Minas por Região
Segurança / Defesa Social

18h04min - 30 de Julho de 2013 Atualizado em 18h06min

Trabalho do Apoio Aéreo da Polícia Civil salva vidas e atua em favor da segurança

O resgate de vítimas de acidentes, o transporte de órgãos para cirurgias de transplantes e o apoio ao Corpo de Bombeiros no combate a incêndios são funções da equipe

O resgate das vítimas do grave acidente envolvendo uma van, na BR-040, em Paraopeba, na região Central do Estado, nesta segunda-feira (29), foi apenas mais uma das operações de um dos helicópteros do Apoio Aéreo da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). As vítimas, que estavam em estado grave, foram socorridas e encaminhadas ao Hospital de Pronto Socorro João XXIII (HPS), em Belo Horizonte, com mais rapidez. Uma delas não resistiu aos ferimentos e morreu, durante a madrugada de hoje (30). Outras duas permanecem internadas. Na ocasião, foram utilizados também dois helicópteros do Corpo de Bombeiros.

O resgate de vítimas de acidentes representa uma das funções da equipe do Apoio Aéreo da Polícia Civil, que está 24 horas à disposição da população, porque atende ocorrências policiais de maior potencial ofensivo, como assaltos a banco, sequestros, rebeliões e operações de busca e apreensão, em todo o Estado.

A equipe, atualmente composta por 16 policiais civis, é capacitada ainda para o transporte de órgãos para cirurgias de transplantes. Outra missão do apoio é apoiar o Corpo de Bombeiros no transporte de efetivo para o combate de incêndios nas reservas ambientais, parques e fazendas mineiras, que são mais frequentes neste período do ano. “Estamos em estado de alerta, devido ao clima seco”, afirma o chefe de operação da equipe, Carlos Vitor Serra Teixeira.

Treinamento

Para que todos os procedimentos sejam realizados com segurança, os pilotos da equipe aérea da PCMG passam por constantes treinamentos. Além dos exames clínicos e práticos, exigidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), semanalmente os pilotos têm aulas de simulação de emergência, traslado, embarque e desembarque, decolagem, aproximação do solo e pouso de risco. Os cursos de capacitação e aperfeiçoamento são ministrados no próprio hangar da Polícia Civil, localizado no Aeroporto da Pampulha.

O copiloto Leandro Romano, recém-habilitado na aeronave Carcará, destaca que os treinamentos da Polícia Civil, assim como da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, são totalmente diferenciados dos demais, já que tratam-se de corporações que atuam em situações de emergência. “Somos expostos a casos de risco, por voar muito baixo, próximos a outros helicópteros, prédios e árvores. Precisamos de muita dedicação, porque qualquer erro pode ser fatal”, explica.

Os treinamentos também podem se estender aos tripulantes, que passam por cursos de rapel, saltos e atendimentos socorristas. Para atender às demandas, a Polícia Civil conta com dois monomotores e dois helicópteros Esquilo, capacitados para voar dentro e fora do território mineiro.

Presença feminina no comando de aeronaves

Para reforçar o atendimento do Apoio Aéreo, três investigadores da Polícia Civil receberam, no dia 6 de julho, o título de copilotos do helicóptero Esquilo. O trio está habilitado a dar auxílio aos pilotos quando eles são acionados para os atendimentos. “Temos que decolar sempre acompanhados de um copiloto, uma vez que trabalhamos em situações de risco,” explica Leandro Romano.

A investigadora Janaína Moreira, de 35 anos, a primeira copiloto feminina da Policial Civil em todo o Brasil, se destaca entre os habilitados. Investigadora, ela está na corporação desde 2007 e conta que tinha o sonho de pilotar desde criança. Janaína ressalta que sua satisfação é ainda maior por integrar a equipe, já que o posto é mais comumente ocupado por homens.

A piloto relata que sempre foi respeitada na corporação e nunca teve problemas por ser mulher, ressalvando que não é alvo de regalias: mesmo trabalhando apenas com pilotos masculinos, cumpre a risca as tarefas a ela repassadas. Durante a semana, além de pilotar, ela trabalha no departamento administrativo do hangar. Já quando está de plantão, Janaína conta que acorda cedo, vai para o hangar e faz, ela própria, as inspeções mecânicas da aeronave para prepará-la para voar.

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