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Copa do Mundo

16h21min - 24 de Maio de 2012 Atualizado em 03h38min - 01 de Julho de 2013

Governo de Minas apresenta projeto de Copa sustentável em fórum internacional

Realização de uma Copa verde é uma compensação essencial ao meio ambiente, destaca o secretário da Secopa, Sergio Barroso

As diretrizes que norteiam o Projeto Copa Sustentável, do Governo de Minas, para a Copa do Mundo de 2014 foram apresentadas ao público em debate realizado durante o Sustentar 2012 – 5º Fórum Internacional pelo Desenvolvimento Sustentável, nesta quinta-feira (24), no Minascentro, em Belo Horizonte. A agenda incluiu também a participação de representantes da Copa do Mundo 2010 da África do Sul e dos Jogos Olímpicos deste ano, em Londres.

Uma das prioridades do projeto é a contratação de uma consultoria para elaboração de um relatório de práticas sustentáveis com vistas à Copa de 2014, no Brasil. Esse documento vai detalhar os indicadores de performance que atestam um empreendimento ou ação como ambientalmente sustentável, como meio ambiente, empregabilidade, direitos humanos, relação com a comunidade, legado, impactos econômicos, responsabilidade de fornecedores, produtos e serviços, entre outros.

O modelo mais utilizado atualmente para elaboração do relatório em todo o mundo é o desenvolvido pela Global Reporting Initiative (GRI), cujo objetivo é qualificar práticas sustentáveis de empresas e organizações mundiais, como a ONU, com as notas A, B ou C. “O GRI é uma ferramenta para comunicar indicadores do empreendimento, comparando-os com outros pelo mundo com base num modelo reconhecido e aprovado internacionalmente”, explica Vinícius Lott, gerente do Projeto Copa Sustentável da Secretaria de Estado Extraordinária da Copa (Secopa), palestrante do fórum.

Participante do encontro, a gerente do Programa Green Goal na Cidade do Cabo, durante a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, Lorraine Gerrans, fez elogios ao avanço das obras realizadas em Minas. "(Belo Horizonte) se parece a um canteiro de obras, como a Cidade do Cabo nos dois anos anteriores à Copa. Vocês estão investindo em estádio verde, transporte público, tecnologia, monitoramento da pegada de carbono”, destacou.

A especialista sul-africana afirmou, ainda, que os investimentos em obras de mobilidade urbana são alguns dos principais legados deixados pela Copa. “É recomendável que haja investimento em espaços públicos para uso da população, como rotas para pedestres, ciclovias e parques públicos. É o que o cidadão mais utiliza”, concluiu Lorraine Gerrans.

Pioneirismo mineiro

Atualmente, a Secopa e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Belo Horizonte desenvolvem o projeto de controle da emissão de gases de efeito estufa (GEE) emitidos na atmosfera para a Copa de 2014. A iniciativa pioneira entre as 12 cidades-sede do Mundial já está em fase de cálculos para identificar os maiores fatores de emissão de GEE. O estudo partiu de pesquisas realizadas pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), em 2010, com o objetivo de elaborar um guia referencial de pegada de carbono.

A partir dos resultados do atual projeto, serão elaboradas ações específicas para compensar os impactos negativos ao meio ambiente. “Esse modelo de estudo poderá ser utilizado para aplicação em outras cidades-sede, uma vez que Minas Gerais largou na frente”, adianta Lott.

A avaliação dos impactos socioambientais é feita, principalmente, a partir do acompanhamento de atividades da construção civil e de eventos com alta concentração de público. “Estão incluídos o Mineirão, os hotéis em construção, o BRT, as Fan Fest´s, as obras de requalificação dos pontos turísticos, aeroportos, rodovias e hospitais”, acrescenta o gerente da Secopa.

O projeto de modernização do Mineirão está incluído no pacote de ações sustentáveis do Governo de Minas para a Copa de 2014. Uma das metas da obra é obter a certificação Leadership in Energy and Environmental Design (Leed), que atesta a arena como um empreendimento ambientalmente sustentável.

Para isso, o novo estádio já prioriza padrões, ferramentas e procedimentos aceitos e entendidos internacionalmente como ecologicamente corretos. Entre eles estão o reaproveitamento de 90% dos resíduos gerados na obra, doação e reutilização de material demolido, instalação de usina solar, construção de reservatório para água de chuva, emprego de lava-rodas de veículos que transitam no canteiro com água reaproveitável, doação da madeira a artesãos do Estado para produção de arte popular, entre outros.

Para o secretário da Secopa, Sergio Barroso, “a realização de uma Copa verde é uma proposta essencial de compensação ao meio ambiente”. “Durante a Copa, certamente haverá um aumento de emissão de gases de efeito estufa. É preciso estimar o volume a mais desses gases que serão lançados na atmosfera para dimensionar os planos de mitigação, que podem incluir plantio de árvores ou apoio a pesquisas sobre geração de energia limpa, por exemplo”, conclui Barroso.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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