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Educação

19h09min - 04 de Dezembro de 2014 Atualizado em 19h12min

Magistra celebra mil dias de trabalhos voltados à formação continuada dos educadores mineiros

Nesta data comemorativa, a Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores fez um balanço das atividades realizadas nos quase três anos de existência

Mil dias de trabalhos voltados à formação continuada dos educadores mineiros. Para celebrar esse marco em sua história, a Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais (Magistra) promoveu, nesta quinta-feira (04/12), uma confraternização na qual foram destacadas as diversas atividades desenvolvidas na área de capacitação e qualificação dos servidores da educação. A data também foi marcada pela reabertura do Museu da Escola Ana Maria Casasanta Peixoto.

De acordo com a secretária adjunta de Estado de Educação, Sueli Pires, durante os quase três anos de história, a Magistra produziu resultados mensuráveis que se estendem a toda rede de ensino, mas há também resultados intangíveis que não podem ser esquecidos. “A proposta da Magistra já continha essa possibilidade de buscar novos significados para a educação em Minas, novos significados para a participação dos educadores nos processos educativos e também agregação de novos parceiros, como as universidades e outras instituições, inclusive privadas, que entenderam esse projeto político da Magistra e puseram ele em curso. Esses mil dias consolidam milhões de passos que foram dados e que se traduzem em resultados concretos, mas também resultados que vão se perpetuar na vida da educação de Minas Gerais”, destacou Sueli Pires.

Desde que foi inaugurada, em fevereiro de 2012, a instituição promove capacitações voltadas para o exercício profissional, no sentido estrito, formações que objetivam a melhoria das condições de gestão, e que ampliam a visão de mundo dos profissionais da educação. “Formar um educador não é por meio de um curso ou uma ação específica isolada, formar um educador exige uma complexidade que envolve o ser humano como um todo. Nós temos programas presenciais que acolhem para essa vivência, para essa formação que se dá nas interações e troca de experiências, e temos as ações a distância que complementam por meio de minicursos, por meio de conteúdos que o educador deve incorporar na sua vida e trabalho para o desenvolvimento profissional. A Magistra se faz por meio desse conjunto de programas e projetos, que é a representação do átomo: ele tem o núcleo duro, que tem os eixos centrais da formação, mas ele se faz nessa dinâmica dos orbitais que fazem parte do átomo”, ressaltou a diretora da Magistra, Ângela Dalben.

As ações de formação, presenciais e a distância, são voltadas para todos profissionais do processo educacional, como professores, especialistas, inspetores escolares, auxiliares de serviços gerais e gestores de modo geral. Além disso, a Magistra é responsável, ao longo de seus anos de atuação, pela produção de materiais gráficos como revistas, manuais, cartilhas e outras publicações.

Números que ajudam a construir a história

Nesses quase três anos de atividades, a Magistra realizou 17 eventos de imersão, número que representa um evento a cada dois meses e com um público que variava de 600 a 1000 participantes. Nesses encontros, profissionais da Educação têm a oportunidade de trocar experiências com colegas de todo o Estado e participar de palestras e minicursos. São eventos para professores, diretores, especialistas, inspetores e outras pessoas que fazem a educação em Minas. Mais de 200 relatos de experiência foram selecionados pelas Superintendências Regionais de Ensino e apresentados por educadores em cada um deles. Até 2014, foram 119.211 capacitações da Magistra,

Para a secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, esses números mostram o potencial do trabalho da escola de formação. “Esses mil dias credenciam para os próximos mil anos. Toda essa mobilização transformadora que a Magistra efetuou certamente a tornou uma referência na formação continuada em Minas Gerais e no Brasil. Tanto assim que esse trabalho repercutiu além das fronteiras nacionais. Muitos têm vindo aqui de outros municípios, estados e até países para conhecer os projetos da Secretaria e entre eles destaca-se esse grande projeto que é a Magistra”, avaliou.

Abertura após restauração 

O Museu da Escola Ana Maria Casasanta conta com mais de seis mil peças e passou, nos últimos dois anos, por restauração. Agora reaberto, voltou a ser uma lição sobre a história da educação em Minas para lá de divertida. Quem entra, ouve ao fundo uma gravação com crianças conversando e o sino anunciando o início da aula. Da porta para dentro, o visitante pode conferir um acervo repleto de peças interessantes, como mobiliários, jogos educativos, livros, cadernos, cartazes, cartilhas, mapoteca, manuais de ensino, fotografias, além de documentos textuais e arquivo de depoimentos orais, com educadores que fizeram parte do desenvolvimento da educação mineira.

Chama atenção, por exemplo, a coleção de uniformes utilizados ao longo do século passado. Os mimeógrafos, aparelhos utilizados para fazer cópias de papel escrito em larga escala, contrastam com os primeiros computadores usados na educação. Também despertam bastante interesse as palmatórias, os ábacos, as merendeiras feitas em aço, ou mesmo as fotografias que retratam turmas de estudantes do século XX. Outro ponto alto do Museu é a iluminação amarelada, que reforça o tom afetivo e de memória do Museu. O professor da Escola de Belas Artes da UFMG Evandro Lemos coordenou a restauração e a nova exposição do Museu e revela o que o visitante vai perceber em uma visita. “O Museu da Escola tem uma essência memorialista. Ele não faz o acompanhamento didático da história da Educação, mas busca, através da iluminação, dos objetos expostos, da sonoridade, uma afetividade com a educação e uma memória da escola que todos, em qualquer época, temos”.

Fotobiografias sobre educadores de Minas 

A Magistra reserva um espaço para homenagear grandes nomes da educação de Minas Gerais. Nesta semana comemorativa, três novos painéis foram inaugurados com a exposição de novas fotobiografias. A partir de agora, os visitantes poderão conhecer mais sobre Bartolomeu Campos Queirós, Ana Maria Casasanta e Helena Antipoff. Por meio de fotos e textos, esses trabalhos retratam a história e a trajetória desses nomes importantes da educação no Estado.

Anteriormente, quem já visitou a sede da Magistra teve a oportunidade de conferir, no saguão de recepção da Escola da Escola, painéis expositivos de fotobiografias de quatro outras referências da educação mineira: Alda Lodi, Alaíde Lisboa de Oliveira, Lúcia Casasanta e Elza de Moura.

Auditório e nova sede do Museu

A Magistra funciona no bairro Gameleira, região oeste de Belo Horizonte, espaço onde foi a última sede da Secretaria de Estado de Educação antes da mudança para a Cidade Administrativa de Minas Gerais. Nesse grande espaço, para contribuir ainda mais com as propostas da Magistra, a Secretaria de Estado de Educação está construindo um auditório. As obras para construção do auditório, das salas de treinamento e do estacionamento tiveram início em fevereiro do ano passado. O auditório contará com 602 lugares, as salas de treinamento terão capacidade para 212 lugares e no estacionamento serão 155 vagas disponíveis. O investimento é de mais de R$13 milhões e a previsão de término é dezembro do próximo ano.
 

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