BELO HORIZONTE (29/07/08) - A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior recebeu, nesta terça-feira (29), o embaixador da União Européia (UE), João Pacheco, e o conselheiro para Ciência e Tecnologia da UE, Angel Landabaso. Eles vieram conhecer a política desenvolvida pelo Governo de Minas para a ciência e tecnologia, com foco na produção de energia. Eles visitaram a produção de nióbio na Companhia Brasileira de Mineração e Metalurgia (CBMM), em Araxá, no Alto Paranaíba.

O subsecretário de Ensino Superior, professor Octávio Elísio Alves de Brito, e o assessor de captação de recursos e parcerias internacionais da Sectes, Ronaldo Nascimento, mostraram à delegação da União Européia os principais projetos desenvolvidos em Minas e o perfil do Estado na área de ciência e tecnologia. Lembraram a liderança mineira em universidades públicas e centros de pesquisa.

Ronaldo Nascimento falou do trabalho que vem realizando junto a vários países europeus para cooperação em diferentes áreas do conhecimento. Citou as parcerias já estabelecidas para a Inovatec - Feira de Ciência, Tecnologia e Inovação, que neste ano será realizada de 29 de setembro a 2 de outubro, no Expominas, com o apoio do Governo de Minas e a parceria da Itália.Para 2009 está acertada a participação da França, 2010 da Alemanha e 2011 do Canadá. Nascimento disse que a aproximação diplomática entre Minas e União Européia é muito importante e que há um interesse mútuo em nanotecnologia, tecnologia da informação (TI), biotecnologia aplicada à saúde e ensino superior.

João Pacheco afirmou que há uma disposição da União Européia em ampliar a cooperação científica com o Brasil. Para isso, acredita que a participação do Estado, com o potencial que tem, seja fundamental para a parceria. Reafirmou o interesse da UE no nióbio, minério em que Minas Gerais é líder em reservas, na produção e na exportação.

Para conhecer detalhadamente, Nascimento acompanhou a delegação à CBMM que deverá elevar a sua produção para 90 mil toneladas em 2008. Em 2007 toda a produção chegou a 76 mil toneladas, o que significa 95% da produção mundial. A produção nacional vem crescendo devido ao aquecimento no mercado de ferroligas, principalmente na China e Índia. No Brasil, a CBMM lidera a produção, seguida pela Anglo American, em Catalão (GO). Entre os metais refratários, o nióbio é o mais leve para utilização na siderurgia, aeronáutica e largo emprego nas indústrias espacial e nuclear.