20h01min - 22 de Setembro de 2011 Atualizado em 06h13min - 01 de Julho de 2013
A bem-sucedida experiência alemã na realização da Copa do Mundo de 2006 foi apresentada por três consultores da agência GIZ, de cooperação internacional do governo alemão, à Secopa. Os representantes alemães abordaram vários temas relativos à organização do evento, como hotelaria, transporte, atrações turísticas e Fan Fest.
BELO HORIZONTE (22/09/11) - A bem-sucedida experiência alemã na realização da Copa do Mundo de 2006 foi apresentada por três consultores da agência GIZ, de cooperação internacional do governo alemão, à Secretaria de Estado Extraordinária da Copa (Secopa), nesta quinta-feira (22), na Cidade Administrativa.
Os representantes alemães abordaram vários temas relativos à organização do evento, como hotelaria, transporte, atrações turísticas e Fan Fest (transmissão ao vivo dos jogos em locais públicos, com área de alimentação e realização de shows). “Queremos aprender com aqueles que têm capacidade de organização e planejamento. O exemplo alemão transformou-se em referência de sucesso para todo o mundo”, disse o secretário de Estado Extraordinário da Copa, Sergio Barroso.
Um dos temas mais debatidos entre Sergio Barroso e os presentes foi a capacidade hoteleira de cidades-sede de mundiais. A Fifa recomenda que o município ofereça, pelo menos, um terço de leitos do total de cadeiras do estádio onde se realizam os jogos. Thomas Jedlitschka, consultor da Copa de 2006 e 2010, lembrou que a cidade de Leipzig foi uma das sedes do Mundial com 22 mil leitos, enquanto Berlim ofereceu 40 mil. “A rede hoteleira da cidade teve 98% de ocupação. Só não chegou a 100% por causa das desistências de última hora”, disse. Em 2014, a previsão é de que a capacidade hoteleira de Belo Horizonte chegue a 50 mil leitos.
Outro ponto abordado foi a dimensão continental do Brasil. Barroso destacou a posição geográfica de Belo Horizonte com relação às 12 cidades-sede. “Estamos no epicentro do Brasil e mais perto das outras sedes que qualquer outra capital. Oferecemos à Fifa essa facilidade de locomoção para facilitar a vida dos turistas”, disse. Jedlitschka acrescentou que a tendência do turista é se movimentar num raio próximo da cidade mais famosa do país-sede. “Se eu fosse turista, voaria para o Rio de Janeiro e me deslocaria de carro de lá até Belo Horizonte e São Paulo. Não é possível fazer longos deslocamentos em avião porque os preços podem ser astronômicos”, lembrou.
O consultor sugeriu que as autoridades locais negociem com o setor privado das companhias aéreas e de hotelaria, por exemplo, para conquistar o turista. “Se os preços forem exorbitantes, esse turista só voltará à sua cidade num prazo muito longo. Por isso, é preciso que governos e prefeituras atuem junto a essas empresas para gerar negócios duradouros e perenes”, finalizou.
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