Minas por Região
Cultura

15h00min - 26 de Agosto de 2015 Atualizado em 15h02min

Secretaria de Cultura e MP reforçam campanha pela recuperação de obras sacras furtadas

A exposição em cartaz no Museu Mineiro reúne mais de 100 imagens de bens culturais subtraídos

Mais de 100 imagens de peças sacras desaparecidas fazem parte da exposição “Em busca do patrimônio perdido”, aberta ao público até o dia 15 de novembro, na sala multiuso do Museu Mineiro, em Belo Horizonte. Organizada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em parceria com aSecretaria de Estado da Cultura (SEC), a mostra reúne 22 painéis e totens informativos com fotos de imagens de bens sacros que foram retirados de várias comunidades mineiras.

O objetivo da exposição é divulgar as peças, a maioria furtada de igrejas e capelas que datam do período colonial, para que as pessoas as conheçam e ajudem na recuperação. A mostra é itinerante. Municípios interessados em recebê-la devem entrar em contato com o Ministério Público no telefone (31) 3250-4620.

“A mostra oferece a oportunidade de reconhecimento e identificação dessas obras e a possibilidade de restituí-la para seu local de origem”, afirma Andréa Magalhães Matos, superintendente de Museus e Artes Visuais da Secretaria de Estado de Cultura.

Furto do patrimônio

Minas Gerais tem o maior número de bens culturais protegidos. De seus sítios históricos, três são declarados pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade: o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, a cidade de Ouro Preto, e o centro histórico de Diamantina.

Estima-se que 60% dos bens sacros mineiros tenham desaparecido em razão de furtos e apropriações indevidas. Segundo  Marcos Paulo de Souza Miranda, coordenador da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, nos últimos dez anos, foram recuperados 365 bens culturais perdidos ou furtados. Outras 707 peças ainda estão desaparecidas.

A subtração de peças sacras movimenta um comércio ilegal altamente rentável. Segundo estimativas da Unesco, o comércio clandestino de bens culturais, em volume de dinheiro, só fica atrás do tráfico de drogas e de armas. O promotor Marcos Paulo de Souza Miranda ressalta que as peças desaparecidas podem estar em antiquários, residências particulares, à venda em leilões ilegais e até mesmo na internet.

“É preciso que o cidadão desperte sua atenção para o tema, pois esse patrimônio integra uma parcela importante da herança cultural dos mineiros e deve ser protegido por todos”,  afirma o promotor.

Para denunciar peças sacras desaparecidas basta ligar para o telefone (31) 3250-4620 ou enviar mensagem no endereço eletrônico cppc@mpmg.mp.br

Serviço

Exposição “Em busca do patrimônio perdido” (entrada gratuita)

Data: Até 15 de novembro de 2015

Horários: terças, quartas e sextas-feiras de 10 às 19h; quintas, de 12 às 21h; sábados e domingos, de 12 às 19h

Local: Museu Mineiro – Sala Multiuso. Avenida João Pinheiro 342, Belo Horizonte

Informações: (31) 3269-1103

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