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Agricultura

13h47min - 18 de Janeiro de 2012 Atualizado em 07h45min - 01 de Julho de 2013

Pesquisa aborda ações da Emater-MG para conservação do solo e da água

FUNILÂNDIA (18/01/12) - Conservar o solo e a água. Esse é o objetivo de um projeto desenvolvido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) em parceria com outras instituições no município de Funilândia, região Central. O trabalho tem ajudado a melhorar, por exemplo, a infiltração de água no solo e a evitar erosões. Além de visar a preservação ambiental, o projeto despertou o interesse do setor acadêmico e foi tema de uma pesquisa do curso de engenharia ambiental do Centro Universitário de Sete Lagoas (Unifemm). 

O projeto de monitoramento de conservação do solo e da água em Funilândia foi implantado em 2008. A iniciativa é desenvolvida em parceria da Emater-MG com prefeitura, Câmara Municipal, Ruralminas, Instituto Estadual de Florestas (IEF), Grupo de Pesquisa em Recursos Hídricos (GPRH) da Universidade Federal de Viçosa e Comitê da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Jequitibá. O trabalho desenvolvido no município tem como objetivo a revitalização da bacia do ribeirão Jequitibá, que deságua no rio das Velhas, um dos mais importantes afluentes do rio São Francisco.

O primeiro passo para a implantação do projeto foi orientar os agricultores sobre a importância de se preservarem o solo e a água. O trabalho de educação ambiental da Emater envolveu quatro comunidades do município. Os produtores participaram de palestras e cursos.

Além da educação ambiental, outras ações também foram realizadas, como a construção de terraceamentos e bacias de captação de águas pluviais e de enxurradas. Além de evitar erosões, assoreamento de rios e melhorar a infiltração de água no solo, os terraceamentos e, principalmente, as bacias de captação contribuem para a conservação das estradas rurais. O cercamento de nascentes é outra ação do projeto de preservação do solo e da água no município. A medida é necessária para evitar, por exemplo, que o local seja pisoteado por animais.

O trabalho de conservação do solo e da água em Funilândia tem um diferencial. Com o auxílio de aparelhos apropriados, foi possível saber o volume de água captado pela bacia e o quanto infiltrou no solo. Depois de coletados, os dados foram analisados com o auxílio de um software. “Para isso, nós contamos com a ajuda do GPRH da Universidade Federal de Viçosa, que cedeu os equipamentos instalados nos terraços e bacias de captação, para verificar o volume de água que infiltra no solo”, explica o extensionista da Emater-MG Adenilson de Freitas.

De acordo com o técnico, esse tipo de verificação é pouco comum em projetos como o desenvolvido em Funilândia. Neste caso, a iniciativa foi dele e permitiu um monitoramento sistematizado das ações realizadas e propor novas medidas. As ações desenvolvidas no município de Funilândia estão inseridas no Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. A iniciativa é dos governos federal e estadual, e executada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Paranaíba (Codevasf), em parceria com a Emater-MG.

Pesquisa

O projeto desenvolvido em Funilândia despertou o interesse do setor acadêmico. A pesquisa “Educação Ambiental e Monitoramento de Práticas Mecânicas de Conservação do Solo e da Água” foi realizada pelo extensionista da Emater-MG e aluno do curso de engenharia ambiental da Unifemm, Adenilson de Freitas, orientado pela professora Marília Queiroz de Rezende.

O trabalho acadêmico teve como proposta demonstrar a eficiência das práticas mecânicas para a conservação do solo e da água, associada à educação ambiental. Para isso, ele analisou as ações desenvolvidas no projeto de conservação do solo e da água em Funilândia. Segundo Freitas, a captação de água de chuvas e enxurradas melhorou a recarga do lençol freático. “O monitoramento das bacias de captação demonstraram resultados satisfatórios, sendo capazes de armazenar e infiltrar 12,3% do total precipitado”.

Outro ponto importante destacado pela pesquisa foi o trabalho de conscientização dos produtores rurais. De acordo com Freitas, apesar de os agricultores se preocuparem com a poluição dos rios, eles não conheciam as práticas de conservação. “Por isso, o trabalho de educação ambiental é muito importante. Sem essa orientação, não é possível alcançar bons resultados na preservação do meio ambiente”, explica. Freitas ainda lembra que é fundamental a continuidade e manutenção das ações realizadas, como a construção de bacias de captação e terraços para a preservação da microbacia do ribeirão Jequitibá. No geral, o trabalho acadêmico demonstrou a importância de práticas mecânicas associadas à educação ambiental para a conservação do solo e da água.

Reconhecimento

A pesquisa de Adenilson de Freitas ficou em terceiro lugar na categoria Estudante de Nível Superior do 10º Prêmio Ouro Azul,  no fim de 2011. O prêmio é uma realização dos Diários Associados em parceria com Furnas Centrais Elétricas. A iniciativa tem como objetivo valorizar ideias viáveis para revitalização e conservação dos recursos hídricos. Nesta edição do Furnas Ouro Azul, foram inscritos 72 projetos em sete categorias.

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