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Agricultura

12h40min - 12 de Novembro de 2010 Atualizado em 13h40min - 28 de Junho de 2013

Produção de antúrio é alternativa para agricultura familiar

BELO HORIZONTE (12/11/10) - A adaptabilidade às condições climáticas do Brasil, menor custo das mudas e manejo simples, além de grande durabilidade pós-colheita tornam o antúrio excelente alternativa para a agricultura familiar, segundo pesquisadoras da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

Apreciado por sua beleza, o antúrio, é a segunda espécie do grupo de flores tropicais de maior expressão mundial; superado apenas pelas orquídeas. No Brasil, o cultivo de antúrio para corte de flores em arranjos florais vem crescendo, impulsionado pela demanda nacional e internacional, pela introdução de novas cultivares estrangeiras e pelo desenvolvimento de cultivares nacionais.

Segundo a pesquisadora da Epamig, Elka Fabiana Almeida, apesar de ser uma excelente alternativa, há poucos produtores desta espécie em Minas Gerais. “Muitos produtores não conhecem as vantagens e a demanda do mercado”, aponta. A maior parte da produção de antúrio em Minas Gerais concentra-se no Sul de Minas (37,5%), seguido das regiões dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (25%) e das regiões Central (12,5%) e Centro-Oeste (12,5%).

As cultivares mais cultivadas no Estado são de cores e nuances vermelhos intensos, Rubi e Eidibel e vinho-chocolate, Iguape. Outras cultivares produzidas no estado e no Brasil são: Terena e Xavante (branco e branco-rosado), Ômega e Juréia, (alaranjados), Apalai (vermelho intenso) e Netuno (vinho-chocolate).

Na Fazenda Experimental da Epamig, em São João del-Rei, na região dos Campos das Vertentes, foram realizados estudos sobre adaptação de diversas cultivares de antúrio na região, nutrição mineral, avaliação da ocorrência de pragas e inimigos naturais nas plantas e conservação pós-colheita. Segundo Elka Fabiana Almeida, para seu melhor desenvolvimento, deve-se dar preferência ao cultivo em regiões onde a temperatura mínima noturna se mantenha acima de 18 ºC e a máxima diurna não ultrapasse 35 ºC. A pesquisadora recomenda o cultivo em locais protegidos dos raios solares diretos “Na região dos Campos das Vertentes, obtém-se antúrios de melhor qualidade e beleza com o uso de telas de náilon com malhas que proporcionam de 70% a 80% de sombreamento”, exemplifica.

Embora a multiplicação do antúrio possa ser feita por meio de divisão de touceiras ou por sementes, os produtores já têm utilizado mudas provenientes de laboratório de cultura de tecidos (micropropagação). “São mudas produzidas ‘in vitro’ com a utilização de técnicas para diminuir e até extinguir a contaminação com doenças e pragas. Essa técnica proporciona a produção de mudas de excelente qualidade que apresentam uniformidade e melhor desenvolvimento no campo”, recomenda.

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