BELO HORIZONTE (10/12/07) - Os investimentos públicos e privados anunciados para o período 2003/2010 atingiram o patamar de R$ 152,5 bilhões. A informação foi dada, nesta segunda-feira (10), pelo secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Marcio de Lacerda, ao apresentar um balanço das atividades desenvolvidas ao longo de 2007 e as perspectivas para 2008. O valor significa um acréscimo superior a 45% em relação ao total apurado até o fim do ano passado de R$ 104,1 bilhões. O número de projetos, entre os da iniciativa privada e de investimentos públicos, cresceu de 1.240 para 1.767. A estimativa de geração de empregos saltou de 237 mil para 305 mil.

“É preciso salientar que estes recursos não são apenas números em um quadro estatístico. Eles já estão causando impacto real e positivo na economia e na vida de milhares de pessoas”, afirmou o secretário Marcio de Lacerda.

Entre os investimentos anunciados neste ano, estão o de uma nova usina integrada de aço e tubos sem costura, a ser construída pela joint venture formada pela francesa Vallourec e a japonesa Sumitomo, em Jeceaba, no Alto Paraopeba, que demandará investimentos de US$ 1,6 bilhão; o da ampliação da planta da Usiminas em Ipatinga, que consumirá U$ 4,3 bilhões; a expansão do Grupo Fiat, com aportes da ordem de R$ 5 bilhões, além de 10 empreendimentos do setor sucroalcooleiro, que, somados, chegam a R$ 2,66 bilhões. Foram feitos, ainda, importantes anúncios em setores como mineração, químico e de alimentos.

“Estamos negociando, no momento, 20 projetos de grande porte responsáveis por investimentos da ordem de R$ 20 bilhões em diferentes setores como siderurgia, mineração, eletroeletrônico e químico. Esperamos que estes aportes sejam acertados até abril”, adiantou o secretário.

Marcio de Lacerda acredita que ao final do próximo ano, a soma de investimentos chegue à casa dos R$ 200 bilhões. “Os ventos estão favoráveis para Minas Gerais. O Estado tem um enorme potencial a ser explorado. O Governo vai trabalhar de forma cada vez mais pró-ativa para atrair novos investimentos, inclusive de empresas que ainda não operam no Brasil”, afirmou Lacerda.

Uma das medidas para atingir esse volume será, segundo o secretário, a aproximação com dezenas de empresas com faturamento acima de R$ 100 milhões, divididas em 17 setores definidos como estratégicos para o crescimento da economia mineira. Um dos focos que deverá ser observado é a tentativa de atração de empresas para as áreas menos desenvolvidas do Estado com objetivo de diminuir a disparidade entre as regiões de Minas.

Produção Industrial

Os números da produção industrial regional relativos ao mês de outubro, divulgados também nesta segunda-feira pelo Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), confirmam o vigor da parque mineiro. O aumento da produção em outubro foi de 9,8% em relação ao mesmo mês de 2006, com destaque para celulose (93,1% de aumento, em função de, no ano passado importante empresa do setor ter feito paralisação técnica de suas atividades), automotiva (32,5%) e máquinas e equipamentos (23,7%, apoiado na produção de bens de capital utilizados em construção civil, como escavadeiras e carregadeiras).

O Estado lidera o crescimento da produção entre as unidades da federação no acumulado do ano, com expansão de 8,6%, com destaque para, além das já citadas indústrias de veículos automotores e de máquinas e equipamentos, a indústria extrativa, com crescimento de 10,5%.

“Os números ajudam a entender o porquê do grande potencial para aumentar os investimentos. A demanda está aquecida e as plantas estão cada vez mais próximas de sua capacidade instalada. Os empresários não querem perder o momento favorável”, frisou o secretário.