12h21min - 25 de Junho de 2014 Atualizado em 12h25min
A combinação embora bastante difundida, requer cuidado e equilíbrio ideal para realçar aromas, sabores e texturas tanto das bebidas quanto dos alimentos
A chegada do inverno é um estímulo para o consumo de vinhos e harmonização com diversos alimentos. A combinação da bebida com queijos, embora bastante difundida, requer cuidado e equilíbrio ideal para realçar aromas, sabores e texturas. Duas profissionais daEmpresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), a coordenadora de Transferência e Difusão de Tecnologia do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, Luiza Albuquerque, e a enóloga Marite Dal´Osto destacam algumas dicas básicas para a escolha e combinação dos produtos. “É um sofisticado encontro de aromas, onde o sabor do vinho realça e dá personalidade ao dos queijos e vice-versa”, ensina Luiza.
A regra clássica ensina que queijos frescos ou de pasta mole (Mussarela, Mussarela de Búfala, Minas Frescal, Ricota, Coalho e Brie) combinam com vinhos brancos, levemente aromáticos, vinhos tintos jovens que não passaram por madeira ou espumantes. Queijos de média maturação (Prato, Meia-cura e Cheddar) são adequados para vinhos tintos frutados como o Syrah.
Os queijos de pasta dura e de maturação longa (Parmegiano, Provolone e Pecorino) servidos como aperitivos ou fora da refeição combinam com espumantes ou vinhos brancos mais encorpados. Quando servidos como último prato combinam bem com vinhos tintos. Os queijos azuis (Gorgonzola, Roquefort e Stilton) vão bem com vinhos espumantes, brancos aromáticos e licorosos de sobremesa. “Como pode ser visto o vinho espumante pode ser usado em qualquer ocasião como um coringa”, observa Marite.
Escolha e conservação dos queijos
Luiza Albuquerque ensina que ao comprar os queijos é fundamental escolher o estabelecimento, sentir o olfato, observar a data de fabricação e a temperatura no local onde estão acondicionados. Os produtos devem ser comprados com no máximo dois dias de antecedência do consumo e precisam ser retirados da geladeira uma hora antes de serem servidos.
Em casa, a conservação deve seguir regras importantes para que cada tipo de queijo preserve as características por mais tempo. Os queijos de massa mole, incluindo Gorgonzola, Saint Paulin, Roquefort e Danablu devem ficar em recipientes fechados na parte de baixo da geladeira. O mesmo serve para os de massa semi-cozida, como Gouda, Itálico, Edam, Gruyère, Morbier, Minas padrão e Prato, se estiverem inteiros. Se forem cortados, devem ser cobertos por pano úmido em local sem grandes alterações de temperatura. Já os queijos duros e defumados ficam melhor na temperatura ambiente até 18° C e cobertos para evitar contato com moscas e fungos.
A seleção dos vinhos
Para a escolha do vinho, Marite Dal´Osto recomenda usar como referência o prato que será servido. No entanto, a enóloga destaca que ousadia e curiosidade também podem ajudar na combinação. “Cada um tem seu paladar próprio, que vai melhorando e descobrindo texturas, sabores e sensações a cada novo vinho aberto. Para conhecer uma laranja, você teve que um dia experimentá-la, com o vinho acontece o mesmo. Então seja curioso, compre sempre vinhos diferentes”, aconselha.
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