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Ciência e Tecnologia

18h44min - 06 de Novembro de 2008 Atualizado em 14h19min - 01 de Julho de 2013

Minas e Queensland debatem novos rumos para a mineração

BELO HORIZONTE (06/11/08) - Pesquisas, novas tecnologias, o modelo australiano de compartilhamento entre universidades e empresas voltadas para mineração e metalurgia, e a crise econômica mundial. Esses temas fizeram parte do Seminário “The CRC Mining - Objetivos e Pesquisas que conduzem a Inovação na Mineração - a Experiência Australiana”, realizado nesta quinta-feira (6), em Belo Horizonte, pelo Pólo de Excelência Mineral e Metalúrgico, da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), e a Universidade de Queensland, da Austrália.

Para Mike Hood, professor da universidade australiana e diretor geral do Centro de Pesquisas Cooperativas (CRC), é possível fazer um trabalho que envolva as empresas, as universidades e os centros de pesquisa, visando melhores resultados e o aumento da competitividade no segmento da mineração e metalurgia. Ele mostrou o modelo do CRC, considerado referência mundial na junção dos diversos atores na Austrália.

Hood exemplificou recentes descobertas no trabalho cooperativo do CRC, como o chapéu que detecta se o operador de caminhões das minas está com sono ou não. O produto é ligado a uma central que imediatamente toma as providências, caso o operador esteja sonolento. Em todo o mundo os acidentes nesse caso são muito freqüentes. O chapéu já está sendo utilizado em minas australianas. Entre outros, ele mostrou uma nova forma de fazer perfuração que será fundamental para otimizar o processo de lavra.

Para o professor Paulo Vasconcelos, do Departamento de Geologia da Universidade de Queensland, o que falta no Brasil, na mineração e na metalurgia, é o planejamento e o financiamento de pesquisas a longo prazo. Ele reconhece que o Brasil tem excelentes pesquisadores e universidades e importantes empresas na mineração e metalurgia, mas percebe que é preciso buscar um entrosamento maior. “É preciso pensar em pesquisas que possam durar cinco ou 10 anos”, argumentou.

Quanto a parcerias com universidades brasileiras, Vasconcelos lembrou que há um mês a Universidade de Queensland e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) assinaram acordo de cooperação amplo que poderá beneficiar diversas áreas do conhecimento, entre elas a geologia e as engenharias. Afirmou também que há possibilidade de estabelecer cooperação com a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e citou acordo existente há bastante tempo com a Universidade de São Paulo (USP).

Crise mundial

Paulo Vasconcelos disse que não dá para fazer previsões de quanto tempo vai durar a crise econômica já sentida pelas mineradoras. Entretanto, ele acredita que a demanda do mundo nos últimos anos, puxada pela China e Índia, voltará ao normal, pois as pessoas não vão dispensar os produtos que passaram a consumir.

O gerente do Pólo de Excelência Mineral e Metalúrgico, Renato Ciminelli, destacou o papel do Governo de Minas no segmento considerado fundamental para a economia do Estado. Ele explicou que a existência do pólo visa exatamente unir empresas, universidades e centros de pesquisa para enfrentar desafios, desenvolver novas tecnologias, ampliar a formação de mão-de-obra e fazer o segmento crescer ainda mais. A vinda de australianos ao Brasil é, segundo Ciminelli, uma ação importante nessa direção.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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