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08h00min - 20 de Abril de 2014 Atualizado em 15h56min - 15 de Abril de 2014

Novas startups chegam em maio a Belo Horizonte para a segunda edição do SEED

Diversidade temática é um dos destaques no novo grupo selecionado; projetos vão de tecnologia da informação à educação e biotecnologia

O SEED – Desenvolvimento do Ecossistema de Empreendedorismo e Startups –, programa de aceleração do  Governo do Estado, acaba de avançar mais uma fase em sua missão de transformar Minas Gerais em um polo de empreendedorismo tecnológico na América Latina. No último mês, foram apresentadas as 40 novas startups que vão integrar a segunda turma, a partir do dia 13 de maio, e abastecer o ecossistema já conhecido como San Pedro Valley.

Os novos empreendedores, com projetos potenciais e disposição para participar do SEED morando em Belo Horizonte, foram escolhidos de um total de 1.435 inscritos, de 34 nacionalidades e 21 estados brasileiros. Além da diversidade, o programa coordenado pelo Escritório de Prioridades Estratégicas comemorou a ampliação do leque de atuação dos participantes. Isto porque, na primeira seleção, foram mais prevalentes aquelas empresas focadas no segmento de comércio eletrônico, TI e tecnologia móvel. Agora, os projetos do novo grupo se inserem também em áreas como educação, soluções energéticas, biotecnologia e recursos naturais.

"Minas Gerais tem ganhado cada vez mais destaque internacional como berço do empreendedorismo tecnológico na América Latina, ademais de já sermos referência nacional. A segunda turma de aceleração do SEED vem para dar mais força a este movimento de transformação cultural e tecnológica do Estado”, destaca o diretor-presidente do Escritório de Prioridades Estratégicas, André Barrence.

Diversidade de ideias

Na lista das equipes que vão receber o chamado capital semente (R$ 68 mil para projetos com dois participantes e R$ 80 mil para projetos com três membros), além de acesso ao espaço compartilhado, estadia, tutoria e outros recursos estão as startups Children of Elements, Hexfuel, The Social Radio e Idea3.

Diretamente da Hungria, a Children of Elements se prepara para a vinda à capital mineira com três integrantes: os irmãos Kristóf e Cecilia Simonyi e a grega Ourania Vagia. A proposta, direcionada a pais e crianças de 6 a 12 anos, consiste em um aplicativo que vai funcionar como uma espécie de biblioteca on-line, para a criação de histórias infantis interativas para tablets.

"As histórias são centradas em vários temas: sustentabilidade, natureza, mitos, contos populares, vida intercultural, proteção do meio ambiente", exemplifica Kristóf, gerente do projeto. “Nós construímos e mantemos uma plataforma aberta para colaboradores (escritores, ilustradores, músicos) e criamos belas histórias com essa rede de artistas. Nosso objetivo é trabalhar com um universo multicultural de contribuintes e criar muitas histórias para a nossa biblioteca on-line", completa.

Da estante virtual para as redes sociais, um aplicativo que permite ouvir o que está publicado em sua conta no Twitter, juntamente com a sua música favorita, enquanto dirige ou pratica atividade física, é o conceito do projeto da startup argentina The Social Radio, criada pelos engenheiros de software, Robert Gluck e Alejandra Negrete. "The Social Radio muda a forma como as pessoas consomem conteúdo, aproveitando ao máximo. Há momentos para ler e momentos para ouvir", contextualiza Gluck.

O aplicativo vale-se de um suporte de multilinguagem, com vozes masculinas e femininas, e um mecanismo de aperfeiçoamento de texto. "Você pode ouvir o que está na timeline de seu Twitter, listas, trend topics, pesquisas, eventos, esportes, notícias ou qualquer conteúdo desta rede social enquanto joga ou ouve sua própria música", acrescenta.

Soluções mais sustentáveis em pauta

Os mexicanos da Hexfuel, por sua vez, vão entrar no SEED com uma solução em combustíveis. "Estamos focando em reduzir a poluição e as despesas com combustível em diferentes empresas. Desenvolvemos um sistema que atua como catalisador para a combustão com base em hidrogênio, que obtemos a partir da água", destaca o empreendedor Paulo Cesar Gonzalez.

Segundo Gonzalez, o produto é voltado para motores de combustão interna, com a primeira versão a ser trabalhado para o mercado de caminhões e transporte. "Vamos oferecer uma importante economia para as frotas de combustível e também a redução de emissões prejudiciais", observa. Além de Paulo, a Hexfuel terá, em Belo Horizonte, a administradora de negócios, Yolanda Moya.

Já as bioquímicas Carolina Reis e Juliana Lott Carvalho, e a bioinformata Mariana Boroni, três doutorandas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), já moram na capital e estão entusiasmadas em compor o diversificado time do SEED.  Seu projeto, pela startup Idea3, vai oferecer um novo modelo para o teste de novas drogas, insumos e cosméticos, em estágio de desenvolvimento ou já em fase comercial.

“O padrão é baseado em células humanas produzidas a partir de células-tronco, um modelo mais fidedigno ao organismo humano, que busca substituir ou diminuir o uso de modelos animais e que poderá gerar análises mais precisas sobre os possíveis efeitos adversos ou benéficos dos produtos que serão consumidos pela população", destaca Carolina.

Expectativa em alta

Segundo o Escritório de Prioridades Estratégicas, desde o lançamento do SEED, há cerca de três meses, o ecossistema mineiro de startups já experimenta grandes transformações. “Calculamos que mais de 4 mil pessoas em dez cidades já participaram, de alguma forma, das atividades de difusão dos empreendedores, como workshops e palestras. O momento em que as empresas selecionadas pela segunda etapa chegarão a Minas é muito propício, com o ecossistema cada vez mais forte e desenvolvido”, observa André Barrence.

Os representantes das startups já se preparam para a mudança e não escondem a ansiedade. Kristóf Simonyi, da Children of Elements, vê no programa de aceleração do Governo de Minas uma oportunidade para elevar o projeto a um nível superior e se destacar no cenário global. “Queremos conhecer e trabalhar em conjunto com autores e ilustradores brasileiros e trabalhar também em histórias relacionadas ao Brasil", relata.

Paulo Gonzalez, da Hexfuel, considera o SEED uma chance promissora para a equipe acompanhar o desenvolvimento e lançamento do produto no Brasil. “O nível da indústria, o tamanho do país e o grande contexto cultural oferecem um lugar muito atraente para lançar um novo projeto", comenta.

Para a Idea3, a estrutura e o apoio do Governo de Minas para um planejamento adequado e para a construção de um robusto plano de negócios são algumas das vantagens em participar do SEED. “Será importante estar num ambiente que conspira com as nossas ideias, reunindo pessoas com interesses comuns, mentores, investidores, estrutura e apoio financeiro, os quais são fundamentais para que um empreendimento se concretize com sucesso”, aponta a bioinformata Mariana Boroni.

A expectativa é alta também entre os organizadores do programa. “As ações geradas pelos empreendedores impactam diretamente em nossa economia e inspiram outros mineiros a começarem a empreender”, reforça o diretor-presidente André Barrence.

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