Minas por Região
Ciência e Tecnologia

21h29min - 22 de Abril de 2010 Atualizado em 08h17min - 01 de Julho de 2013

Parque Tecnológico de Itajubá recebe novos investimentos

BELO HORIZONTE (22/04/10) - O Governo de Minas liberou neste mês mais R$ 2,6 milhões para as obras do Parque Científico e Tecnológico de Itajubá, no Sul de Minas. Os recursos serão investidos em infraestrutura urbana do local, que ocupa área de 372 mil m². O parque vai promover o desenvolvimento regional a partir da criação de novos produtos e processos que serão gerados nas empresas de base tecnológica que se instalarão no local, a partir do conhecimento científico produzido em instituições como a Universidade Federal de Itajubá (Unifei). Ao todo, estão sendo investidos R$ 26 milhões na primeira fase do Parque Tecnológico de Itajubá e destes, R$ 10 milhões alocados pelo Governo de Minas. O terreno para a expansão do parque já foi adquirido.

O desenvolvimento das empresas no empreendimento vai gerar novos postos de trabalho para a região. O parque vai abrigar dezenas de empresas de base tecnológica e já está em negociação entre a Unifei e a Helibras, única fabricante de helicópteros no Brasil, um modelo para que o parque contribua na cadeira de fornecedores da empresa. São parceiros no empreendimento o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), instituição vinculada à Sectes, a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão de Itajubá (Fapepe), e a Prefeitura Municipal de Itajubá. A liberação dos recursos foi publicada no dia 13 de abril no Diário Oficial.

Segundo a gerente-adjunta da Rede de Inovação Tecnológica da Sectes, Anna Flávia Lourenço Estevez Bakô, “o Governo de Minas investe nos parques tecnológicos porque eles catalisam todas as ações de indução à inovação, que inicia com o fomento à cultura empreendedora, o Programa de Incentivo à Inovação, a incubadora de empresas de base tecnológica, que é o habitat inicial para as empresas que são geradas a partir da experiência obtida pelos pesquisadores das universidades apoiadas em converter conhecimento em novos produtos, e a propriedade intelectual”, afirmou. O Estado apoia também os Núcleos de Inovação Tecnológica, que garantem o processo de proteção e transferência do conhecimento. “Já as empresas graduadas, que saem das incubadoras, serão inseridas nos parques tecnológicos para que elas continuem sendo inovadoras”, garantiu.

Para o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alberto Duque Portugal, os investimentos do Governo de Minas e seus parceiros nos parques tecnológicos, traduzem a disposição em dotar o estado de um ambiente de inovação, capaz de atrair empresas de alto conteúdo tecnológico. Portugal tem deixado claro que o Sistema Mineiro de Inovação, que já despertou interesse até dos Estados Unidos, representa um novo tempo, valorizando a produção do conhecimento e trabalhando para que as empresas  acelerem a inovação nos seus produtos e processos para competir no mundo globalizado. 

A experiência da universidade

Segundo o reitor da Unifei, professor Renato Nunes, o ponto de partida para a criação do parque foi a implantação do sistema municipal de ciência e tecnologia de Itajubá iniciado na década de 90 através de uma lei municipal para promover o desenvolvimento da cidade. Segundo o reitor, a universidade agregou à sua missão a função de agente para o desenvolvimento econômico.

“Não se desenvolve um parque tecnológico sem transferir o conhecimento e a atuação da universidade foi decisiva para a criação de todo esse sistema que hoje também inclui, além do parque, o apoio ao empreendedorismo, o condomínio de incubadoras de empresas e os Centros de Estudos de Investigação e Inovação das áreas de eficiência energética, biomateriais e qualidade da energia elétrica”, afirmou. Segundo o professor Nunes, este último será implantado em outubro.

“Novas empresas serão criadas e não só atraídas, porque ao atrair uns ganham e outros perdem. Quando as empresas são criadas, todos ganham”, defendeu. “Além da geração de empresas e impostos, os empregos terão bom nível salarial. Além do Governo do Estado, que tem investido para tornar Minas no principal estado brasileiro na economia do conhecimento, são parceiros decisivos o Sebrae, a prefeitura municipal, além de diversas entidades locais como a Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Itajubá, dentre outras”.

A universidade possui uma vocação muito forte para a área de energia e um dos destaques é a formação de engenheiros para o sistema elétrico no país, nos seus quase cem anos de atividades. “Todas as concessionárias de energia no Brasil contam com profissionais formados na Unifei, sejam na graduação, pós-graduação, mestrado ou doutorado”, garantiu. Outro destaque da instituição é o Centro Nacional de Referência em Pequenas Centrais Elétricas, programa dos ministérios da Ciência e Tecnologia e do Meio Ambiente e Recursos Hídricos que funciona na universidade e que opera no desenvolvimento de projetos básicos, estudos de inventários, projetos de recapacitação e repotenciação de centrais antigas.

Ações do Estado

O Governo de Minas está investindo mais de R$ 50 milhões na criação de parques tecnológicos, na consolidação e ampliação da capacidade das incubadoras de base tecnológica, em condomínios de empresas, na adequação e homologação de laboratórios em todo o Estado para atender a demanda das empresas mineiras e em programas que convertem pesquisas geradas nas universidades em produtos inovadores para gerar novos e melhores empregos, e riquezas para os mineiros.

Mais de 10 mil alunos mineiros foram capacitados desde 2008 em cursos de empreendedorismo para jovens e adultos. E investe além, por meio do maior programa de inclusão digital e social do país, beneficiando um milhão de mineiros. Destes, 400 mil receberam certificados dos cursos profissionalizantes oferecidos nos Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs) e Telecentros. 

Nos parques tecnológicos que estão sendo implantados, como em Viçosa e Belo Horizonte, o Governo de Minas vai entregar, além da estrutura física, a estrutura logística da gestão e governança dos parques, afinal, as empresas que serão instaladas nos parques têm como principal objetivo gerar produtos novos, inovadores, e não apenas reproduzir produtos como em um distrito industrial. Já foram atraídos 19 empreendimentos para os parques tecnológicos mineiros. Além dos R$ 2,6 milhões investidos pelo Governo de Minas, o Parque Científico e Tecnológico de Itajubá vai receber R$ 1,6 milhão de investimentos da emenda da Câmara dos Deputados.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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