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Meio Ambiente

14h09min - 28 de Novembro de 2007 Atualizado em 18h22min - 27 de Junho de 2013

Minas Gerais ganha Pólo de Excelência e Câmara de Desenvolvimento Florestal

O governador Aécio Neves participou nesta, quarta-feira (28), no Palácio dos Despachos, do lançamento da Câmara Técnica de Desenvolvimento Florestal e do Pólo de Excelência em Florestas. Segundo ele, o objetivo dessas iniciativas é fortalecer a cadeia produtiva florestal, promovendo o crescimento do setor de forma sustentável, preservando as matas.

BELO HORIZONTE (28/11/07) - O governador Aécio Neves participou nesta, quarta-feira (28), no Palácio dos Despachos, do lançamento da Câmara Técnica de Desenvolvimento Florestal e do Pólo de Excelência em Florestas. Segundo ele, o objetivo dessas iniciativas é fortalecer a cadeia produtiva florestal, promovendo o crescimento do setor de forma sustentável, preservando as matas nativas.

“Minas reúne todas as condições de ocupar de forma incontestável a vanguarda do desenvolvimento sustentável, do negócio florestal e criar mais um poderoso atrativo de investimentos. O Pólo de Excelência vai organizar, fortalecer e dinamizar a geração de conhecimentos e de tecnologia, formar recursos humanos, o que é fundamental, e prestar serviços técnicos de qualidade aos empreendedores, além de identificar os gargalos que precisam ser superados.”, declarou o governador, em seu pronunciamento.

Aécio Neves ressaltou que estudos realizados por associações e entidades de pesquisa revelam que há um déficit de 50% no abastecimento à indústria de base florestal e que a demanda continuará crescendo para a produção de celulose, gusa, ferro liga, móveis e energia.

“Esse déficit, extremamente preocupante, é fator de indução ao corte de maneira nativa e é o que precisamos evitar, a partir desse centro de inteligência que hoje começa a funcionar. Minas reúne todas as condições de ocupar de forma incontestável a vanguarda do desenvolvimento sustentável, criando mais um poderoso atrativo de investimentos. O grande desafio é transformarmos aquilo que começa a ser um problema numa grande solução de agregação de renda e preservação ambiental”, disse o governador.

Pólos de Excelência

Sediado em Viçosa, o pólo de Florestas é o quarto pólo de excelência implantado pelo Governo do Estado. O primeiro foi o Pólo de Excelência do Café, em Lavras; seguido pelo Pólo de Excelência do Leite, em Juiz de Fora; e depois pelo Pólo Mineral e Metalúrgico, desenvolvido no quadrilátero ferrífero de Minas, com a coordenação em Belo Horizonte. Está prevista, ainda, a criação dos pólos de energia, gemas e pedras preciosas, eletroeletrônico e biotecnologia.

Os pólos de excelência integram o Programa Estruturador do Governo de Minas, Rede de Inovação Tecnológica, coordenado pela Secretária de Ciência e Tecnologia. Os pólos foram criados para estimular o crescimento de áreas em que Minas já ocupa posição de destaque, mas que pode ampliar o volume de negócios.

“O queremos é, utilizando aqueles setores onde existe potencial, recursos humanos, conhecimento, transformar Minas em referência não apenas para o Brasil, mas em referência internacional, em cada um desses setores”, afirmou o governador.

Câmara Técnica

A Câmara Técnica de Desenvolvimento Florestal é uma ação do Governo de Minas para fortalecer a cadeia produtiva florestal (floresta plantada) do Estado. Essa Câmara será o principal instrumento para definição de políticas públicas para o setor, tornando Minas auto-suficiente em matéria-prima, com aumento as exportações de produtos florestais e, ao mesmo tempo, preservando as matas nativas. Cada hectare plantado com floresta de rápido crescimento preserva cerca de 10 hectares de matas nativas.

Diferente do que acontece em outras câmaras já instaladas no Estado, que abrangem somente uma secretaria, no caso da Câmara Florestal, será uma Câmara de todo o Estado, tendo como titulares os secretários das seguintes secretárias: Agricultura, Desenvolvimento Econômico, Planejamento e Gestão, Fazenda, Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente.

“A Câmara Técnica de Desenvolvimento Florestal terá a missão de fortalecer a cadeia produtiva e definir políticas públicas para o setor, com uma estrutura absolutamente inédita, para que haja uma compreensão clara do governo de que esse não é um projeto setorial. É um projeto de Governo. Portanto, todas as áreas, a começar pela área financeira e de planejamento, devem dar a ele toda importância”, afirmou o governador.

Além dos setores governamentais, a Câmara Técnica de Desenvolvimento Florestal também contará com representantes da iniciativa privada entre seus integrantes. São eles: Roberto Simões, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg); Robson Andrade, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg); Vilson Luiz da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Minas Gerais; Ronaldo Scucato, presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg); presidente da Associação Brasileira dos Prestadores de Serviços Florestais, José Augusto Binda; presidente da Associação Mineira de Silvicultura, Bernardo de Vasconcellos; Paulino Cícero de Vasconcelos, presidente do Sindicato da Indústria do Sindicato de Ferro de Minas; Fernando Henrique da Fonseca, presidente da Cenibra; Salo Davi Seibel, presidente do Grupo Satipel; e professor Sebastião Renato Valverde, do Fórum de Dirigentes das Instituições Públicas de Ensino Superior.

Mercado

Minas Gerais tem a maior área de floresta plantada do país, com 23% do total, e 1,2 milhão de hectares. As plantações florestais estão presentes em 300 municípios e ocupam 2,1% da área do Estado. A cadeia produtiva florestal emprega cerca de 800 mil pessoas no Estado. São 60 indústrias de ferro gusa, quatro siderúrgicas integradas, oito empresas de ferro-liga, 14 empresas de madeira imunizada, 7,3 mil pequenas empresas de móveis.

O valor do PIB da agropecuária de MG é o maior do país. Segundo as informações divulgadas recentemente pelo IBGE, em 2005, o valor do PIB do setor agropecuário de Minas foi de R$ 15,5 bilhões. Com este número, Minas lidera o ranking nacional, respondendo por 14,8 % do valor do PIB da agropecuária nacional. Em segundo lugar vem o estado de São Paulo com 10,9% do valor total.

As exportações de produtos elaborados a partir de florestas plantadas pelo Estado geraram, entre janeiro e outubro de 2007, US$ 490 milhões, representando crescimento de 32% em relação ao mesmo período do ano passado. O setor é o terceiro na pauta de exportações do agronegócio mineiro, ficando atrás apenas do café e de carnes.

Desenvolvimento social

No país, a cadeia produtiva florestal contribui com a geração de 2,5 milhões de postos de trabalho diretos e indiretos. Para cada US$ 1 milhão investidos nesse segmento, são gerados cerca de 160 novos empregos nas comunidades rurais.

Um exemplo da importância que as plantações florestais podem ter para o desenvolvimento econômico e social das localidades é a presença das empresas do setor florestal no Vale do Jequitinhonha. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos municípios com forte atividade florestal, nessa região, melhorou, em média, 14,9% entre 1991 e 2000, sendo a média do Estado, no período, de 10,9%.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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