BELO HORIZONTE (29/12/08) - Diversificar a oferta de produtos turísticos, possibilitando o aumento da permanência dos visitantes em Minas Gerais. Com esse propósito, a Secretaria de Estado de Turismo desenvolve projetos com foco na roteirização e incremento da oferta de atrativos nos destinos mineiros. Entre as ações realizadas em 2008, tem destaque o início da formatação da uma trilha de longo curso, inserida na região turística do Ouro, na rota da Estrada Real.

A previsão é de que, até o final de 2009, pelo menos um de seus trechos já esteja estruturado para receber visitantes. O percurso total terá entre 120 e 150 quilômetros, cortando os municípios de Ouro Preto, Ouro Branco e Itabirito. “Essa trilha será um produto para diversificar o cardápio de atividades ofertadas nos destinos. Estamos trabalhando em uma região com forte fluxo turístico, estimulando a permanência do visitante e captando público nacional e internacional adepto desse tipo de caminhada”, explica a secretária de Estado de Turismo, Érica Drumond.

Nesta primeira etapa do projeto, que tem a parceria da Associação do Circuito Turístico do Ouro, estão sendo realizados a conceituação da trilha, estudo de mapas, o georeferenciamento e banco de imagens de atrativos e equipamentos turísticos locais, como pousadas, hotéis e restaurantes, traçando um mapa da infra-estrutura turística da região.

Até fevereiro de 2009, será realizado o diagnóstico da trilha, indicando a melhor possibilidade de traçado, gestão e alternativas de acesso. “A partir do diagnóstico, a parceria com as Prefeituras, Associações dos Circuitos Turísticos e demais atores regionais será essencial para o desenvolvimento da trilha”, complementa a secretária.

Formatação do produto

A trilha apresenta uma proposta de ser também auto-guiada, ou seja, o viajante poderá percorrê-la sem a obrigatoriedade de acompanhamento de guia especializado, podendo ainda escolher algum trecho ou percorrer a trilha inteira. “Propomos uma trilha que ofereça sinalização interpretativa, indicativa do caminho e complementar, que inclui acessos alternativos, equipamentos e atrativos turísticos do percurso. Assim, o turista poderá escolher qual será o foco de sua caminhada – naturalista, aventura, contemplativa, histórica – e vivenciar a região com segurança e tranqüilidade”, ressalta a secretária.

A proposta de construção do percurso inclui Unidades de Conservação, como a Floresta do Uaimií, e o Parque Estadual do Itacolomi. Por isso, há acompanhamento do Instituto Estadual de Florestas. A estruturação da trilha prevê a possibilidade de fragmentações no percurso, atendendo ao perfil de cada turista.