O Centro de Estatística e Informações (CEI) da Fundação João Pinheiro (FJP), em parceria com o Escritório de Prioridades Estratégicas, deu início em agosto deste ano à coleta de dados da 3ª edição da Pesquisa por Amostra de Domicílios de Minas Gerais (PAD-MG). Realizado a cada dois anos, o estudo reúne informações sobre as condições de vida e a situação socioeconômica dos mineiros. O objetivo da pesquisa é conhecer em profundidade a população das diferentes regiões do estado, suas características, ações, posições no mercado e no sistema de estratificação social.

A pesquisa tem abrangência estadual e será realizada até março de 2014. Neste período, o principal entrave encontrado pelos recenseadores é, em muitos casos, a receptividade dos cidadãos. “É preciso ter muito tato para fazer a abordagem. Algumas pessoas têm certa desconfiança e, em alguns momentos, isso gera dificuldade para o nosso trabalho”, afirma o recenseador da FJP, Dimas Vander Lima. Ainda segundo Dimas, o êxito da pesquisa está diretamente ligado à participação das pessoas. “Por isso, é importante que o cidadão abra a porta de casa para receber os pesquisadores”, conclui.

Ao todo, 80 recenseadores irão visitar 18 mil domicílios em 428 municípios das dez regiões de planejamento do Estado e Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a coordenadora da PAD-MG, Nícia Raies, os pesquisadores são devidamente identificados por crachás e treinados para a abordagem adequada. “A coleta de dados é o coração da pesquisa, por isso é tão importante a adesão da sociedade mineira”, afirma. “O sucesso desta iniciativa depende inteiramente da colaboração das pessoas, ao receberem os pesquisadores em suas casas”, alerta também Nícia Raies.

Nos últimos dias, os recenseadores da Fundação João Pinheiro estão percorrendo as ruas de Belo Horizonte. O servidor público da Secretaria de Estado de Defesa Social, Cláudio Henrique Fróes, foi um dos entrevistados. Fróes recebeu o pesquisador em sua casa e respondeu ao questionário. “Basta que o pesquisador se identifique. Considero essa pesquisa muito bem vinda para a sociedade”, avalia Cláudio Henrique Fróes. O levantamento da FJP abrange temas diversos, como emprego, segurança pública, educação e saúde.

Resultados são fundamentais para Minas

Até o início de 2014, as informações coletadas receberão tratamento estatístico para a elaboração de relatórios técnicos. Os resultados irão subsidiar o desenho de um retrato regionalizado do Estado e a construção de indicadores fundamentais para a elaboração, o acompanhamento e a avaliação de políticas públicas, aperfeiçoando cada vez mais o processo de alocação de recursos públicos. “Com os relatórios técnicos resultantes da PAD em mãos, o governo estadual tem ampla visão da realidade de Minas Gerais e informações consistentes para elaboração e monitoramento de políticas públicas para cada região”, explica Nícia Raies.

De acordo com Gláucia Macedo, subsecretária do Núcleo de Avaliação do Escritório de Prioridades Estratégicas, a pesquisa possui importância determinante dentro do escopo de ações de planejamento do Estado. “Precisamos de parâmetros para alocar os recursos públicos e, por isso, este levantamento possui muita relevância. A pesquisa representa um fator essencial para a destinação de investimentos e implementação de políticas públicas, de acordo com a realidade de cada região de Minas”, conclui a subsecretária.