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Educação

14h32min - 08 de Março de 2013 Atualizado em 00h13min - 29 de Junho de 2013

Minas Gerais chega ao Torneio Nacional de Robótica com a maior delegação

Das 60 equipes de todo o Brasil, 16 são formadas por estudantes mineiros. Destas, nove são da rede estadual de ensino

Projetos voltados aos idosos desenvolvidos por nove escolas estaduais do Sul de Minas serão apresentados, a partir desta sexta-feira (8), no Torneio Nacional de Robótica – First Lego League, em Brasília. Minas Gerais é o estado com a maior delegação no torneio.

“A questão da robótica é uma realidade em várias escolas estaduais. Com ela, os alunos passam a ter um contato maior com a modernidade. Eles aplicam a essa tecnologia, os estudos de conteúdos como Matemática e Física”, ressalta a subsecretária de Informações e Tecnologias Educacionais, Sônia Andere Cruz.

“O trabalho em equipe é outra contribuição do torneio, muito valorizada na sociedade atual”, acrescenta a subsecretária. A Secretaria de Estado de Educação custeou as despesas de transporte, hospedagem, alimentação e consultoria dos projetos das escolas.

Além das nove escolas da rede estadual, seis instituições privadas e uma escola municipal completam a delegação mineira. Em todo o país, 60 equipes participarão do torneio que busca estimular crianças e adolescentes a desenvolver o interesse pela Ciência, Matemática, Tecnologia e Engenharia.

Na edição deste ano do torneio nacional, as escolas tiveram que desenvolver projetos dentro da temática Senior Solutions, ou seja, a partir de pesquisas e entrevistas, as equipes estudantis elaboraram projetos para viabilizar a rotina da vida do idoso.

Na Escola Estadual Doutor Luiz Pinto de Almeida, no município de Santa Rita do Sapucaí, por exemplo, a equipe X-Factor desenvolveu um airbag para amenizar os impactos das quedas sofridas pelos idosos.

“O nosso trabalho começou a partir de uma pesquisa desenvolvida pela Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, que aponta a queda como uma das sete maiores causas de acidente entre os idosos”, lembra a professora de Matemática e mentora da equipe, Luciana Pires. A pesquisa aponta ainda que, a partir dos 70 anos, um terço dos idosos sofre ao menos uma queda ao ano.

O projeto prevê a criação de um colete e um cinto com um airbag. Esse instrumento seria adaptado para que fosse utilizado sob a roupa do idoso, sem causar qualquer tipo de desconforto. No momento da queda, um sensor ativaria o airbag reduzindo os impactos com o contato com a superfície.

“O objetivo é manter o idoso o mais autônomo possível. O airbag seria usado sob a roupa e conteria um dispositivo com um acelerômetro, que serve para ativá-lo. Pensamos em uma peça no peito como um colete e outra no quadril como uma espécie de cinto mais largo”, explica a professora.

No município de Itajubá, a equipe Hard 62, da Escola Estadual Coronel Carneiro Júnior, criou um relógio que monitora algumas ações do corpo como a pressão arterial, o colesterol e a glicemia. A obtenção dessas informações seria possível com a implantação de um chip subcutâneo.

“Esse relógio conteria um sistema com vários sensores para medir o colesterol, temperatura corporal e a glicemia. Quando a pessoa passasse mal, ela apertaria um botão no relógio e, via sistema GPS, entraria em contato com o plano de saúde da pessoa já passando as primeiras informações sobre o seu estado de saúde”, afirma o estudante Eduardo Pereira Campos.

A criação, denominada de Hard Swatch, foi pensada a partir de conversas com um idoso que contou sua rotina aos estudantes e propôs, algo que viabilizaria o dia a dia de pessoas com sua faixa etária. “Depois de pensar na ideia, nós realizamos visitas a um asilo da cidade para apresentar a ideia aos idosos e eles gostaram muito”, comenta Eduardo.

Preparação

No início desta semana, servidores da área de tecnologia educacional visitaram algumas das escolas do Sul de Minas que participarão da etapa nacional do torneio. As escolas, que ficam localizadas nos municípios de Itajubá e Santa Rita do Sapucaí, fizeram os últimos ajustes em seus projetos para a apresentação em Brasília.

De acordo com o superintendente de Tecnologias Educacionais, Hudson Oliveira, “foi uma visita importante para observarmos os últimos ajustes e, ao mesmo tempo, passar algumas orientações para que os nossos estudantes possam ter uma boa participação no torneio”.

Torneio

A etapa nacional do Torneio de Robótica será realizada na Escola do Sesi, em Taguatinga – cidade satélite de Brasília. Ao todo, o torneio reunirá cerca de 600 alunos de escolas públicas e particulares de vários estados brasileiros.

Nos dias do torneio os estudantes serão avaliados em quatro aspectos. O primeiro deles está relacionado à proposta de uma solução inovadora para uma situação problema. O segundo item de avaliação é a criação de um robô que deverá cumprir tarefas em um tempo pré-determinado pelos organizadores. O trabalho em equipe e a capacidade de criação e inovação em torno do projeto do robô.

As equipes que se destacarem no torneio poderão concorrer a vagas em competições internacionais de robótica. A equipe X – Factor, por exemplo, participou de uma competição realizada na Flórida, nos Estados Unidos, em 2012.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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