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Saúde

17h58min - 27 de Julho de 2012 Atualizado em 14h57min - 30 de Junho de 2013

Segunda fase de campanha da Fhemig tem início no Dia do Motociclista

A campanha “Eu piloto pela vida” ganha parceiros na prevenção de acidentes com motociclistas

Lançada pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) no dia 15 de junho deste ano, a Campanha de Prevenção de Acidentes com Motociclistas “Eu piloto pela vida” deu início à sua segunda fase nesta sexta-feira (27), Dia do Motociclista.

Em coletiva na Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), a Fhemig reuniu a imprensa para anunciar os próximos passos da campanha, ao lado de parcerias importantes para atingir seu principal objetivo: a conscientização da sociedade sobre a gravidade e o aumento dos acidentes envolvendo motociclistas no Estado de Minas Gerais. A coletiva se deu antes da abertura do II Fórum Mineiro do Motociclismo, promovido pela CDL.

O presidente da Fhemig, Antônio Carlos de Barros Martins, explicou que “esta campanha teve início há cerca de 40 dias, mas não tem prazo para terminar. Será uma ação constante em prol da diminuição dos acidentes envolvendo motociclistas, que hoje causam vítimas a cada hora no Hospital João XXIII”. E acrescentou: “Sabemos que a motocicleta ocupa o papel de meio de transporte para o trabalho e para o lazer; não só na área urbana, mas também na zona rural. Precisamos reforçar uma forma mais segura, no uso deste veículo, para todos. E parcerias significativas são fundamentais para atingirmos este objetivo”.

A campanha “Eu piloto pela Vida”, que já tinha o apoio da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Servidores da Fundação Hospitalar e Empregados dos Estabelecimentos Hospitalares de Belo Horizonte, Região Metropolitana e Zona da Mata (Cecref), recebeu também as importantes adesões da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL-BH), daPolícia Militar do Estado de Minas Gerais, do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, da BHTrans, do Serviço de Atendimento Médico de Urgência – SAMU, da Câmara Municipal de Belo Horizonte e da Production Eventos.

Casos aumentam em número e em gravidade no Hospital João XXIII

O Hospital João XXIII é a principal porta de entrada para os motociclistas acidentados. Para se ter um ideia do volume desses casos, em 2011, 67,4% dos atendimentos do SAMU, no trânsito, se referiraam a motociclistas. “Temos observado o padrão desses atendimentos, para contra-atacarmos as causas em campanhas educativas, como essa”, disse a gerente de Urgência e Emergência do SAMU, Paula Martins.

O diretor do Hospital João XXIII, o clínico geral Eduardo Liguori Cerqueira, ressaltou que “só uma força-tarefa de todas as instituições - direta ou indiretamente responsáveis pela organização do trânsito - e a mídia com seu poder enorme de comunicação, poderá reverter os índices de acidentes graves”. Segundo Liguori, é preciso conscientizar também o pedestre (principalmente crianças e idosos, mais vulneráveis) sobre a importância de se obedecer à sinalização, à faixa de segurança, ao semáforo; aos profissionais, que chamamos de motoboys, e aos motociclistas e seus acompanhantes, que usam a moto para ir e voltar ao trabalho ou de um passeio.

Um dos motivos mais citados pelos participantes para o aumento dos acidentes foi a falta de habilitação. Wilson Yasuda, coordenador de Segurança Viária da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), afirmou que Minas Gerais é o Estado que possui a maior frota de motocicletas no país, mas que tem o menor número de condutores habilitados. “Não adianta somente a indústria investir em tecnologia para equipar as motos com dispositivos de segurança, como freios ABS. É preciso lembrar um trinômio importante: as condições plenas das vias, dos condutores e das máquinas”, afirmou Yasuda.

O Capitão Adriano Miranda, do Batalhão de Policiamento de Trânsito, apresentou um ponto de vista diferente. “Os acidentes acontecem com a rotina, quando a pessoa acha que está dominando a máquina e passa a subestimar os riscos, fazendo manobras perigosas”, conta. Segundo ele, mesmo conhecendo todas as normas e dicas de segurança no trânsito, as pessoas as ignoram em algum momento, colocando em risco sua própria vida e a dos outros, daí a importância da fiscalização contínua.

O diretor da Câmara Setorial Duas Rodas da CDL-BH, Rômulo Filgueiras, lembrou que pilota motos desde 1976 e que eram muito raras as colisões nas ruas. Segundo os dados apresentados por ele, hoje, 60% dos acidentes de trânsito envolvem motociclistas, na maioria jovens. A CDL foi responsável pelo projeto “Capacete do Bem”, que garantiu isenção do ICMS na compra deste equipamento de segurança obrigatório.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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