Minas por Região
Economia / Desenvolvimento

17h55min - 12 de Dezembro de 2007 Atualizado em 14h43min - 30 de Junho de 2013

Seminário propõe plano de ação para expansão do Aeroporto Tancredo Neves

BELO HORIZONTE (12/12/07) - O desenvolvimento de novas rotas aéreas internacionais, a exemplo do vôo direto para Lisboa que terá início em fevereiro de 2008 e a revisão dos acordos bilaterais de navegação aérea, de modo a habilitar Belo Horizonte como alternativa de rotas internacionais para a América do Sul, Estados Unidos, Europa e Ásia, são algumas das sugestões apresentadas no Seminário sobre o “Desenvolvimento do Aeroporto Internacional Tancredo Neves e seu entorno”, realizado nesta quarta-feira (12), em Belo Horizonte.

Aberto pelo vice-governador Antonio Augusto Anastasia e pelo secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Marcio de Lacerda, o seminário apresentou as conclusões do projeto encomendado, no ano passado, pela Sede à Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), entidade parceira da UFMG, visando o desenvolvimento e internacionalização do aeroporto e da região.

As conclusões do estudo, desenvolvido pela Fundep, valendo-se de especialistas em logística da UFMG e da Lufthansa Consulting, recomendam a extensão da pista de pouso e decolagem de 3.000m para 3.660m, para assegurar operações de aeronaves de grande porte à plena carga no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, além do estabelecimento de um único nome, diretamente relacionado à cidade de Belo Horizonte. Outra recomendação é a criação de logomarca e de um departamento de marketing para promoção da área a empresas e investidores internacionais, reunindo órgãos do Governo de Minas.

Para viabilizar novos vôos internacionais no AITN e desenvolver o aeroporto industrial, os consultores da Lufthansa Consulting, Robert Schmidt e Michael Baltosée, recomendaram, em palestra no seminário, a divulgação das vantagens competitivas da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o aumento da capacidade operacional do aeroporto com a construção de novas pontes de embarque, aumento de salas embarque/desembarque, a ampliação da capacidade do estacionamento para oito mil veículos, além da construção da segunda pista de pouso e decolagem e de um novo terminal de passageiros e de carga, conforme previsão de demanda para 19 milhões de passageiros e 95.000t de carga no ano de 2027, tornando-se o terceiro maior aeroporto do Brasil. Hoje é o sexto maior do país.

Outra sugestão apresentada prevê a revisão do Plano Diretor e a preservação, tanto quanto possível, da mata nativa, através da criação de um Eco-Park integrado com a urbanização do aeroporto e seu entorno.

Aeroporto Industrial

O Aeroporto Industrial de Minas Gerais é o primeiro a funcionar no país e tem como objetivo ser um hub logístico multimodal no Brasil e na América do Sul para empresas voltadas para a exportação, as quais dependem de cadeias de suprimento global com base no modal aéreo para assegurar rapidez, agilidade e acessibilidade a fornecedores e consumidores.

O conceito de um aeroporto industrial considera que empresas ali instaladas trabalham em uma zona de neutralidade fiscal, sob regime de entreposto aduaneiro especial, sem ter que pagar impostos na importação e na compra doméstica de componentes, e que exportam grande parte de sua produção.

O Governo de Minas vem mantendo contato com várias empresas dos setores eletroeletrônico, aeronáutico e de biotecnologia, que têm demonstrado interesse em se instalar no AITN. Atualmente, o Aeroporto Industrial conta com uma empresa operando em projeto piloto. A Clamper Indústria e Comércio, do setor de equipamentos de proteção contra sobretensões elétricas transitórias, já iniciou exportações para diversos países com suspensão de tributos federais e estaduais.

Para o aeroporto industrial, o projeto prevê ainda o estabelecimento do regime de operação da alfândega 24 horas/dia, sete dias por semana, a modernização dos sistemas de tecnologia, informação e segurança de acordo com os atuais padrões internacionais.

Expansão

Foi sugerido pelos palestrantes que a área da 1ª fase do aeroporto industrial, prevista inicialmente com 46 mil m2, seja ampliada para 200.000m2 já em 2008, com acesso direto à atual pista de pouso e decolagem. Na fase subseqüente, foram recomendados mais 240.000m2, além de uma área de 60.000 m2 reservada para futura expansão.

Também deverá ser objeto de análise um modelo de negócio mais adequado para administração do aeroporto em regime de competição, a exemplo do que ocorre nos grandes aeroportos do mundo. Outra sugestão é a criação de uma entidade para gerir o Aeroporto Industrial, responsável pela administração geral, inclusive setores como financeiro, jurídico, vendas, serviços e instalações.

Obras

Anastasia salientou que o governo estadual está trabalhando para fortalecer a aviação regional através da atração de empresas aéreas para o Aeroporto da Pampulha. “A meta é que todas as cidades mineiras deverão ter a pelo menos 100 Km um aeroporto”, acrescentou.

Já o secretário Marcio de Lacerda confirmou que o Estado investirá R$ 10 milhões em infra-estrutura para acelerar o processo de ampliação do Aeroporto Internacional Tancredo Neves. A licitação das obras, uma parceria do Governo de Minas (através da Sede e da Codemig) e Infraero, deverá ser realizada ainda no primeiro trimestre de 2008. O início das obras está previsto para o segundo semestre do próximo ano.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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