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Agricultura

17h12min - 02 de Julho de 2009 Atualizado em 09h05min - 24 de Junho de 2013

Seminário debate impactos das espécies aquáticas invasoras

Durante os três dias do II Seminário Internacional sobre Manejo e Controle de Espécies Aquáticas Invasoras, no auditório do Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR), em Belo Horizonte, pesquisadores da Alemanha, Canadá e de vários estados brasileiros discutiram alternativas para combater as “pragas” que afetam o ecossistema causando perda da biodiversidade e inúmeros prejuízos econômicos.

BELO HORIZONTE (02/07/09) - Durante os três dias do II Seminário Internacional sobre Manejo e Controle de Espécies Aquáticas Invasoras, no auditório do Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR), em Belo Horizonte, pesquisadores da Alemanha, Canadá e de vários estados brasileiros discutiram alternativas para combater as “pragas” que afetam o ecossistema causando perda da biodiversidade e inúmeros prejuízos econômicos. O evento que começou na terça-feira (30) é uma iniciativa do Governo de Minas, por meio do Pólo de Excelência em Recursos Hídricos da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) e Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) numa parceria com a Fundação Biodiversitas. Os especialistas trataram do mexilhão dourado, moluscos invasores, cianobactérias e peixes. Foram discutidos os programas de prevenção e controle em usinas em construção e os impactos causados por esses organismos.

O gerente de Projetos da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca, Marcelo Sampaio, falou sobre os parques aquícolas, mecanismos que visam ordenar a área de ocupação dos reservatórios. Segundo ele, o governo federal está regulamentando a atividade para diminuir os conflitos. “O trabalho consiste em organizar a estrutura fundiária dentro d´água para que não haja latifúndios improdutivos ou invasões”, informou. Ele acrescentou ainda que a costa marítima brasileira é de 8.400 km² e a pesca é um dos melhores agronegócios do mundo, gera cerca de US$ 600 bilhões por ano e responde por 16% da oferta mundial de proteína animal.

Nas regiões Sul e Sudeste são produzidos, em média, 150 mil toneladas de pescado, mas Sampaio enfatizou que o grande problema é que mexilhão dourado invade os tanques redes e prejudicam o processo produtivo. Para ele, o seminário foi uma oportunidade de discutir os prejuízos econômicos e propor alternativas para evitar a difusão de espécies invasoras que se concentram principalmente no Rio Paranaíba, entre Minas e Goiás. “O apoio e o envolvimento do setor elétrico são fundamentais para este processo”, salientou.

De acordo com uma das organizadoras do evento, a bióloga da Cemig, Maria Edith Rolla, que trabalha com qualidade de água há 30 anos, as pesquisas desenvolvidas até agora devem cumprir sua função social, ou seja, as informações devem ser decodificadas. Mais do que isso, ela afirmou que é preciso haver mudança de atitude por parte de todos. Sobre a meta para 2010 de melhorar a qualidade da água, ela disse que o Rio das Velhas pode ser recuperado, mas deve demorar em torno de 20 anos. Para ela a educação ambiental é melhor alternativa para minimizar os impactos causados pelo homem.

Foram lançados pela Cemig um Manual de Procedimentos de Coleta e Metodologias de Análises de Águas e uma cartilha infantil do mexilhão dourado. Segundo a gerente executiva do Pólo de Excelência em Recursos Hídricos, Magda Greco, deve ser feito um documento com as principais propostas discutidas no seminário e encaminhadas para a Sectes, Cemig e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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