BELO HORIZONTE (25/11/10) - A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru) realizou entre os dias 22 e 24 de novembro reuniões públicas para apresentar os Planos Participativos de Reabilitação das Áreas Urbanas Centrais (Prauc) nos municípios de Confins, Lagoa Santa, Ribeirão das Neves, Sabará e Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

Os encontros têm o objetivo de apresentar para os moradores e gestores das cidades a proposta de intervenção urbanística e ambiental da centralidade municipal e o modelo de gestão e monitoramento para implementação dos Planos de Reabilitação.

De acordo com a superintendente de Apoio à Gestão do Solo Metropolitano, Liliana Gomes, a presença da sociedade civil é fundamental na elaboração do plano e no acompanhamento da implementação. “Este é um plano para que os moradores se apropriem dele, já que temos ações que são de longo prazo e que só poderão ser efetivadas em outras administrações municipais. Desta forma, é essencial fortalecer as associações dos bairros para que mobilizem a população”, disse.

Visando a participação de diversos segmentos da sociedade no acompanhamento e na viabilização das obras e intervenções, foi proposta a criação de um grupo gestor com pessoas que tenham conhecimento de política pública. 

A proposta de reabilitar as centralidades consiste em implementar em determinadas áreas, já consolidadas e de ocupação diversificada, políticas e intervenções motivadoras de expectativas e de transformações para melhorar o espaço urbano e as atividades que nele se desenvolvem, visando gerar mais qualidade de vida para a população. 

Sabará é um dos municípios contemplados pelo plano e enfrenta problemas, como trânsito, estacionamento e violência no centro histórico. Para o morador da região central da cidade, Valtencir Carabal Sobrinho, o plano é uma das esperanças para mudar a rotina conturbada das pessoas que moram e transitam na área histórica do município. “Nos últimos anos, devido ao crescimento da população, o número de carros que transitam pelas ruas do centro aumentou, formando engarrafamentos. Ainda tem os vários eventos que são realizados na região central que, sem estrutura, acaba gerando transtorno para os moradores, como o aumento da violência. Este plano é uma excelente ferramenta para criar vias alternativas na cidade, retirando o fluxo da área central e espaços adequados para a realização de festas”, explica.