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Ciência e Tecnologia

16h23min - 14 de Abril de 2011 Atualizado em 08h38min - 01 de Julho de 2013

Jogo online diverte crianças e jovens ao tratar de noções básicas de saúde financeira

BELO HORIZONTE (14/04/11) - A capacidade de lidar com o dinheiro de forma saudável relaciona-se diretamente aos ensinamentos e à educação que, desde a infância, o cidadão recebe de pessoas ou instituições próximas. Atentos à proposta de formar pessoas que saibam lidar melhor com seus gastos e rendimentos cotidianos, os profissionais da Cedro Games - vertente de atuação da Cedro Finances, empresa especializada na concepção de tecnologias para o mercado financeiro - investiram na criação do inteligente e divertido Goumi (www.goumi.com.br), jogo de computador online destinado a crianças e jovens de 6 a 14 anos.

A iniciativa teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), por meio do Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas (Pappe). O Pappe tem como objetivo estimular a inovação e o intercâmbio entre instituições de pesquisa e o setor empresarial.

Para participar do Goumi, basta aos jovens internautas cadastrarem-se gratuitamente no site do jogo. A partir daí, passam a conviver, em ambiente virtual, com milhares de personagens, situações e desafios. “Dentro de nossa proposta de educar as crianças financeiramente, o Goumi reproduz ambientes e fatos da vida em sociedade. No jogo, a todo momento, elas aprendem a conviver com demandas do dia a dia e a fazer escolhas importantes”, ressalta o executivo de negócios da Cedro Games, Clauton Veloso Pugas.

Eu “tô” com fome!

Ao ingressar no Goumi, o novo jogador transmuta-se num personagem virtual que faz de tudo: acorda, toma banho, planta árvores, conversa com vizinhos (os jogadores online), compra, vende e troca objetos e produtos. Para que se dê bem nesse cenário da vida cotidiana, o internauta precisará de muita organização, paciência e disciplina. Afinal, além de controlar os movimentos de seu alter ego virtual, terá de acompanhar a saúde da personagem, que, a todo instante, tem baixas de energia, sente fome, carece de higiene ou de relacionamentos afetivos.

Além disso, de tempos em tempos, surgem, na tela do computador, contas a serem pagas em Mics, o dinheiro corrente no jogo. Trata-se dos valores gastos com água, luz, moradia etc. “Tudo isso permite que a criança compreenda a necessidade de equilibrar ações. Se o bonequinho não toma banho, por exemplo, uma série de moscas aparecem em sua cabeça. Caso o jogador não aja rapidamente, seu personagem pode ficar doente e precisará ir ao hospital, onde vai pagar o preço do atendimento”, explica Pugas.

O Mundo Goumi, comunidade virtual onde cerca de 2,5 mil jogadores hoje cadastrados no site realizam suas ações, conta com diversos ambientes diferenciados. Na brincadeira eletrônica, além da Área dos Iniciantes, de onde começam os mais novos participantes, os bonequinhos – ou avatares – têm acesso a residências (próprias ou alheias), hospital, loja de roupas, bolsa de valores, praça, espaço de jogos, banco, loja de móveis ou casa da agricultura. O que salta aos olhos em cada um destes estabelecimentos é a riqueza de detalhes e de ações possíveis, tudo em tecnologia 3D. “Todos os produtos a serem adquiridos no jogo têm preço. E nenhum valor é fixo. De uma hora para outra eles podem variar bastante”, explica Pugas, ao ressaltar como tais variações são importantes para que as crianças compreendam as oscilações do mercado.

Outra interessante iniciativa de educação financeira do jogo diz respeito à abordagem, implícita e divertida, em torno do valor intangível dos bens de consumo. No Goumi, o preço de um simples regador de plantas, necessário ao cultivo de sementes - uma das mais tradicionais atividades econômicas do brinquedo eletrônico -, pode apresentar variações de até 400%. Tal absurda disparidade de custo faz com o que os pequenos internautas tenham ciência de um dos mais tradicionais duelos do mercado: funcionalidade versus marca. “Vivemos num mundo consumista. Nele, há produtos iguais, com a mesma finalidade, mas com preços completamente distintos. Ao abordar tal questão no jogo, as crianças podem perceber que, muitas vezes, as marcas têm valor superior ao de sua função prática”, ressalta Pugas.

A necessidade de capital de giro é outra questão trabalhada pedagogicamente pelo Goumi. Afinal, na vida de carne e osso - assim como no ambiente virtual -, nada mais relevante do que uma graninha guardada para momentos de emergência.

Metas tridimensionais

Ainda em pleno estágio de desenvolvimento, apesar do já sofisticado nível de detalhes gráficos e da ampla possibilidade de ações, o Goumi se caracteriza pela facilidade de operação. Para entrar na realidade virtual, além do acesso à página www.goumi.com.br, basta ao internauta um computador com recursos básicos: Windows XP e 1 gigabyte de memória RAM. Após cadastrar-se e baixar um programinha open beta, o jogador deve criar e personalizar seu avatar (o bonequinho virtual) para, em seguida, ganhar dinheiro, comprar itens para a nova casa e cuidar bem da personagem fictícia, impedindo-a de adoecer e morrer.

Todo realizado em tecnologia 3D, o Goumi foi criado por uma equipe composta de dez profissionais. Há cerca de quatro anos, após contratação de uma estrutura de software junto a empresa de tecnologia norte-americana, os brasileiros da Cedro Games iniciaram o desenvolvimento das atrações pedagógicas do jogo. Além do executivo de negócios Clauton Pugas, o projeto conta com especialistas em arte e responsáveis por servidores e clientes. “Nosso desejo, a partir do Goumi, é transformar a empresa em referência, nacional e internacional, no desenvolvimento de games”, afirma Pugas.

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