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16h54min - 08 de Março de 2013 Atualizado em 23h05min - 30 de Junho de 2013

Governo desenvolve metodologia para abordar violência contra a mulher nas escolas

Entre as ações para marcar o Dia da Mulher, música, abraço simbólico e um encontro de educadores lembraram a importância da data e do combate à violência

No Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, professores de escolas públicas da rede estadual de Belo Horizonte começaram a construir uma metodologia para a utilização do gibi “As Marias em: Maria da Penha vai às escolas” nas salas de aula. O seminário, promovido pelas secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e de Educação (SEE), envolve 100 educadores de diferentes escolas da capital, psicólogos e gestores públicos que trabalham para a garantia dos direitos humanos. Além deste encontro, um abraço simbólico na Casa de Direitos Humanos e uma apresentação musical da Banda da Polícia Militar, na Cidade Administrativa, completaram as ações da Sedese para marcar a data.

A subsecretária de Direitos Humanos, Carmen Rocha, destacou durante o Seminário “Maria da Penha Vai às Escolas”, realizado na Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais (Magistra), na capital mineira, que a educação é uma grande ferramenta nas ações de promoção dos Direitos Humanos. “A premissa que deve pautar todas as nossas ações deve ser a igualdade de direitos e de oportunidades para todas as pessoas”, afirmou.

Iniciativa inédita no país, o Projeto Maria da Penha vai às Escolas foi lançado em agosto de 2012 e alcançou mais de 40 mil estudantes em 52 municípios. O projeto trabalha as formas de violência contra a mulher de uma forma diferente. Os alunos recebem um gibi que conta a história de uma professora que resolveu levar a Lei Maria da Penha para dentro da sala de aula. Com uma linguagem leve e criativa, o material informa sobre os tipos de violência, as punições e como denunciar. Além disso, o livro conta com um caça-palavras que desperta a atenção dos estudantes para temas como igualdade, respeito, entre outros.

“Muitos homens agridem suas mulheres por terem convivido com esse tipo de situação dentro de casa, quando eram crianças”, lembrou Carmen Rocha. “Estamos vivendo um processo de banalização da violência e esse fenômeno foi construído socialmente. Essa situação só começa a mudar pelo processo educacional”, ressaltou.

A superintendente de Modalidades Temáticas Especiais da SEE, Soraia Hissa, lembrou que o fato de o projeto ter a participação de duas pastas diferentes possibilita melhores resultados. “A parceria é importantíssima, pois estamos trabalhando em rede, somando o que a Sedese e a Educação têm de expertise. Essa condição fortalece o trabalho dentro da escola, o que é fundamental”.

Abraço simbólico

Nesta sexta-feira (08), no centro de Belo Horizonte, o Conselho Estadual da Mulher de Minas Gerais (CEM/MG) promoveu um abraço simbólico à Casa de Direitos Humanos. Funcionários dos diversos órgãos que compõem a Casa participaram do evento. Houve também a distribuição de folders às pessoas que passaram pelo local, mostrando a importância da data e a busca pela dignidade, justiça e liberdade das mulheres, além de levar à população informações sobre o novo espaço inaugurado pelo Governo de Minas no último dia 21: a Casa de Direitos Humanos.

“A cada 8 de março, nosso protesto em ato público traduz as angústias de todo um ano de preocupações e sofrimento, face à violência desmedida e, sobretudo, diante da ausência de respostas aos nossos questionamentos”, afirmou a presidente do CEM/MG, Jovita Levy Ginja.

Já na Cidade Administrativa, a Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para Mulheres (Cepam) realizou várias ações durante o horário do almoço para homenagear as mulheres. Diversas canções foram interpretadas pela Banda BIOS do Corpo de Bombeiros, houve sorteio de brindes e a Cepam aproveitou a data para reafirmar que a desigualdade entre homens e mulheres não é concebível em um país como o Brasil.A coordenadora da Cepam, Eliana Piola, afirmou que “mais do que comemorar, precisamos nos unir e fortalecer a nossa luta em busca da equidade, no sentido mais amplo possível, de modo que sejamos todas cidadãs de fato e de direito”, finalizou.

Denúncias em 2012

Em 2012, o Disque Direitos Humanos da Sedese (0800 031 11 19) recebeu 166 relatos de crimes contra mulheres. Desse total, 147 foram para denunciar crime de agressão e maus-tratos. As denúncias são encaminhadas para conselhos e delegacias especializadas. Em alguns casos, dependendo da gravidade e urgência, até mesmo a Polícia Militar pode ser acionada. O Disque Direitos Humanos funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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