BELO HORIZONTE (29/05/08) - Dirigentes do Instituto Estadual de Florestas (IEF) reúnem-se nesta sexta-feira (30), no evento “Viva a Mata”, em São Paulo, com representantes da Fundação SOS Mata Atlântica para apresentar os trabalhos realizados por Minas Gerais para a conservação da Mata Atlântica. O Instituto irá apresentar, entre outras ações, o relatório do Projeto de Proteção da Mata Atlântica de Minas Gerais (Promata/MG), por meio do qual foram aplicados R$ 50 milhões na implantação de infra-estrutura de 12 Parques Estaduais localizados no bioma. Na ocasião, os dirigentes do IEF irão também discutir os dados divulgados pela ONG na última terça-feira (27) sobre a área de cobertura da Mata Atlântica em território mineiro.

O IEF teve acesso ao estudo de forma detalhada e verificou que o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, de autoria da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), revela que Minas Gerais é o estado que possui a maior área coberta por Mata Atlântica no país, com 2.783.885 hectares, seguido de São Paulo com 2.487.015 hectares. O dado divulgado pela Fundação na terça-feira aos veículos de comunicação foi de 1,5 milhão de hectares de área.

O mesmo estudo indica que Minas Gerais está em quinto lugar na supressão de Mata Atlântica entre os estados brasileiros, e não em segundo lugar como divulgado. A proporção é obtida pela comparação entre a área coberta pelo bioma e a área devastada em cada unidade da federação.

Minas Gerais aparece com o índice de desmatamento de 1,46%, atrás de Goiás com 8,38%, Mato Grosso do Sul com 2,96%, Bahia com 2,22% e Santa Catarina com 2,03% .

O Atlas dos Remanescentes Florestais revela também que entre 2000 e 2005 houve uma queda de 66% no desmatamento do bioma em território mineiro em comparação aos cinco anos anteriores.

A tendência se confirma na terceira edição do Mapa da Cobertura Vegetal Nativa do Estado de Minas Gerais, (2006/2007) que aponta uma queda no desmatamento de 29,3%, em relação ao biênio anterior. Ambos os estudos apontam no mesmo sentido: a redução do desmatamento em Minas.

“O que converge nos dois levantamentos é a tendência da redução da supressão vegetal no Estado. Isso reflete os esforços e investimentos do Governo para a melhoria no monitoramento, o que nos indica as regiões de maior pressão antrópica e direciona as ações de fiscalização”, disse o presidente do IEF, Humberto Candeias.

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