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Economia / Desenvolvimento

16h03min - 28 de Novembro de 2007 Atualizado em 14h44min - 30 de Junho de 2013

Taxa de desemprego permanece estável na RMBH em outubro

A taxa de desemprego total na Região Metropolitana de Belo Horizonte manteve-se relativamente estável em outubro de 2007, ao registrar 11,5% da População Economicamente Ativa. Em setembro, o índice ficou em 11,4%. É o que informa a Pesquisa de Emprego e Desemprego realizada pela FJP.

BELO HORIZONTE (28/11/07) – A taxa de desemprego total na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) manteve-se relativamente estável em outubro de 2007, ao registrar 11,5% da População Economicamente Ativa (PEA). Em setembro, o índice ficou em 11,4%. É o que informa a Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Belo Horizonte, realizada pela Fundação João Pinheiro (FJP), Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese).

Foram geradas, em outubro, na RMBH 1.000 ocupações, mas 5 mil pessoas entraram no mercado de trabalho, o que determinou o aumento de 4 mil no número de pessoas desempregadas, totalizando 298 mil naquele mês. O número de ocupados ficou em 2,29 milhões de trabalhadores e a PEA em 2,59 milhões de pessoas. Em relação a outubro de 2006, foram criados 123 mil postos de trabalho, número superior as 114 mil pessoas que entraram na PEA, o que redundou na redução de 9 mil pessoas no número de desempregados no período.

Segundo o sociólogo Plínio de Campos Souza, coordenador da pesquisa pela Fundação João Pinheiro, “a relativa estabilidade do desemprego em outubro deveu-se ao desempenho do mês de setembro, que é mais fraco economicamente e não tem datas importantes, como o Dia dos Pais e o das Crianças, que aquecem a economia da RMBH. Isso refletiu na taxa de outubro e não permitiu que a região gerasse mais ocupações naquele mês.” Plínio Campos explicou também que o mês de outubro quebrou a série de taxas de desemprego em queda na RMBH, que vinha desde março. “Mas isso é normal e continuamos afirmando que a taxa anual de 2007 deverá fechar com um índice menor do que a de 2006 e talvez seja a mais baixa de toda a série, embora ainda não deva recuar abaixo de dois dígitos.”

Mais vagas nos serviços

Por setores de atividade econômica, comparando outubro com setembro, o setor de serviços gerou 15 mil vagas, variação positiva de 1,2%; a construção civil não se alterou e o comércio apresentou perda de 11 mil postos de trabalho, ou seja, queda de 3,2%. A indústria também apresentou retração de 3,5%, com 13 mil vagas a menos no período, enquanto o agregado "outros setores" cresceu em 10 mil ocupações, com crescimento de 5,3%.

Comparando-se outubro de 2007 com outubro de 2006, houve aumento de 123 mil ocupações, sendo 44 mil na indústria, 13,9% a mais, e 49 mil no setor de serviços, 4,1% de crescimento. Na construção civil foram criadas 24 mil ocupações, crescimento de 17%, e no comércio 5 mil vagas novas, 1,5% acima do mês anterior. O agregado "outros setores de atividade" apresentou pequeno avanço de 1.000 ocupações, variação positiva de 0,5%.

Por forma de inserção no mercado, ao comparar outubro a setembro, constatou-se estabilidade no número de trabalhadores com carteira assinada do setor privado e aumento de 12 mil ocupados entre os assalariados sem carteira. No emprego doméstico, houve aumento de 7 mil postos e os trabalhadores autônomos apresentaram redução de 2 mil vagas. Houve redução também entre os assalariados do setor público, de 11 mil ocupações, e nas chamadas "demais formas de inserção" verificou-se decréscimo de 5 mil postos no período.

Na comparação entre outubro de 2007 com outubro de 2006, o setor privado criou 80 mil ocupações para trabalhadores com carteira de trabalho assinada e 11 mil para os assalariados sem carteira. Foram 27 mil novas ocupações entre os trabalhadores autônomos e de 10 mil entre os empregados domésticos. No setor público, houve diminuição de 5 mil postos e o agregado "demais formas de inserção" registrou pequeno aumento de 2 mil postos de trabalho. O tempo médio de procura por trabalho gasto pelos desempregados na busca por uma ocupação em outubro foi estimado em 51 semanas, duas a menos em relação a setembro.

Salários maiores

A pesquisa compara os rendimentos com um mês de defasagem, setembro com agosto de 2007. O rendimento real médio dos ocupados apresentou queda de 0,8%, correspondendo a R$ 979, em setembro, contra R$ 987 de agosto. O salário real médio cresceu 1,8% e ficou em R$ 1.023, contra R$ 1.005 do mês anterior. O rendimento real médio dos autônomos caiu 5,6%, sendo estimado em R$ 767 (era R$ 812). No setor privado, o salário real médio dos trabalhadores com carteira assinada aumentou 2,9%, ficando em R$ 910 (R$ 885 em agosto). Entre os assalariados sem carteira houve ampliação de 3,6%, passando de R$ 610 para R$ 632.

A massa de rendimento real dos ocupados permaneceu relativamente estável no mês, com variação positiva de 0,3%, resultado do crescimento do nível ocupacional e da redução no rendimento. A dos assalariados aumentou 1,9%, reflexo do acréscimo no salário médio, já que o emprego ficou praticamente estável.

Comparando setembro de 2007 com setembro de 2006, o rendimento real médio dos ocupados caiu 0,4%, passando de R$ 983 para R$ 979, e o dos assalariados recuou 2,1%, passando de R$ 1.045 para R$ 1.023. No setor privado, o salário real médio subiu 4,2% no comércio, mas decresceu 1,4% na indústria e 3,8% nos serviços. Ainda no setor privado, o salário real médio dos trabalhadores com carteira assinada diminuiu 2,2%, passando de R$ 930 para R$ 910.

Entre os assalariados sem carteira houve ampliação de 2,4%, subindo de R$ 617 para R$ 632. O rendimento médio entre os trabalhadores autônomos cresceu 3,6%, de R$ 740 para R$ 767. A massa de rendimentos dos ocupados elevou-se em 5,1% em um ano, refletindo o aumento do nível de ocupação, visto que o rendimento médio apresentou pequena variação negativa. A massa de salários aumentou 2,4%, decorrente do crescimento do nível ocupacional, mesmo diante da perda observada no salário real.

Menor taxa

A taxa média de desemprego das seis regiões onde a Pesquisa de Emprego e Desemprego é realizada ficou em 15%, contra 15,5% de setembro. A taxa de 11,5% apresentada pela Região Metropolitana de Belo Horizonte é a menor entre essas regiões. A que mais se aproxima da de BH é a de Porto Alegre, com 12,4%. Em São Paulo a taxa foi de 14,4%, no Distrito Federal chegou a 17,1%, no Recife foi de 18,8% e em Salvador chegou a 21,5%.

O contingente de desempregados nas seis regiões ficou em 2,94 milhões pessoas. Foram gerados 224 mil novos postos de trabalho, número que superou as 161 mil pessoas que entraram no mercado de trabalho, reduzindo em 62 mil o número de desempregados. O setor que mais contribuiu foi o de serviços, que gerou 127 mil novas ocupações em relação a setembro. O denominado “outros setores” gerou 68 mil, a construção civil 26 mil, a indústria 9 mil e o comércio perdeu 6 mil vagas.

O número de ocupados nas seis regiões foi de 16,64 milhões e a PEA registrou 19,59 milhões de pessoas. Foram criados 224 mil empregos em outubro, sendo 145 mil para trabalhadores com carteira assinada, 32 mil entre os autônomos e 46 mil empregos domésticos. O rendimento médio dos ocupados nas seis regiões subiu 1,1%, ficando em R$ 1.061 e dos assalariados cresceu 1,4%, chegando a R$ 1.140.

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