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Meio Ambiente

18h49min - 30 de Junho de 2009 Atualizado em 23h24min - 29 de Junho de 2013

Minas sedia evento internacional sobre espécies aquáticas

Com a presença de pesquisadores brasileiros e de outros países, Minas Gerais abriu, nesta terça-feira (30), no auditório do Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR), em Belo Horizonte, o II Seminário Internacional sobre Manejo e Controle de Espécies Aquáticas Invasoras. O evento é uma iniciativa do Governo de Minas, por meio do Pólo de Excelência em Recursos Hídricos da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) e Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), numa parceria com a Fundação Biodiversitas.

BELO HORIZONTE (30/06/09) - Com a presença de pesquisadores brasileiros e de outros países, Minas Gerais abriu, nesta terça-feira (30), no auditório do Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR), em Belo Horizonte, o II Seminário Internacional sobre Manejo e Controle de Espécies Aquáticas Invasoras. O evento é uma iniciativa do Governo de Minas, por meio do Pólo de Excelência em Recursos Hídricos da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) e Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), numa parceria com a Fundação Biodiversitas.

Até a próxima quinta-feira (2), os participantes estarão debatendo os graves problemas ambientais causados pelas espécies aquáticas invasoras (plantas, mexilhão dourado, peixes e cianobactérias) e as técnicas utilizadas para atenuá-los. Além de uma série de palestras, há espaço, em mesas-redondas, para discussão e apresentação de propostas. As espécies aquáticas invasoras têm provocado prejuízos econômicos às geradoras de energia, ao turismo e às empresas de abastecimento de água.

O presidente do Conselho Curador da Biodiversitas, Angelo Machado, falou da importância da educação ambiental como forte aliada na luta contra as espécies aquáticas invasoras, como o mexilhão dourado. Ele assegurou que a parceria estabelecida entre a Biodiversitas, Cemig e Sectes será fundamental no processo de enfrentamento das espécies aquáticas invasoras.

A diretora geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Cleide Pedrosa, ressaltou a importância do tema e disse que as palestras serão essenciais para orientar o trabalho do órgão e dos comitês de bacias hidrográficas. Pedrosa lembrou que a atividade do Igam está muito mais voltada para o combate às cianobactérias, causadas, principalmente, pela poluição de esgotos domésticos e industriais, além de fertilizantes. Contudo, informou que o desenvolvimento das macrófitas é acompanhado de perto pelos técnicos do Igam.

O diretor de Finanças da Cemig, Luiz Fernando Rolla, disse que as empresas devem investir na sustentabilidade, como compromisso de garantia do futuro para as novas gerações. “Instituímos na corporação, o compromisso com os acionistas e investidores, de fazer a gestão da empresa voltada para sustentabilidade, sendo competitivo na geração de recursos, mas preocupada com o meio ambiente”, expressou Rolla.

O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, manifestou sua preocupação com o problema que se torna cada vez mais grave com o crescimento da globalização em todas as áreas. Acrescentou que o Sistema Estadual de Meio Ambiente está pronto para ser parceiro na busca de soluções.

De acordo com o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alberto Duque Portugal, o Estado fez uma opção clara e estratégica pela ciência, tecnologia e inovação para acelerar o desenvolvimento e elevar Minas Gerais a uma condição de liderança na economia do conhecimento. Portugal aproveitou para reafirmar a estruturação do Pólo de Excelência em Recursos Hídricos, que está integrando, em rede, as principais competências para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo relacionados à água. “A velocidade é fundamental para combatermos os problemas, como o mexilhão dourado e as plantas aquáticas. O seminário internacional vem com esse objetivo”, disse Portugal.

O superintendente de Gestão Ambiental da Geração e Transmissão da Cemig, Ênio Fonseca, apresentou um balanço do primeiro seminário e disse que, para este segundo encontro, o objetivo é avançar e trazer soluções para os problemas que afetam algumas concessionárias de energia elétrica com parada de máquinas e manutenção, quando as espécies aquáticas invadem os equipamentos. Ele informou que pretende difundir o tema de espécies invasoras junto a comunidades nacionais e internacionais.

A gerente do Pólo de Recursos Hídricos e uma das organizadoras do congresso, Magda Greco, falou sobre as macrófitas aquáticas invasoras, mostrando exemplos em diversas regiões de Minas, entre elas a Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, e as usinas hidrelétricas de Aimorés (Vale do Rio Doce) e Capim Branco (Triângulo Mineiro), ambas da Cemig. Ela reconheceu a gravidade do problema e a necessidade de encontrar soluções.

A professora e pesquisadora da Universidade Duisburg-Essen, da Alemanha, Petra Podraza, proferiu a palestra sobre a planta aquática elodea nuttali nos lagos do rio Ruhr, um dos mais importantes do país. Ela explicou que o rio enfrenta sérios problemas com espécies invasoras, e que apesar de todo o esforço científico e tecnológico desenvolvido, há ainda um longo caminho pela frente. Finalizou agradecendo a oportunidade de expor sua experiência em Minas Gerais e discutir o assunto com a comunidade científica brasileira.

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