dos negócios públicos tem que ter raízes ideológicas, decisões específicas, mas usar a administração para impulsionar essas decisões. O que não pode acontecer, e é o que acontece hoje no Brasil, é contaminarmos a administração na sua inteireza e isso fazer perder a racionalidade necessária", afirmou o governador.

Segundo Anastasia, muito se avançou nos últimos anos em relação ao tema da administração pública no Brasil. Ele mostrou os exemplos conquistados em Minas Gerais nos últimos 10 anos, desde o início de implantação do reconhecido Choque de Gestão. Para o governador, não é preciso inventar a roda, mas, observando os modelos implantados por países mais desenvolvidos, adaptá-los às realidades de cada local.

Para uma administração pública inovadora, indutora da competitividade, afirmou Anastasia, três grandes processos precisam funcionar harmonicamente: pessoas, estruturas e procedimentos. "Se nós tivermos o elemento humano adequado, a estrutura administrativa composta por diretrizes horizontais holísticas e com integração, e se tivermos procedimentos que se baseiam na eficiência, na parceria com entes privados, nas metas e no enfoque em resultados, e os três se conjugarem na sua concepção, aí sim teremos condições de termos instrumentos para levarmos a um ambiente de inovação da gestão pública", afirmou.

Mesmo que apenas no início de todo esse processo, que é complexo e envolve gerações e mudanças culturais, Minas Gerais já vem se destacando internacionalmente pelos resultados que vem alcançando. Para exemplificar isso, o governador apresentou alguns processos de desburocratização que possibilitou que o Estado de Minas se tornasse hoje o mais fácil para abrir uma empresa. Também o primeiro lugar nos anos iniciais no Ideb, outro exemplo apresentado por Anastasia, demonstra o salto que Minas deu nessa área prioritária. Com isso, o Estado aposta na atração de mais investimentos estratégicos e indução de novas inovações que permitam um desenvolvimento ainda maior de toda a população.

Para o governador esse é o caminho. Planejar bem, definir metas, enxugar gastos com a máquina, valorizar pessoas, melhorar os processos, gerenciar projetos e ações, possibilitar a participação cada vez maior da sociedade e dar transparência aos programas e gastos públicos. Tudo isso com o objetivo de entregar resultados concretos e com qualidade, melhorando a vida das pessoas.

"Essa inovação, certamente, vai permitir ao setor privado melhorar a sua competitividade porque vamos ver os resultados na educação. E melhorando a educação, os empregados serão mais preparados, melhora a produtividade. Se melhorarmos a gestão, vamos melhorar a infraestrutura, os caminhões não vão quebrar nos buracos, as cargas não vão atrasar, o frete será mais barato, a competitividade melhora. E isso vai se disseminando", concluiu Anastasia.

O Seminário

O Seminário Internacional Gestão Pública Contemporânea – Competitividade brasileira: o papel da gestão foi organizado pela Fundação Dom Cabral e o Banco Mundial, sendo uma oportunidade para discutir iniciativas de sucesso na parceria da área pública com o setor privado, com destaque para a importância da eficiência em gestão para o aumento da produtividade e da competitividade dos países; inovações públicas e a entrega de resultados superiores para a sociedade. Também propiciou abordar as tendências mundiais em liderança e gestão, e seus impactos na melhoria da qualidade das políticas públicas, com foco na saúde e na educação. Coordenado pelo professor Paulo Paiva, teve como público líderes e gestores dos setores público e privado, representantes de ONGs e organizações governamentais.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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