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Saúde

20h55min - 28 de Dezembro de 2011 Atualizado em 21h28min - 29 de Junho de 2013

Secretário e ministro da Saúde entregam UPA para a população de Teófilo Otoni

TEÓFILO OTONI (28/12/11) - Em dois meses de funcionamento, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, já atendeu cerca de 14 mil pacientes, fez mais de dois mil exames radiológicos e quase três mil exames laboratoriais.

A unidade, inaugurada oficialmente nesta quarta-feira (28), pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e pelo secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, está aberta desde outubro deste ano, mas não em sua capacidade total.

A UPA faz parte da estratégia das Redes de Urgência e Emergência que estão sendo implantadas em Minas Gerais pelo governo estadual. A rede planejada para a Macrorregião Nordeste, polarizada por Teófilo Otoni, estará totalmente instalada em fevereiro.

A UPA tem capacidade para atender até 400 pessoas por dia. Conta com uma equipe de seis médicos, 19 leitos, posto de enfermagem, sala de exames, laboratórios, sala de urgência e sala de classificação de risco. A unidade funcionará em regime de plantão 24 horas, todos os dias da semana.

Os recursos de manutenção vem das três esferas de governo. O Ministério da Saúde vai destinar mensalmente R$ 300 mil e o Governo de Minas e a prefeitura de Teófilo Otoni, R$ 250 mil cada, totalizando R$ 800 mil por mês.

A administração da unidade caberá ao Hospital Santa Rosália em Teófilo Otoni. Atualmente, em parceria com os programas governamentais, o hospital presta serviços à população dos Vales do Mucuri, Jequitinhonha, São Mateus e também de cidades do sul da Bahia e Norte do Espírito Santo.

Fim do passivo histórico

Durante a inauguração, o ministro Alexandre Padilha afirmou que a UPA de Teófilo Otoni sinaliza para a reorganização do Sistema Único de Saúde (SUS), que na sua concepção original privilegiou a atenção primária e a assistência hospitalar.

“As Unidades Básicas de Saúde (UBS) têm horário para abrir e para fechar, mas o cidadão não tem hora para adoecer. Assim, se ele sente alguma coisa depois que a unidade fecha, só lhe resta recorrer aos hospitais. As UPAs vieram preencher essa lacuna”, garantiu o ministro.

As UPAs, segundo o secretário Antônio Jorge, vieram recuperar um passivo histórico na saúde. “São equipamentos bem financiados”, destacou ele, ao se referir ao custeio tripartite. “Cada ente federado – Município, Estado e União - faz o aporte financeiro acordado.  No caso de Teófilo Otoni, ao Estado cabe o aporte anual de R$ 3 milhões/ano, mesmo valor sob a responsabilidade do Município; o governo federal participa com R$ 3.6 milhões/ano”, completou.

“Temos um sentimento de reconhecimento regional”, disse a prefeita de Teófilo Otoni, Maria José Hauisen, ao elencar os avanços da saúde no município e na macrorregião e citar a Rede de Urgência e Emergência. “Reconhecemos o esforço coletivo para que aqui o milagre da vida se multiplique”, disse.

O diretor técnico do Hospital Santa Rosália, Ilter Martins, lembrou a origem da UPA de Teófilo Otoni. “Em 2007, o Governo de Minas convidou o Santa Rosália para ser parceiro no atendimento macrorregional. Para isso, fez grande aporte de recursos do Tesouro. A partir de 2010, o aporte tripartite possibilitou a abertura do serviço. O que vemos hoje é o resultado dessa parceria”, reconheceu. “Inicialmente ali era uma policlínica, que com um esforço político muito grande, junto ao Ministério da Saúde, conseguimos qualificar como UPA”, completou Antônio Jorge.

Presente na cerimônia, o deputado federal Fábio Ramalho disse que os investimentos são expressivos, mas advertiu para os desafios que ainda precisam ser vencidos. “Ainda há muitas críticas à saúde. Mas, é preciso deixar claro que a maior parte dos problemas enfrentados pela população tem a ver com a má gestão dos serviços”, alertou o parlamentar, citando como exemplo o Hospital São Vicente.

Assistência hospitalar

O secretário reconheceu o empenho dos parlamentares na busca de solução para os problemas enfrentados pela população da macrorregião. “Vamos ouvir e cobrar uma atitude do prestador que assumiu o hospital. Nele, apesar dos recursos públicos investidos, há um descompromisso com a rede de assistência ao paciente com câncer”, afirmou Antonio Jorge.

O secretário adiantou que o Governo de Minas vai participar da implantação de um hospital regional com capacidade para 400 leitos. “Será um centro de traumatologia que vai atuar em sintonia fina com a Rede de Urgência e Emergência. Vamos co-financiar as portas de entrada dos hospitais dos municípios da região. Para garantir o custeio, o aporte adicional será de R$ 36 milhões/ano. Com isso, vamos garantir a fixação dos profissionais de saúde no entorno de Teófilo Otoni, desconcentrando o Santa Rosália”.

Além do hospital regional, Antônio Jorge também anunciou que será criada uma “força tarefa” para a reabertura do Hospital São Lucas. “Esse dever de caso, possível e urgente, envolverá Município, Estado e governo federal, para que possamos, o mais rápido possível, entregar à população um hospital com 120 leitos.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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