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Segurança / Defesa Social

18h57min - 25 de Outubro de 2013 Atualizado em 19h19min

Jovens em cumprimento de medidas socioeducativas participam do 7º Festival de Arte Negra

Além dos jovens participam também os agentes socioeducativos responsáveis por acompanhar os adolescentes

Uma cobra de 15 metros de comprimento e 1,5 de diâmetro feita de bambu e fitas de cetim colorido, simbolizando o orixá Oxumaré, é a obra que será exposta no 7º Festival de Arte Negra de Belo Horizonte nos dias 26 e 27 de outubro. A peça nasce nas mãos de seis rapazes do Centro Socioeducativo Santa Terezinha, um do Horto e uma moça do São Jerônimo, situados na capital. A peça estará exposta nos dias 26 e 27, na rua Januária, 68, no bairro Floresta.

Além dos jovens participam também os agentes socioeducativos responsáveis por acompanhar os adolescentes até Ravena, distrito de Sabará, no Centro de Referência do Bambu e Tecnologias Sociais (Cerbambu). A oficina Civilização do Bambu foi realizada nesta instituição de 21 a 25 de outubro e o local dispõe de um núcleo de capacitação técnica, núcleo de tratamento de bambus, viveiro de mudas, biblioteca e outros.

O convite para que jovens que cumprem medidas socioeducativas, sob responsabilidade da Subsecretaria de Atendimento às Medidas Socioeducativas (Suase), participassem da oficina Civilização do Bambu veio do mestre bambuzeiro Lúcio Ventania, da Bambuzeria Cruzeiro do Sul, pois no Centro Socioeducativo Santa Terezinha funciona uma oficina, cujo monitor  foi aluno de Lucio Ventania.

A diretora geral do Centro Socioeducativo Santa Terezinha, Vanessa Rodrigues Cardoso, relata que a criação e execução de peças em bambu têm mais de três anos e gera resultados mais significativos do que as peças em si. “Quando um jovem idealiza e constrói um abajur, uma poltrona ou uma obra decorativa para presentar seus parentes ele refaz e mantém o vínculo familiar necessário, isto é essencial”, valoriza a diretora. Algumas vezes as peças são vendidas, mas de uma forma muito pontual e esporádica, sendo o valor revertido para a família. Vanessa lembra também de valores e qualidades trabalhados de “forma invisível” no cotidiano das oficinas como a paciência e a persistência.

Boa fortuna

Oxumaré no candomblé é um orixá masculino da continuidade e da permanência, representa a riqueza e a fortuna. Ele é simbolizado por uma serpente ou cobra e por isso os filhos de Oxumaré usam colares de búzios entrelaçados formando escamas. O mestre bambuzeiro Lúcio Ventania conta que os jovens dos três centros socioeducativos que estiveram esta semana no Cerbambu demonstram “um entusiasmo extraordinário e muita dedicação” na construção do orixá, cujo esqueleto é todo de bambu. 

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