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Agricultura

15h15min - 01 de Abril de 2009 Atualizado em 14h48min - 28 de Junho de 2013

IMA tem projeto para controle da Anemia Infecciosa Equina

BELO HORIZONTE (01/04/09) - O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) implantará durante este ano um projeto que visa otimizar as ações de controle da Anemia Infecciosa Equina (AIE) nas regiões de alta prevalência e de erradicação nas regiões de baixa incidência.

A AIE é uma doença de ocorrência mundial, causada por um vírus que afeta somente os equídeos (cavalos, jumentos, burros e mulas). Atualmente, os índices de prevalência da doença são de 15% nas regiões Norte e Noroeste de Minas e 13% no Vale do Mucuri e Jequitinhonha. A maioria dos animais infectados é de serviço, ou seja, de uso para o trabalho.

Sua transmissão no meio natural se dá através de insetos sugadores, principalmente os conhecidos por ‘mutucas’, que transferem sangue do animal doente para o animal sadio. Outra forma de disseminação ocorre pelo uso compartilhado, sem desinfecção prévia, de agulhas, seringas, esporas dentre outros. A doença não tem cura e nem vacina, por isso o animal infectado deve ser isolado e sacrificado.

Os produtores rurais têm que estar atentos às legislações vigentes que somente permitem a participação de equídeos em eventos pecuários como leilões, feiras, exposições, rodeios, cavalgadas e vaquejadas, mediante a apresentação do atestado negativo do exame sorológico para a doença, dentre outras exigências. O exame tem validade de 60 dias e tem que cobrir todo o período do evento e do trânsito. Para comercializar e transitar com equídeos também é obrigatório o atestado de exame laboratorial negativo para a AIE.

O IMA aconselha ao criador a não participar de eventos que não exijam atestado negativo de exame sorológico oficial para AIE e que não possuam responsável técnico (médico veterinário) para conferir a documentação sanitária e inspecionar os animais. Ao misturar seus animais com outros, sem controle sanitário, o produtor coloca em risco todo o seu rebanho.

A comprovação da existência de qualquer equídeo positivo para AIE deve ser comunicada ao IMA. A legislação estadual que estabelece normas de controle da AIE determina que, se for diagnosticado animal positivo, esse deve ser sacrificado e a propriedade interditada para a realização de saneamento, ou seja, a realização de dois exames consecutivos, em intervalos de 30 dias, de todo efetivo equídeo restante. Caso os dois exames apresentem resultado negativo, a propriedade será desinterditada pelo IMA.

Metodologia

O projeto vai, primeiramente, estruturar seis Coordenadorias Regionais do IMA, localizadas em regiões onde há muitos registros de AIE, mapeados através de exames de sorologia. As unidades do IMA participantes desta primeira etapa são: Almenara, Curvelo, Janaúba, Montes Claros, Teófilo Otoni e Unaí.

A estruturação será feita com a contratação de seis médicos veterinários já concursados ou designação de efetivos, capacitação dos mesmos, aquisição de veículos e materiais para atuação nos focos e elaboração de material educativo.

O projeto inclui a elaboração de um Plano de Prevenção, Controle e Erradicação de AIE em Minas, que vai orientar as futuras ações de rotina de todas as unidades do IMA, relacionadas à doença.

O diretor-geral do Instituto, Altino Rodrigues Neto, afirmou que a prevenção é o melhor caminho quando se trata de AIE. “Os produtores precisam agir preventivamente, uma vez que são eles os maiores interessados em preservar a saúde de seus animais. A expectativa com esse projeto é reduzir substancialmente o índice de prevalência da doença em todo o Estado.”

O projeto torna-se ainda mais importante para o Estado dada a representatividade e qualidade do rebanho equídeo mineiro. Minas tem o segundo maior rebanho equídeo nacional com cerca de um milhão de cabeças, ficando atrás da Bahia que tem 1,3 milhão. Com relação ao rebanho equino (cavalos), Minas Gerais ocupa o primeiro lugar com cerca de 870 mil animais.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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