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18h48min - 08 de Agosto de 2008 Atualizado em 19h11min - 30 de Junho de 2013

Saúde em Casa reduz internações hospitalares

O Programa Saúde em Casa do Governo de Minas contribui para reduzir o número de internações hospitalares no Estado. O programa é estruturado com equipes multiprofissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde. Esse resultado foi alcançado em função dos investimentos consistentes realizados desde a criação do programa, em 2005.

BRASÍLIA (08/08/08) - Algumas das internações hospitalares poderiam ser evitadas, graças a um trabalho de prevenção e promoção da saúde. E é isso o que vem ocorrendo em Minas Gerais, onde, no período do ano 2000 a 2007, o Governo de Minas conseguiu reduzir, de 42,03% para 32,1% o índice de Internações Sensíveis à Condição Ambulatorial (ICSAA), ou seja, diminuiu o número de internações evitáveis. Isso significa que doenças como desnutrição, anemia e tuberculose estão, cada vez menos, levando as pessoas para a porta dos hospitais.

Os números foram divulgados durante a 3ª Mostra Nacional de Produção em Saúde da Família e no 3º Concurso Nacional de Experiências em Saúde da Família, eventos promovidos pelo Ministério da Saúde, encerrada nesta sexta-feira (8), em Brasília. Foram inscritos nove trabalhos de técnicos da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) para participar do encontro, com a aprovação de todos eles.

O gestor do Programa Saúde em Casa, Fernando Leles, destacou que a meta para este ano no Estado é alcançar um índice de 31%, no ICSAA, e atingir 28% em 2011. “Para conseguirmos estamos fazendo investimentos consistentes em Minas, qualificando a estrutura física, as Equipes de Saúde da Família (ESF), buscando também ampliar o número, e ainda participarmos do custeio”, disse Leles.

Um dos expositores mineiros na mostra, Fernando Leles, conceituou a atenção primária como porta de entrada no sistema de saúde, devendo ser o ponto central de uma rede de assistência à saúde. “Essa foi uma decisão do Governo de Minas e para consolidar esse modelo, estamos fazendo repasses financeiros aos municípios, tanto para apoiar as ESF já existentes e até motivar a criação de novas, bem como melhorar a estrutura das Unidades Básicas de Saúde (UBS)”. Em seis anos, já foram aplicados R$ 396 milhões em recursos do Tesouro Estadual para custear as ações do Saúde em Casa.

Mudança de comportamento

Segundo a literatura médica, a atenção primária à saúde, é capaz de solucionar 80% da demanda por serviços de saúde da população. Deve ser compreendida como um conjunto de ações de saúde que abrangem a promoção e proteção da saúde, a prevenção de doenças, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde.

Mesmo assim, de acordo com Leles, existe uma resistência da população em procurar pelos serviços de atenção primária. “Porque as pessoas não procuram as UBS? Por falta de confiança na atenção primária, medo de encontrar filas, falta de profissionais e de resolutividade dos profissionais, além de uma cultura hospitalar. Temos que ser enfrentar essa situação para que possamos modificar esse comportamento”, declarou.

A receita, de acordo com o gestor, é ampliar a cobertura dentro do Programa de Saúde da Família (PSF). “Em Minas, são 832 municípios participando do PSF. Temos 25 mil agentes comunitários de saúde, em 3.672 equipes de saúde da família, com cobertura de 65% da população. Nossa meta é atingir 70% e alcançar a marca de quatro mil ESF até o fim de 2010”.

Saúde em Casa

O Saúde em Casa foi lançado em abril de 2005 para ampliar e fortalecer o Programa Saúde da Família (PSF), estruturado a partir de equipes multiprofissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde. Essas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias.

Por meio do Saúde em Casa, o Governo de Minas Gerais destina recursos financeiros aos municípios onde as equipes do PSF atuam. Os recursos podem ser aplicados na qualificação de pessoal, obras, compra de equipamentos médicos e de material de consumo.

A prioridade da iniciativa é a promoção da saúde e a prevenção de doenças e o PSF é um importante aliado na concretização das metas estabelecidas pelo Governo de Minas para garantir mais saúde e a melhoria da qualidade de vida da população. Já foram construídas 600 UBS, e a meta para 2010 é entregar mais 1.200.

Atenção Primária

Desde sua implantação em âmbito nacional, em 1994, e sua adoção em Minas Gerais, no ano seguinte, o Programa de Saúde da Família (PSF) tem buscado estruturar as ações do modelo assistencial da saúde, a partir da atenção básica, em conformidade com os princípios do SUS. Com ele, surge uma nova dinâmica de atuação nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), com definição de responsabilidades entre os serviços de saúde e a população. As Equipes de Saúde da Família (ESF) funcionam como uma fábrica em que cada um tem o seu papel. O produto dela, no entanto, é a promoção da saúde.

Existem algumas funções comuns a todos os membros da Equipe de Saúde da Família, por exemplo, a discussão sobre a distribuição territorial de responsabilidade da equipe, além de identificar famílias e indivíduos expostos a riscos de enfermidades. No entanto, os profissionais também desempenham atividades específicas.

Os agentes comunitários de saúde devem sempre buscar a integração entre a equipe e a comunidade, desenvolvendo ações educativas, visando a promoção da saúde e a prevenção de doenças, o que pode passar desde o combate à dengue até o incentivo de hábitos saudáveis, capazes de reduzir os índices de hipertensão e diabetes. Na Unidade Básica de Saúde acontecem outras atividades, como consultas com um médico generalista, dentista, palestras sobre diversos temas, como planejamento familiar, além da vacinação de crianças e adultos.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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