Minas por Região
Meio Ambiente

20h11min - 27 de Agosto de 2007 Atualizado em 21h05min - 22 de Junho de 2013

Técnicos do IEF recebem treinamento para condução de barcos

PIRAPORA (27/08/07) - O Instituto Estadual de Florestas (IEF) está intensificando a capacitação dos técnicos que trabalham na orientação dos pescadores sobre o uso correto dos recursos pesqueiros no Estado. Na última semana, 26 técnicos dos treze Escritórios Regionais do IEF participaram de um treinamento para operação de embarcações nos rios de Minas Gerais. O curso foi ministrado por oficiais da Marinha do Brasil, em Pirapora, no Norte do Estado.

Segundo o Capitão dos Portos da Capitania Fluvial do São Francisco, da Marinha do Brasil, Capitão de Corveta Fortunato Lobo Lameiras, a ênfase do treinamento é na segurança da condução das embarcações. “A atividade é resultado da intensificação da relação entre a Marinha e o Estado de Minas Gerais, visando a segurança dos técnicos e das embarcações no trabalho”, afirma.

No treinamento, os técnicos tiveram aulas práticas de condução de embarcações, noções de legislação aquaviária, de operação das máquinas e motores além de orientações sobre emergências a bordo, como primeiros socorros e combate a incêndios. Os técnicos puderam praticar os conhecimentos em duas embarcações: uma lancha de oito metros e outra menor, de cinco metros.

Esse é o primeiro curso do gênero com técnicos do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema). O gerente de Gestão da Fauna Aquática e Pesca do IEF, Marcelo Coutinho Amarante, observa que para o trabalho de fiscalização da atividade pesqueira é necessária a utilização constante de barcos. “Somente no trecho do rio São Francisco entre Pirapora e Manga são 486 km, sem falar nos inúmeros afluentes”.

Marcelo Coutinho afirma que o trabalho do IEF tem sido principalmente de sensibilização dos pescadores sobre a importância de desenvolver a atividade de forma sustentável. “Somente a conscientização de todos permitirá que a fauna aquática e a atividade pesqueira sobrevivam”, afirma. Ele observa que o Instituto desenvolve parcerias com as comunidades locais para potencializar as ações de educação ambiental. “Já temos um trabalho muito bem articulado com as colônias de pescadores do Estado e buscaremos envolver prefeituras e demais segmentos da sociedade na questão”, informa.

Regionais

O trabalho de fiscalização do uso dos recursos pesqueiros em Minas Gerais ganha contornos diferentes de acordo com a região. A grande extensão do Estado determina diferentes formas de ação para a atividade. O analista ambiental José Vanderval de Melo Júnior, do Escritório Regional do IEF em Januária, observa que, na região, há um cuidado especial com o rio Pandeiros, onde a pesca é proibida durante todo o ano.

O rio nasce entre as Serras do Gibão e das Araras, percorre 145 km, recebendo a contribuição de treze afluentes, e deságua no rio São Francisco. No Pandeiros, a 1,5 Km de sua foz, encontra-se o único pântano de Minas Gerais, com área inundada de três mil hectares. A área é responsável, juntamente com o conjunto de lagoas marginais, por uma parte importante da reprodução de peixes da Bacia do Médio São Francisco. “Para esse trabalho temos dois barcos e dois aerobarcos e o treinamento é essencial”, afirma.

O analista ambiental do Núcleo do IEF em Pirapora, Carlos Frederico Guimarães, responsável pela embarcação ‘Óia o Chico’, observa que o treinamento ajudará na operação do barco que, no momento, está sofrendo reparos. O ‘Óia o Chico’, que fará a fiscalização do trecho navegável do rio São Francisco, possui 16 metros de comprimento, duas lanchas e um laboratório interno. Para sua condução será realizado um novo curso, previsto para outubro.

Na região do Triângulo, a ação do IEF observa a pesca nas proximidades de barramentos como usinas hidrelétricas, onde os peixes tornam-se presas fáceis, especialmente na época da piracema, quando os peixes sobem o rio para se reproduzirem. Segundo o analista ambiental Leandro Gervásio de Oliveira, do Escritório Regional local, o rio Paraná é uma preocupação constante na região por ter um importante papel na etapa da reprodução dos peixes.

O Brasil é o país que possui a maior diversidade de peixes de água doce abrigando cerca de três mil espécies. Minas Gerais abriga 354 espécies, o que representa cerca de 12% do total encontrado no Brasil. A bacia do São Francisco apresenta o maior número de espécies do Estado, com cerca de 170, seguida da bacia do Paranaíba, com 103.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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