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Governador

19h08min - 21 de Junho de 2013 Atualizado em 07h43min - 01 de Julho de 2013

Governador garante empenho das forças de segurança durante jogo e manifestações

Em entrevista coletiva, Antonio Anastasia destacou esforço do Estado para que os eventos deste sábado (22) ocorram de forma pacífica e democrática

O governador Antonio Anastasia afirmou, nesta sexta-feira (21), que as forças de segurança do Estado estão prontas para garantir a segurança e a tranquilidade aos participantes das manifestações previstas para este sábado (22), em Belo Horizonte, e também ao público que vai assistir ao jogo da Copa das Confederações, no Mineirão, entre México e Japão. “Nossas forças de segurança vão atuar para permitir que nós tenhamos de maneira muito tranquila e muito pacífica a realização desses dois grandes eventos”, garantiu o governador.

Confira a íntegra da entrevista:

Antonio Anastasia: Eu gostaria de fazer aqui, um breve pronunciamento e dizer que, na realidade, amanhã, em Belo Horizonte, está prevista uma grande manifestação. Uma manifestação pacífica, certamente, uma manifestação que pode ser histórica e que vai receber toda a proteção do Estado e do poder público para sua realização. Felizmente, nos últimos dois dias, nós acompanhamos não só em Belo Horizonte, mas também em Minas Gerais, a realização de manifestações que têm sido pacíficas no nosso Estado. Eventuais excessos de desrespeito ao patrimônio têm sido coibidos pela Polícia, mas, felizmente, nas últimas 48 horas, nós estamos com manifestações que têm sido pacíficas, o que é muito positivo, porque as pessoas podem exprimir as suas reivindicações, seu eventual descontentamento, mas dentro de um clima de harmonia e de tranquilidade.

Mas, amanhã, nós teremos também em Belo Horizonte um grande evento internacional, que é o jogo da Copa das Confederações, um compromisso assumido pelo Brasil. E nós também, portanto, devemos garantir a realização desse evento. Esse evento tem 40 mil torcedores que adquiriram seus ingressos e será realizado, como todos sabemos, no Mineirão. Então, nossas forças de segurança vão atuar para permitir que nós tenhamos, de maneira, reitero, muito tranquila e muito pacífica, a realização desses dois grandes eventos.

Eu acredito que, com muita serenidade e muita calma, nós vamos conseguir realizar as manifestações, que já estão previstas, e também o jogo. Eu gostaria ainda de dizer que nesse período, nesses últimos dias, nós fizemos diversos contatos, principalmente pela área de segurança com o Ministério Público do Estado, que tem tido uma participação muito proativa na questão também de permitir a tranquilidade, a garantia da realização dessas manifestações e isto vai ser detalhado aqui, em instantes, pelo coronel Sant’Ana, dos entendimentos que foram desenvolvidos com o Ministério Público de nosso Estado. Estou tendo também contato diário com o governo federal, e naturalmente acompanho o desdobrar da situação no Brasil como um todo, e tenho feito um relato da situação em Minas Gerais. Eu queria concluir dizendo que confio, de fato, muito na serenidade de todos os mineiros para que amanhã tenhamos um dia que seja um dia memorável do ponto de vista positivo, com a realização da grande manifestação, que é bem vinda e deve ser totalmente reconhecida e protegida, e também com o jogo que vamos realizar no estádio do Mineirão. Agradeço muito e estou aqui aberto a algumas perguntas.

Governador, o senhor disse que, nas últimas 48 horas, esse movimento é pacífico, mas está se alastrando pelo interior, e como o interior ainda não tinha feito em muitas cidades esse movimento, então tem alguns exaltados, acabaram de colocar fogo, por exemplo, em um ônibus da Transimão. Que tipo de preocupação isso traz para o senhor, com um efetivo que não vai dar conta de tanta manifestação no interior?

Antonio Anastasia: Em primeiro lugar, nós tivemos já nos últimos dias manifestações em grandes cidades do interior. Em Uberlândia, por exemplo, tivemos uma grande manifestação, salvo engano, com 25 mil pessoas. Tivemos em Juiz de Fora, tivemos em Ouro Preto, tivemos em Lavras, em muitas cidades, e sempre em clima pacífico. Tive notícias de alguns excessos em algumas cidades. Parece em Poços de Caldas ou em São Sebastião. Mas os excessos foram coibidos pela Polícia Militar. No caso específico que você relata, de Ribeirão das Neves, é uma situação específica, já é uma questão relativa ao funcionamento daquela empresa em especial, que é um tema e, portanto, vamos dizer assim, já mais antigo, uma reivindicação anterior da população da cidade quanto à qualidade daquele serviço público. Mas é claro que a polícia está presente em todo o Estado, com seus efetivos, trabalhando de maneira muito integrada para dar garantia à população como um todo em nosso Estado.

Essa semana o coronel Brito disse que houve uma recusa da Polícia Militar de aceitar a vinda da Força Nacional a Minas Gerais, e posteriormente o Estado aceitou novamente essa vinda. Duas perguntas: por que o Estado voltou atrás dessa decisão e se houve uma interferência política, critérios políticos para voltar atrás dessa decisão?

Antonio Anastasia: Não houve nada. Na realidade, o que nós temos é que nos eventos internacionais já havia desde o início a previsão do funcionamento da Força Nacional, isso é praxe. A Força Nacional, inclusive, tem integrantes da nossa Polícia Militar também. Então, no momento da necessidade, que nós temos de evento grandes, e esse é um evento teste para a Copa do Mundo do ano que vem, é natural que haja a presença da Força Nacional, a Polícia Federal está presente, a Polícia Rodoviária Federal está presente. Isso faz parte de uma integração no sentido positivo da nossa federação.

Mas houve algum mal estar, governador?

Antonio Anastasia: Nenhum. Ao contrário, o relacionamento é muito bom com o governo federal nesse aspecto, nós temos que trabalhar juntos. Em matéria de segurança, eu sempre digo, é um esforço coletivo dos Estados, da União, também dos municípios e da sociedade. E a Polícia Militar vem se comportando, como sempre em Minas, de maneira extremamente profissional.

O senhor disse que está mantendo contato com o governo federal. Como é que vocês estão conversando? Que tipo de preocupação que o governo federal está tendo, governador?

Antonio Anastasia: A preocupação é a mesma nossa e dos outros governadores. Tenho também conversado com os outros governadores dos outros Estados, especialmente dos Estados vizinhos, com a mesma preocupação de garantir a realização das manifestações com segurança e coibir aqueles atos, que são atos criminosos de depredação, de destruição do patrimônio público e privado e mesmo atentado à integridade física das pessoas. Então é esse o grande esforço que está sendo realizado no Brasil nesse momento e a preocupação é dos três níveis de governo.

Coibir significa o que pode? Pode bala de borracha? Pode o que amanhã e o que não pode?

Antonio Anastasia: Isso é questão operacional e o coronel Sant´Ana vai responder.

Governador, essas mobilizações a gente não via há muitos anos no País e são várias causas. De quem é a culpa? É do governo federal que falhou em alguma coisa? É a culpa do governo estadual? De quem é a culpa?

Antonio Anastasia: Eu acho que essas manifestações não são vistas há muitos anos porque nunca foram vistas. Eu acho que em 500 anos da história do Brasil, manifestações não só desse tamanho, mas também com essa característica de reivindicações mais difusas, de diversas ordens é a primeira vez. As grandes manifestações do passado, elas tinhas normalmente uma causa mais específica. Para lembrar as mais recentes, a questão do impeachment do ex-presidente Collor. Alguns anos anterior, a questão das Diretas Já. Agora, aparentemente – eu não sou sociológico, nem cientista político – a impressão que se tem é que as causas são um pouco mais difusas. Então, eu acho que, neste caso, as manifestações acabam reclamando também – e com certeza com procedência – da qualidade dos serviços públicos como um todo. Serviços públicos são das três esferas. Então, naturalmente, as três esferas de governo têm sempre de repensar e tentar aprimorar o funcionamento dos seus serviços públicos.

Governador, só uma última pergunta, o senhor falou que tem mantido contato constante com o Ministério Público e também o senhor lamentou algumas ações isoladas de vândalos que depredaram o patrimônio. O Ministério Público confirmou que vai investigar se houve omissão da Polícia Militar no vandalismo ocorrido na madrugada de terça-feira, no centro. Houve alguma ordem para a polícia não agir, como que o senhor avalia a postura da polícia na madrugada de terça-feira?

Antonio Anastasia: Eu respondi, há pouco, que a Polícia Militar de Minas Gerais é a polícia mais profissional, na minha opinião, e melhor que nós temos no Brasil e falo isso com muito orgulho. É claro que todo tipo de excesso que haja ou de ação equivocada, a própria polícia tem seu sistema de acompanhamento, controle e correção, e também é competência do Ministério Público fazê-lo. Então, se porventura, houver alguma apuração, será feito. Mas, volto a dizer, tivemos a ação. Tanto assim que naquele dia à noite foram presos elementos e que, depois, essas pessoas foram até identificadas como pessoas já com ficha criminal, que, certamente, estavam infiltradas entre os manifestantes pacíficos.

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