Nova York provou da cachaça, do café e do pão de queijo mineiros, durante um evento de promoção do Estado com vistas à Copa do Mundo de 2014, nos Estados Unidos, realizado na tarde de terça-feira (04).

O vice-governador de Minas Gerais e presidente do Comitê Gestor das Copas, Alberto Pinto Coelho, fez a apresentação dos preparativos no Estado para o Mundial e mostrou os principais produtos culturais, turísticos e econômicos de Minas durante o Minas in New York, uma iniciativa do Governo do Estado. A ação conta com a parceria da Prefeitura de Belo Horizonte, Sebrae-MG, Sistema Fecomercio/Senac/Senac-MG, Instituto Estrada Real e o Mãos de Minas.

O encontro reuniu representantes do Consulado do Brasil em Nova York, dezenas de profissionais locais do setor de turismo e a imprensa norte-americana, além empresários mineiros com interesse no mercado novaiorquino.

O vice-governador destacou o bom momento de Minas e a importância da Copa para potencializar o turismo no Estado. No mundial da África do Sul, os Estados Unidos foram o país que mais comprou ingressos.

"Com a Copa do Mundo em nosso Estado, temos essa missão internacional de despertar o interesse de estrangeiros para que eles se encantem com as belezas de nosso Estado e a hospitalidade dos mineiros. Minas vive um momento de expansão econômica que é reconhecido pelo mercado", disse o vice-governador.

Jornalistas acreditam em boa procura

As cidades históricas e a gastronomia mineira foram os temas de maior interesse dos convidados presentes no coquetel, que foi realizado no New York Palace Hotel. A cronista gastronômica Elena Mancini, do projeto The Gotham Palace, resumiu as demandas do turista norte-americano. "A maioria dos norte-americanos que viaja para o exterior gosta, basicamente, de dois principais atrativos: comida e programas culturais", elencou.

Segundo a jornalista, a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 já começou a despertar interesse no país. "Não há dúvidas de que o norte-americano vai ser seduzido pela riqueza cultural de Minas", disse.

O radialista Michael Zufolo, da Let's Travel Radio, também reiterou o potencial cultural de Minas para seduzir o novaiorquino. "Foi uma grata surpresa conhecer esse gigante chamado Minas Gerais, Estado com riquezas naturais e econômicas, onde se come bem e se poderá ver as partidas de futebol dentro de um estádio moderno, com conforto e segurança. Afinal, estes são dois aspectos muito observados pelo viajante do nosso país", explicou.

O editor de Turismo e apresentador da cadeia de televisão CBS, Peter Greenberg, já traçou seus planos para 2014. "Quero passar duas semanas viajando por Minas, com toda minha equipe, explorando cada ponto, cada aspecto dessa cultura maravilhosa de Minas Gerais", disse.

Promoção internacional é necessária

O superintendente do SESC-MG, Luiz Neves, reiterou a necessidade de iniciativas de promoção internacional de Minas Gerais. "Minas precisa se mostrar ao mundo. O momento é bastante propício, porque o estrangeiro quer saber o que há além de Rio ou São Paulo", disse.

Segundo a Embratur, a expectativa é de que Minas receba 200 mil turistas estrangeiros e 430 mil brasileiros. Minas sediará na Copa das Confederações da FIFA três jogos, sendo uma semifinal. Na Copa do Mundo da FIFA serão seis jogos no Mineirão, incluindo a semifinal brasileira caso a seleção se classifique.

Após o Minas in New York, os empresários mineiros ligados ao setor de turismo e agronegócios que vieram ao evento permanecerão em Nova York para visitar empresas norte-americanas.

Bom para investir

Em julho deste ano, a agência Standard & Poor's classificou Minas Gerais com o rating (BBB-) indicando o Estado ao status de investiment grade (ou “grau de investimento”). No âmbito interno, a classificação foi AAA, mais alta em termos de confiabilidade para os negócios.

A classificação do Estado no grau de investimento permite diversos benefícios, como um ambiente de negócios mais favorável, taxas de juros menores e atração de grandes investidores de países desenvolvidos que, por regras dos seus estatutos, só podem investir em ativos considerados de baixo risco.