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17h57min - 04 de Novembro de 2009 Atualizado em 16h09min - 20 de Junho de 2013

Pesquisa aponta como mineiros da RMBH procuram trabalho

A Fundação João Pinheiro, a Sedese, o Dieese e a Fundação Seade divulgaram um dos resultados da pesquisa suplementar da PED-RMBH. Os dados mostram que 53,6% dos assalariados na Região Metropilitana, utilizaram da rede de contatos pessoais para a conquista do posto de trabalho.

BELO HORIZONTE (04/11/2009) - Entre maio e outubro de 2008, 53,6% dos assalariados na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), utilizaram da rede de contatos pessoais para a conquista do posto de trabalho, enquanto os meios mais utilizados para a obtenção do trabalho por aqueles que se empregaram em empresas, órgãos públicos ou domicílios foi o contato direto com o empregador (30,3%) e o engajamento em concursos públicos (12,6%). A proporção de assalariados que obteve um posto de trabalho através de estruturas especializadas para a intermediação da força de trabalho foi menor (3,3%) e, entre estes, a alocação de trabalhadores realizada por agências privadas de emprego e estágio superava o esforço de intermediação da rede de atendimento pública (0,8%).

Este é um dos resultados da pesquisa suplementar da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMBH), realizada entre maio e outubro de 2008, cujos resultados foram divulgados nesta quarta-feira (4), durante seminário no Campus Brasil da Fundação João Pinheiro (FJP).

Realizado pela FJP, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e a Fundação Seade, em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego, o estudo apresenta informações relativas aos requisitos exigidos do trabalhador no momento da contratação, aos mecanismos utilizados para a obtenção da inserção ocupacional, ao uso do seguro desemprego e às diversas formas de qualificação.

Uma pesquisa semelhante foi realizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte nos anos de 1997 e 2000, mas esta é a primeira vez que o estudo foi direcionado às seis unidades de pesquisa do Sistema PED (Belo Horizonte, São Paulo, Porto Alegre, Distrito Federal, Recife e Salvador). A ampliação das regiões avaliadas permite uma série de comparações para fornecer subsídios para o delineamento das políticas públicas relativas ao trabalho na RMBH. “O fato de não haver pesquisas dessa natureza com esta abrangência dificulta dizer o quanto evoluímos, mas os dados atuais mostram um grande progresso em relação à década de 1990”, explicou o coordenador da PED pelo Dieese, Mário Rodarte.

Seguro desemprego

Pelos dados da pesquisa suplementar da PED, na RMBH, indicam que 18,8% dos residentes com idade igual ou superior aos 14 anos lançaram mão do suporte financeiro dado pelo seguro-desemprego em algum momento ao longo dos últimos oito anos.

Até outubro de 2008, o contingente que havia feito uso deste mecanismo para sustentação temporária de renda, em algum momento do período compreendido entre janeiro de 2000 e outubro de 2008, ficou estimado em 718 mil pessoas. A maior parte eram homens (55,9%), negros (61,7%), pessoas de 25 a 39 anos (54,8%) e que tinham, ao menos, o ensino médio completo (56,9%).

Qualificação

Em um cenário no qual os contatos pessoais são mais eficientes do que os demais meios de se obter uma colocação profissional, o quesito escolaridade é o mais cobrado no momento da contratação. Isso faz com que os grupos de menor renda, historicamente mais fragilizados em relação à escolaridade, percam espaço no mercado formal de trabalho. “A inclusão produtiva desses grupos de menor escolaridade é mais difícil, já que o mercado formal de trabalho não absorve esse tipo de público”, explicou o subsecretário de Trabalho, Emprego e Renda da Sedese, Fernando Sette.

“É urgente a mudança de postura em relação à oferta de qualificação. Em Minas Gerais já fizemos essa mudança e estamos hoje oferecendo a qualificação de acordo com as demandas do mercado e trabalhando em regime de parceria com as empresas para que o trabalhador qualificado tenha reais possibilidades de ser absorvido pelo mercado”, completou Sette.

Veja em imagens os quadros com mais informações sobre a pesquisa.

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