Minas por Região
Saúde

16h17min - 15 de Junho de 2012 Atualizado em 09h38min - 29 de Junho de 2013

Governo de Minas promove intercâmbio com o governo da França

A troca de conhecimento visa preparar o sistema de saúde de Minas para situações de emergência, que possam ocorrer durante a copa do mundo.

Minas Gerais será palco, nos próximos anos, de grandes eventos esportivos, com destaque para a Copa das Confederações (2013) e Copa do Mundo (2014). Como o governo francês tem reconhecida experiência na formação e atuação em proteção civil sanitária, com destaque para o trabalho que foi realizado na Copa do Mundo de 1998, integrantes do Governo de Minas participaram nessa quinta-feira (16), na França, de um treinamento voltado para situações de crise. Estiveram na simulação o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Antônio Jorge de Souza Marques, e o coordenador da Rede de Urgência e Emergência da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Rasível dos Reis.

A capacitação é resultado de um Termo de Cooperação Técnica, que será assinado entre Minas Gerais, por intermédio do governo brasileiro, e o Governo da França. Seu objetivo é capacitar os profissionais de saúde de Minas para responderem adequadamente a situações de desastres, catástrofes e crises sanitárias, bem como na operação das unidades de saúde, hospitais e Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU).

O evento, que ocorre apenas uma vez por ano na formatura da turma de Medicina de Catástrofe da Faculdade Rene Descartes, envolveu mais de 400 pessoas, sendo que mais de 200 figurantes receberam treinamento e até maquiagem para criarem o clima de desastre. Foi utilizado um avião Boeing 747 simulando um acidente químico e com trauma. “Os alunos são submetidos à situação de estresse e são acompanhados pelos instrutores nas várias etapas do socorro: triagem na cena do acidente, montagem do posto médico avançado e tenda de descontaminação”, explicou Pierre Carli,chefe do SAMU de Paris.

Segundo o secretário Antônio Jorge, o Brasil tem desenvolvido sua política de atenção às urgências através de um modelo semelhante ao adotado na França, principalmente no atendimento pré-hospitalar e na proposta de um sistema de escuta médica constante. “O desenvolvimento desse modelo teve como base a organização dos SAMUs franceses, que desde 2002 têm sido a base da política nacional brasileira de urgência. No entanto, uma das áreas que mais avança nos sistemas de urgência, que são a preparação para situações de catástrofes e a própria medicina de desastres, recebe pouca atenção na elaboração das políticas públicas de urgência no país. Além da pouca difusão de técnicas e da precária formação de profissionais, há também um déficit regulatório no que tange à atenção e vigilância à saúde. Faltam técnicas e metodologias de resposta a essas situações, tanto na área dos SAMUs, quanto na área hospitalar, além da falta de legislação específica”, explicou.

De acordo com dados do Ministério do Turismo, o Brasil deve receber 600 mil turistas estrangeiros com circulação de 3 milhões de brasileiros durante a Copa do Mundo da FIFA 2014. Para Belo Horizonte, a expectativa do ministério é de 200 mil estrangeiros e 430 mil brasileiros, segundo estudo de 2011, desenvolvido em conjunto com a Fundação de Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe). “Vamos ter um cenário com dezenas de nacionalidades de países com hábitos culturais diversos, para o qual teremos que estar preparados. Esses conhecimentos compartilhados com a França serão também um dos legados da Copa de grande utilidade pública para nosso Estado após o evento”, acrescentou Marcelo Neves, representante da Secopa na França.

Rasível dos Reis contou que, por meio dos cursos de formação, o público alvo, que são os diversos profissionais da área de saúde, vai poder trabalhar diretamente com as ações de urgência e emergência e depois irão multiplicar o conhecimento adquirido. “Para isso iremos estruturar a capacidade dos SAMUs dos Hospitais da Região Metropolitana de Belo Horizonte e, posteriormente, de todo o Estado de Minas Gerais em situações de catástrofes. Iremos disponibilizar estruturas, equipamentos, materiais e logística de atendimento para a resposta a situações de crise. Também iremos elaborar com o auxílio da França uma legislação mineira sobre o assunto, que terá como destaque as crises sanitárias devido à aglomeração de pessoas (turistas e participantes do evento)”, pontuou.

O projeto, que é coordenado por representantes da Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores e por representantes do Governo da Embaixada da França, em Brasília, será executado durante 22 meses. “E importante registrar que como Belo Horizonte será uma das cidades sedes da copa, o Estado e a prefeitura estarão trabalhando em conjunto nas atividades preparatórias. As ações incluídas nesse resultado visam à identificação de melhores práticas nacionais e internacionais, bem como o desenvolvimento de novas metodologias da área da urgência e emergência em grandes eventos”, finalizou Antônio Jorge.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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