MONTES CLAROS (19/10/11) – A iniciativa do Governo do Estado em debater com a sociedade civil a definição das prioridades de investimentos, através do projeto-piloto Estado em Rede, idealizado para viabilizar o modelo de Gestão Para a Cidadania repercutiu favoravelmente perante lideranças de diversos segmentos da sociedade norte-mineira que nesta semana estiveram reunidos em Montes Claros.

Na oportunidade, dirigentes de cerca de 300 organizações da sociedade civil definiram as vinte prioridades de ações do Governo do Estado nas áreas de saúde; cidades; ciência, tecnologia e inovação; defesa e segurança; desenvolvimento econômico sustentável; desenvolvimento rural; educação e desenvolvimento do capital humano; desenvolvimento social e proteção; identidade mineira e infraestrutura.

“Achei a iniciativa do Governo muito positiva pois, nós que vivemos numa região ainda carente de investimentos é que conhecemos nossa realidade. A decisão de se estabelecer uma maior interação entre o Governo e a sociedade abre uma nova perspectiva de desenvolvimento para a região”, ressaltou ao final do encontro Gerson Matos Pereira. Como integrante da Associação de Amparo à Comunidade Carente do município de Divisa Alegre, o líder comunitário participou do encontro debatendo as prioridades de investimentos na área de desenvolvimento social.

Outra liderança que também considerou o encontro como de “fundamental importância para a busca de alternativas para o desenvolvimento do Norte de Minas” foi Maria Amélia Ferreira, integrante da Associação dos Moradores Idosos de Lontra. Segundo ela, a iniciativa do Governo de Minas possibilita aos mais diversos segmentos da sociedade “tomar conhecimento dos seus direitos e trabalhar pela busca de soluções para o desenvolvimento regional”.

Por sua vez, representando um grupo de 100 agricultores integrantes da Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Canastra, comunidade rural do município de Botumirim, José Lino dos Santos destacou que “pelo fato de morarmos numa região que até então nunca havia sido considerada prioridade de ação por parte do Governo do Estado, sempre sentíamos a necessidade de sermos ouvidos, para podermos apresentar nossas reivindicações. Com a decisão do Governo de discutir com a sociedade as prioridades de investimentos, renovamos a esperança de que conseguiremos superar as dificuldades que enfrentamos para trabalhar. Temos consciência de que nosso trabalho é importante para a sociedade, sobretudo pelo fato de que, sem alimentação produzida na zona rural as cidades não existem”, ressaltou o agricultor.

Sônia Aparecida Lopes Lima, integrante da Associação dos Agricultores Familiares e Trabalhadores Rurais da Região do Alto Grupo, no município de São João do Pacuí observou que “pelo fato do Governo nem sempre saber das dificuldades que os habitantes do Norte de Minas enfrentam, a decisão de reunir as lideranças para debater as prioridades de investimentos se constitui numa iniciativa inovadora e de fundamental importância para a região”. Tendo participado dos debates sobre as prioridades de investimentos no setor de infraestrutura dos municípios, Sônia Lima destacou que, “além de se aproximar da sociedade através da realização de encontros regionais, a iniciativa o Governo também possibilita maior interação dos diversos segmentos da sociedade. Isso é importante pois passamos a conhecer melhor a realidade regional, fortalece o relacionamento dos lideres comunitários e a possibilidade de nos unirmos para buscarmos soluções em conjunto”, avaliou Sônia Lima.

Representando a Associação de Trabalhadores das comunidades de Susuarana, Covanca e Brejo, do município de Francisco Dumont, Raimundo Fonseca da Silva Filho entende que com a implantação do modelo de Gestão Para a Cidadania “temos a esperança de que, finalmente, o Norte de Minas entrará numa nova fase de desenvolvimento pois os recursos serão direcionados para as reais necessidades da população. Esperamos que a busca de maior interação do Governo com a sociedade se fortaleça e que os debates aconteçam de maneira mais constante pois, sabendo das nossas realidades os dirigentes das entidades de classe terão condições de melhor orientar o Governo para a busca de soluções para o desenvolvimento regional”,  conclui o líder comunitário.