BELO HORIZONTE (24/06/10) - O governador Antonio Anastasia autorizou, nesta quinta-feira (24), o início das obras da primeira etapa do Hospital Metropolitano do Barreiro, em Belo Horizonte. O governador também aprovou a liberação de mais R$ 5 milhões do Tesouro do Estado para o início dos trabalhos. Outros R$ 5 milhões já foram liberados em maio, de um total de R$ 10 milhões previstos para 2010. Durante a solenidade, o governador Antonio Anastasia destacou os investimentos do Governo do Estado na área de saúde em Belo Horizonte e destacou a parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).

“Esta é uma parceria muito importante. Belo Horizonte e Estado estão caminhando de mãos dadas em todas as políticas públicas, inclusive na saúde. Acabamos de entregar a reforma do Júlia Kubitschek, aqui ao lado, uma reforma grandiosa, e hoje é um hospital muito moderno. Agora será feito o Hospital Metropolitano, ainda mais avançado, que irá oferecer um atendimento de muita qualidade para a região do Barreiro”, disse em entrevista.

O Governo de Minas participará com investimento de R$ 40 milhões na primeira etapa de construção do Hospital Metropolitano, conforme segundo convênio firmado no início deste ano entre o Estado e a PBH. Em 2009, o Governo de Minas e a PBH assinaram o primeiro convênio destinado à elaboração do projeto arquitetônico no valor de R$ 3,4 milhões, sendo R$ 1,1 milhão do Estado e R$ 2,3 milhões da prefeitura. A obra está estimada em R$ 120 milhões.

Com capacidade para atender até 500 pacientes por dia, o hospital, previsto entrará em funcionamento no primeiro semestre de 2012 para atender toda a região do Barreiro, parte da região Oeste e municípios vizinhos, por meio de convênio do SUS. Somente o Barreiro tem 270 mil habitantes, contingente distribuído em 80 bairros.

Mais economia

A nova unidade hospitalar será construída em uma área de 12,5 mil m², próximo à Via do Minério. Serão 240 leitos, com previsão de ampliação posterior para 480. Desses, 20 de CTI, 30 de Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), 40 de observação e 12 salas de cirurgia. O prédio terá 13 andares, sendo 3 no subsolo, 4 de leitos de internação, 4 de pronto-socorro, além de salas de cirurgia, administração, pilotis e triagem de classificação de risco.

O conceito inovador do hospital permite os menores custos com a sua manutenção. Estão sendo incorporados ao projeto executivo, projetos complementares que possibilitarão economia de energia, com o aproveitamento e captação de luz solar e o reaproveitamento de água. A intenção que esse seja um hospital moderno, dinâmico e ambientalmente correto.

Durante a solenidade realizada no terreno onde será construído o hospital no bairro Milionários, o governador também citou a importância da elaboração de políticas públicas voltadas para a saúde, uma área que, segundo ele, possui a chamada demanda infinita.

“Sempre é preciso melhorar a questão da saúde pública. Por isso, esta é uma obra fundamental pela qualidade do serviço que vai prestar, pela abrangência da região, uma região muito populosa e muito grande. E o hospital é bom dizer que não é só um hospital, ainda mais este. Trata-se de um serviço integrado de saúde de altíssima qualidade, ou seja, é uma unidade de saúde completa. Aqui vamos ter, certamente, todo o serviço de saúde para atender bem o Barreiro”, destacou.

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, ressaltou a importância do Hospital Metropolitano, destacando a parceria com o Governo de Minas para a realização de grandes empreendimentos em prol da população de BH.

“Esta obra será um grande legado da nossa administração junto com o Governo do Estado. Será um belíssimo hospital em todos os aspectos - tecnologia, arquitetura, organização, tipo de serviços a ser oferecido. Esta é uma conquista de toda a comunidade do Barreiro e o Hospital será uma âncora importante em todo o sistema de saúde no vetor sul”, falou.

Ele também lembrou alguns dos convênios já assinados com o Estado. “Já assinamos vários convênios com o Estado este ano, um deles para melhorias da avenida Cristiano Machado, além da obra do acesso ao Mineirão, um empreendimento de R$ 35 milhões, que já tem R$ 10 milhões do Estado assegurados para nos ajudar com as desapropriações, além das obras para Copa, que o Estado vai contribuir com R$ 300 milhões, e várias outras”, disse o prefeito de BH.

Atendimento próximo e de qualidade

De acordo com o secretário de Administração Municipal Regional do Barreiro, Leonardo Couto, o Hospital Metropolitano é a maior obra do Governo do Estado e da Prefeitura de Belo Horizonte na região do Barreiro, e, certamente, mudará a situação do atendimento médico na região. “Vamos ter uma grande mudança na questão da saúde aqui na região. O Hospital não é uma obra, e, sim, um legado que o Governo do Estado e a Prefeitura trazem para a região. Essa obra deixou de ser uma promessa de campanha e virou um compromisso de governo. As pessoas estão muito ansiosas pelo início das obras”, disse.

O contabilista Rômulo Venades, morador da região e presidente da Associação Comunitária do bairro Regina, afirmou que a população está ansiosa com a conclusão das obras do Hospital. “Hoje, quase todas as ocorrências da região são levadas para o João XXIII. Com o Hospital Metropolitano, o atendimento médico ficará muito mais próximo da população do nosso bairro, além das cidades vizinhas, que sempre recorrem ao centro de BH. Nossa ansiedade é muito grande para que ele realmente venha e seja concluído”, disse.

Para o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Willer Marcos Ferreira, o Hospital Metropolitano irá desafogar o atendimento médico dos outros hospitais da capital e Região Metropolitana. “Essa obra também irá resolver um problema que é a falta de leitos que a gente tem nessa região de BH. O Conselho acredita no impacto positivo e nos ganhos que a obra irá trazer para BH, de forma a melhorar a qualidade de vida a população”, ressaltou.

Investimentos em Belo Horizonte

Desde 2003, o Governo de Minas investiu R$ 338,84 milhões na saúde em Belo Horizonte, beneficiando 2,4 milhões de habitantes da capital. Foram destinados R$ 88,4 milhões do Programa de Fortalecimento dos Hospitais (Pro-Hosp) para sete hospitais: Baleia, Clínicas, Santa Casa de Misericórdia, São José, Evangélico, São Francisco de Assis, Sofia Feldman. 

Desde 2003, foram destinados R$ 15,9 milhões para as 504 equipes de Saúde da Família que atuam em BH e 2.345 agentes comunitários de saúde. Essas equipes são responsáveis pela cobertura de 71,4% da população. O Estado investiu R$ 196,95 milhões por meio de convênios firmados com diversas instituições. No atendimento de emergência do Samu, o Governo de Minas repassou R$ 11,5 milhões no período.

A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) recebeu cerca de cerca de R$ 150 milhões para investimento nas principais unidades da capital. O Governo de Minas investiu R$ 62 milhões para implantar o Centro Metropolitano de Especialidades Médicas Dario Faria Tavares, construído a partir da estrutura do antigo Cardiominas. A nova unidade de saúde disponibiliza exames e consultas médicas especializadas, beneficiando uma população estimada em 6,1 milhões de pessoas de 102 municípios no entorno da capital mineira.

Cerca de R$ 37 milhões foram investidos na maior obra de revitalização e reforma do Hospital João XXIII (HPS), maior instituição do país especializada em traumas e queimados. Com a reforma, o hospital passou a disponibilizar 110 leitos de UTI. O Governo do Estado também promoveu importantes investimentos na melhoria do Pronto Socorro de Venda Nova, agora conhecido como Hospital Risoleta Tolentino Neves. Foram investidos mais de R$ 57,6 milhões por meio de convênios para melhoramentos da unidade hospitalar e a gestão foi transferida para a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). São repassados ainda cerca de R$ 50 milhões por ano para custeio do Hospital Risoleta Tolentino Neves.