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Agricultura

16h05min - 16 de Janeiro de 2013 Atualizado em 15h32min - 01 de Julho de 2013

Sul de Minas ganha polo de Incentivo à Cultura do Morango

Legislação vai estimular a produção na região, que é responsável por 90% da produção estadual da fruta

A lei que estabelece a criação do Polo de Incentivo à Cultura do Morango no Sul de Minas foi sancionada esta semana pelo governador Antonio Anastasia. A iniciativa pretende incentivar a produção, industrialização,  comercialização e o consumo de morango no Estado. A nova legislação é também uma forma de promover o desenvolvimento e a divulgação de tecnologias aplicáveis ao produto.

O Polo de Incentivo à Cultura do Morango é composto por 24 municípios da região: Senador Amaral (município sede), Bom Repouso, Borda da Mata, Brasópolis, Bueno Brandão, Cachoeira de Minas, Camanducaia, Cambui, Conceição dos Ouros, Consolação, Córrego do Bom Jesus, Espírito Santo do Dourado, Estiva, Extrema, Gonçalves, Inconfidentes, Itapeva, Munhoz, Paraisópolis, Pouso Alegre, Sapucai--Mirim, Senador José Bento, Tocos do Moji e Toledo.

A região Sul é responsável por 90% da produção de morango em Minas: foram cerca de 89 mil toneladas, em 1.926 hectares de área plantada, em 2012, segundo dados do IBGE. O número de produtores chega a 5 mil e o cultivo da fruta gera aproximadamente 25 mil empregos diretos e indiretos na região.

Para o coordenador regional da Emater em Pouso Alegre, Raul Maria Cássia, a criação do polo é o primeiro passo para estruturação de um programa de apoio à exportação de morango para outros estados brasileiros e também para outros países. Hoje, 70% da produção vão para o estado de São Paulo, segundo Raul Cássia.

Dirceu Carlos de Melo começou a cultivar morangos em Senador Amaral em 1992. A partir de 2006, ele investiu na produção de morangos orgânicos, cultivados sem agrotóxicos. Hoje, ele produz 25 toneladas por ano e grande parte da produção também vai para São Paulo. Dirceu de Melo fornece morangos para merenda escolar, por meio dos programas do Governo Federal e do município. Na opinião dele, o Polo de Incentivo vai melhorar as condições dos produtores, a maioria agricultores familiares. A expectativa é de que, com a nova lei, eles possam obter insumos mais baratos, acesso à tecnologia e mais facilidade na comercialização. 

Capacitação e crédito

O coordenador regional de fruticultura da Emater, Sérgio Carvalho, acredita que o polo vai promover diversos benefícios aos produtores de morango, como maior capacitação técnica, facilidade de acesso ao crédito rural, evolução do associativismo e, consequentemente, a obtenção de um produto de melhor qualidade.

“A lei não só permite a organização da atividade, no âmbito dos produtores, como também dá um direcionamento aos órgãos governamentais que permeiam a cadeia produtiva de morango, tais como: pesquisa, assistência técnica e defesa fitossanitária. Evidentemente, que com esse envolvimento, algo de diferente e de benefício aos produtores acontecerá normalmente”, avalia.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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