O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) apresenta, nesta quarta-feira (14), o Plano de Ação do sistema de alerta meteorológico para o período chuvoso 2012-2013. O seminário acontece das 9h30 às 12h40, no Auditório JK da Cidade Administrativa de Minas Gerais.

Todas as prefeituras de Minas Gerais, além das defesas civis municipais, foram convidadas para o evento, que pretende cadastrar os contatos dos responsáveis para recebimento dos alertas meteorológicos via SMS.

No seminário será apresentado, também, como é feita a operação e emissão dos avisos e boletins meteorológicos e a inter-relação entre o Igam, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad), a Defesa Civil Estadual, o Corpo de Bombeiros Militar (CBMMG) e a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

Atualmente são elaborados dois boletins diários com a previsão do tempo para as próximas 72 horas, além de avisos meteorológicos ao longo do dia. Os boletins e os avisos estão disponíveis na página do Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Simge) no endereço www.simge.mg.gov.br.

A possibilidade do envio por SMS possibilitará maior agilidade das autoridades quanto às providências a serem tomadas em caso de emergências. Além disso, o seminário pretende alinhar as informações de todas as equipes envolvidas nos trabalhos de prevenção e ação no período chuvoso.

Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais

O Igam executa, desde 1997, por meio do Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Simge), um monitoramento voltado para a vigilância quantitativa do tempo, do clima e do comportamento hídrico, fornecendo à população, em parceria com a Defesa Civil, informações com ênfase em fenômenos adversos como enchentes, estiagens e temporais severos.

Para a realização do trabalho de monitoramento e vigilância atmosférica, o Igam conta atualmente com ferramentas como imagens de satélite, sistemas de detecção de raios, dados observados por meio de Plataformas de Coleta de Dados (PCDs) automáticas e pluviométricas convencionais. Essas ferramentas, agregadas à utilização do radar meteorológico, adquirido em 2011 pela Cemig e operado pelo Igam, irão permitir a emissão dos alertas mais rapidamente.

De acordo com a Gerência de Monitoramento Hidrometeorológico do Igam, a operação do Radar Meteorológico, desde janeiro de 2012, vem proporcionando ao instituto uma série de benefícios, principalmente na melhoria dos serviços diretos e indiretos já oferecidos. Esse tipo de radar permite localizar a precipitação, calcular seu deslocamento e estimar o tipo de intempérie (chuva ou granizo), contribuindo para a melhoria da previsão de curtíssimo prazo, além de permitir analisar a estrutura das tempestades e seu potencial para causar tempo severo.

Para maior eficiência das informações fornecidas pelo radar meteorológico, foram instaladas duas unidades de operação do radar: uma em Mateus Leme, composta de instalações físicas, casa de controle, equipamentos, radar, antena, mecanismos de movimentação, computadores e gerador auxiliar, de responsabilidade da Cemig e uma instalação de operação remota e utilização dos produtos do Radar na Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais, de propriedade do Igam.

Abrangência tem um raio de 400 km

O posicionamento do Radar no município de Mateus Leme melhora a precisão dos dados meteorológicos em toda a Zona Metalúrgica e Campo das Vertentes, boa parte da Bacia do Rio Doce, Zona da Mata e Alto São Francisco.

Nos 324 municípios de abrangência do radar, correspondendo a um raio de 200 quilômetros, é possível identificar, monitorar e estimar quantitativamente a ocorrência de precipitação. Também é possível monitorar e identificar o tipo de chuva e a ocorrência de granizo, a intensidade dos ventos e a velocidade de deslocamento das tempestades. Desta forma pode-se aumentar a proteção com relação à ocorrência de tempestades e queda de granizo, inclusive na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Já a cobertura no Noroeste de Minas, Norte de Minas, Sul de Minas e Vale do Jequitinhonha, correspondente ao círculo externo com raio de 400 quilômetros, permitirá identificar os sistemas causadores de precipitação e prever sua trajetória.

Durante os primeiros anos de operação do radar, deverão ser realizados estudos sobre a atenuação de seu sinal devido à topografia de Minas Gerais, o seu alcance real e a estimativa de precipitação, o que permitirá aperfeiçoar sua eficiência ao longo dos anos.