BELO HORIZONTE (09/10/08) - As oportunidades de negócios e as estratégias usadas para alavancar a economia em Minas Gerais estiveram em pauta durante a 7ª Oficina de Trabalho da Rede Nacional de Informações sobre Investimentos (Renai), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), realizada nesta quinta-feira (9), no Fiemg Trade Center, em Belo Horizonte. O encontro teve por objetivo discutir a Agenda China, proposta de aumentar o intercâmbio comercial entre o Brasil e o país asiático. A oficina recebeu representantes do governo chinês, de órgãos federais brasileiros e de governos estaduais de todo o país.

Uma das discussões centrais do encontro foram as condições para a criação de um melhor ambiente para a realização de investimentos chineses no país. Entre os tópicos estão a identificação de setores econômicos de interesse e de gargalos aos aportes no Brasil. Além disso, foram apresentados os serviços realizados pela Embaixada da China e a atuação do China Development Bank no Brasil.

“Este encontro mostra que os governos estão dispostos a continuar trabalhando, apesar do clima de incerteza reinante nos mercados. Temos que manter o foco no futuro e os esforços para fomentar o crescimento, se quisermos passar por esta turbulência com o mínimo de impactos”, afirmou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Raphael Guimarães Andrade.

O embaixador da China, Chen Duqing, um dos palestrantes do encontro, sustenta a mesma filosofia. “A China está preparada para enfrentar esta crise. Estamos mantendo a projeção de crescimento acima de 10% e continuamos a procurar oportunidades de investir. Brasil e Minas Gerais são parceiros em potencial”, disse.

Os participantes receberam uma cópia da Agenda China. O documento traz um resumo com os produtos de maior potencial para exportação no curto e médio prazo. A grande demanda interna do país asiático faz com que itens como petróleo, material elétrico, plástico, máquinas e motores, produtos minerais e veículos automotores estejam na mira de empresas importadores chinesas.

Entre as áreas de investimento com maior potencial para atrair capital chinês, de acordo com o documento, estão a siderurgia e mineração, eletroeletrônicos e automotores, além de infra-estrutura logística e ramos do complexo agroindustrial, em especial o de biocombustíveis.

Comércio

No ano passado, a China se tornou o principal comprador de produtos mineiros. O Estado exportou para aquele país oriental US$ 2,9 bilhões em produtos, 41% mais do que em 2006. A China foi responsável por 16% dos valores que as empresas mineiras exportaram em 2007. Este ano, só nos primeiros oito meses, a China já comprou US$ 2,7 bilhões, crescimento de 44% na comparação com o mesmo período do ano passado.