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Agricultura

14h04min - 06 de Abril de 2009 Atualizado em 10h42min - 30 de Junho de 2013

Sistema de piquetes proporciona economia a produtor rural

CARVALHOS (06/04/09) - Produtores do município de Carvalhos, na Zona da Mata mineira, estão utilizando um sistema batizado de piquetes rotacionados e diminuindo os gastos com a alimentação do gado leiteiro. “Diminuí em 30%, mais ou menos, a ração balanceada. O gado está melhor nutrido” afirma o produtor Carlos Magno Varginha dos Reis, que inaugurou o uso do sistema no município, há um ano e seis meses.

O método diminui os custos de produção, porque utiliza pastagem na nutrição do gado, um alimento mais barato do que a ração concentrada ou outros tipos de volumosos, como a silagem, por exemplo. Os produtores contam com o acompanhamento da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater/MG).

O sistema de piquetes rotacionados consiste na divisão do pasto em 31 partes (piquetes). As vacas ocupam um piquete a cada dia, deixando os demais descansando por 30 dias. Durante o período de descanso, o pasto se recupera e cresce novamente. “É um sistema antigo no Brasil inteiro, principalmente no Sul do país, mas na cidade ainda é novo. E a Emater dá toda assistência técnica”, garante o extensionista da empresa no município de Carvalhos, Juary Moreira.

Segundo Moreira, o custo é baixo, pois o produtor só investe em calagem (correção da acidez do solo, com cal), adubação, semeadura, aragem, gradagem da área de pastagem e cercamento dos piquetes, práticas da rotina de uma propriedade. O produtor Carlos Magno confirma que não precisou investir muito. “Só gastei com calcário, subsolagem (revirar a terra do subsolo), adubação e o material elétrico (para a cerca elétrica). Também já tinha mourão na fazenda. Gastei também com mão-de-obra para fazer a cerca”, complementa.

A idéia de aplicar o método na propriedade de Carlos Magno surgiu da necessidade de diminuir os gastos com a alimentação para o gado. O sistema de piquetes foi sugerido pelo técnico da Emater e aceito por Reis. O produtor plantava de oito a nove hectares de milho para fazer silagem. Neste ano, ele não precisou plantar e economizou, pois a tonelada da silagem pronta custa em torno de R$ 120.

Segundo o extensionista da Emater, o método não tem prazo de validade e pode ser empregado durante o ano inteiro. “Em épocas de chuva ele dá rentabilidade maior, porque há mais pastagem, então conseguimos colocar mais cabeças por hectare. Na época de seca, diminui um pouco, mas pode se continuar o sistema rotacional normalmente. É fundamental que o produtor não pare de investir nos piquetes”, aconselha Moreira.

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