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Ciência e Tecnologia

14h10min - 31 de Agosto de 2011 Atualizado em 15h17min - 30 de Junho de 2013

Região Metropolitana de Belo Horizonte recebe novo aerolevantamento

A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e os municípios no entorno – inseridos no chamado Colar Metropolitano - recebem um novo aerolevantamento, contratado pelo Instituto de Geociências Aplicadas (IGA), abrangendo uma área de aproximadamente 20 mil quilômetros quadrados referentes a 49 cidades.  Durante um ano foram captadas 14,8 mil fotos.

BELO HORIZONTE (31/08/11) - A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e os municípios no entorno – inseridos no chamado Colar Metropolitano - recebem um novo aerolevantamento, contratado pelo Instituto de Geociências Aplicadas (IGA), abrangendo uma área de aproximadamente 20 mil quilômetros quadrados referentes a 49 cidades.  Durante um ano foram captadas 14,8 mil fotos aéreas coloridas e em infravermelho, o que vai permitir um trabalho de mapeamento mais detalhado e jamais feito em qualquer região do Estado de Minas Gerais. Será a primeira vez também que municípios como Ribeirão das Neves, Ibirité e Capim Branco, entre outros, vão contar com um mapeamento na escala de 1:10.000.

A diretora geral do IGA, Cláudia Werneck, explica que, depois de concluído o mapeamento inédito da região, o material cartográfico servirá para a elaboração de um sistema de gestão metropolitano mais eficiente. “A Agência da RMBH vai contar, se quiser, com informações cartográficas recentes, sistemáticas e com a mesma qualidade, para toda a área sob sua responsabilidade. Com isso ela poderá desenvolver um sistema para gerenciamento e suporte à decisão e até mesmo sistemas de monitoramento”, afirma.

Do total das 14.846 aerofotos, a metade delas (7.423) foi captada na banda do infravermelho, o que confere ao material um excelente instrumento para a gestão relacionada ao meio ambiente. Essa tecnologia, que pela primeira vez o Estado terá nas mãos, é útil para a identificação das classes de vegetação presentes na cena, realçando o contraste entre cultura/solo e terra/água. Através das imagens é possível identificar alguns poluentes, onde há água contaminada etc.

“O Sistema de Meio Ambiente terá também uma área considerável para fazer estudos de ferramentas para aumento da sua capacidade de gestão-monitoramento-fiscalização, em todos os aspectos: água (teremos a bacia do Rio das Velhas desde a nascente até depois de passar pela RMBH), o parque do Cipó, as captações de água, as estações de tratamento de esgoto, a APA Sul, as APAS de preservação das nascentes de toda a região, as minerações, o Carste de Lagoa Santa, e todo o vetor de desenvolvimento Norte”, cita.

Ainda segundo Cláudia Werneck, o IGA irá também iniciar um grande estudo para a revisão dos 29 limites municipais com problemas de destruição das características por causa da urbanização, com a proposição de novos limites para que sejam identificados de maneira clara.

Base cartográfica

A diretora de Pesquisa e Desenvolvimento do IGA, engenheira agrimensora Aliane Baeta, ressalta que o aerolevantamento é a matéria prima para a construção da base cartográfica preconizada pelo Plano Cartográfico de Minas Gerais. “Este trabalho é a condição para a elaboração de nossa cartografia, em escala de planejamento, para a atuação do governo do Estado na gestão da RMBH e adjacências”, afirma.

Sobre a possibilidade de se estender a captação das imagens para todo território mineiro, conforme estipulado no Plano Cartográfico, a diretora diz que estão sendo buscados, de maneira incisiva, recursos através de parcerias entre órgãos do Estado e agências e institutos de pesquisa do exterior.

Para o aerolevantamento foram investidos R$ 639,5 mil, recursos provenientes da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), através do projeto “Mapeamento Básico do Vetor Norte da RMBH por Metodologia Inovadora: Demanda do Governo Mineiro”, e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru). No total 49 municípios foram sobrevoados, sendo os 34 da Região Metropolitana, 14 do Colar Metropolitano e mais a cidade de Cachoeira da Prata. 

Tipo de imagem

O último aerolevantamento feito de forma sistemática na Região Metropolitana foi em 1989, quando a região era muito menor e com uma paisagem bastante diferente da observada atualmente. “Naquela época, as imagens eram analógicas, em preto e branco e na escala de 1:40.000. Outra diferença está no tamanho do pixel. Antes, a resolução geométrica da imagem era de 80 cm e, agora, são 40 cm, ou seja, é possível enxergar mais detalhes”, compara a coordenadora do projeto no IGA, a engenheira cartógrafa Cláudia Saraiva.

Voo

Para a captura das aerofotos, a Hiparc Geotecnologia, empresa vencedora do edital, utilizou a mesma tecnologia de ponta empregada na Europa e nos Estados Unidos. De acordo com o diretor executivo da empresa, Flávio Lobos Martins, os voos foram feitos em um bimotor Piper Aztec, homologado pelo Ministério da Defesa, a cinco mil metros de altitude sobre o nível do mar.

Com uma câmera austríaca totalmente ajustada para uso dentro de aeronaves, a cada 10 segundos, automaticamente, o equipamento fazia o disparo, armazenando a mesma imagem em dois tipos: colorida e infravermelha. “As fotos são feitas com superposição, o que permite ver em 3D toda a dimensão do território. Essa visualização em tridimensional é mais precisa e fácil, e os produtos cartográficos extraídos das imagens aeras são mais precisos”, argumenta Flávio Martins.

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