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Turismo

15h48min - 01 de Fevereiro de 2008 Atualizado em 05h22min - 29 de Junho de 2013

Vale do Jequitinhonha abre as portas ao Turismo Solidário

BELO HORIZONTE (01/02/08) - Para quem acha que Carnaval é apenas folia, confete e serpentina, Minas Gerais oferece lazer, descanso, encontros e descobertas, em meio às infinitas belezas naturais e culturais do Vale do Jequitinhonha. Recantos pouco explorados, paisagens de rara beleza, culinária farta em sabores e um povo acolhedor e hospitaleiro, ansioso por trocar experiências, saberes e solidariedade. Este é o cenário que o Turismo Solidário, desenvolvido em alguns municípios do Vale do Jequitinhonha, oferece àqueles interessados em fugir da folia e recarregar as energias.

O Programa Turismo Solidário, idealizado e implementado pelo Governo de Minas, por intermédio da Secretaria de Estado Extraordinária para o Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e do Norte de Minas (Sedvan) e Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas (Idene), cujo projeto piloto atende a 20 localidades do Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas.

O Turismo Solidário propõe uma troca que une os turistas e a população local em um objetivo comum de desenvolvimento social e econômico, por meio de um relacionamento de aprendizado mútuo. Partindo do pressuposto que existe um turista solidário apto para transferir conhecimentos ou participar como protagonista de um processo de transformação, verifica-se que existe uma população ansiosa em aprender e disposta a melhorar sua perspectiva de vida.

Roteiros e cenários

Riquezas naturais e culturais de inconfundível beleza, paisagens históricas, manifestações culturais autênticas e um forte traço de religiosidade: este é o cenário abundante no Vale do Jequitinhonha.

O município do Serro, a 90 km de Diamantina, preserva características das vilas setecentistas mineiras, com um acervo de arquitetura religiosa colonial que está entre os mais significativos de Minas Gerais. Guarda também outro importante aspecto de sua riqueza cultural do passado: as tradições folclóricas e festas religiosas. Para quem vai ao Serro, os distritos de Milho Verde (27 km da Sede) e São Gonçalo do Rio das Pedras (32 km da Sede) são roteiros obrigatórios.

Milho Verde está localizado no topo de uma colina, com ampla vista para o vale e serras que integram o Pico do Itambé. O distrito é cercado por riquezas naturais como as Cachoeiras do Moinho, do Carijó, do Piolho, entre outras, a Será do Santos e do Espinhaço, que atraem os turistas para a prática de trilhas para bicicleta e rapel, caminhadas e cavalgadas, em contato direto com a natureza.

Durante o Carnaval, o distrito costuma ser visitado pelos foliões de Diamantina, que passam o dia nas cachoeiras, saboreiam uma boa comidinha caseira e voltam à noite para a folia. “O carnaval aqui é tradicional, o distrito fica lotado de turistas que estão em busca do visual maravilhoso das serras e cachoeiras. Muitos querem uma diversão mais ‘ligth’ e ficam aqui para aproveitar o movimento dos barzinhos locais que têm música ao vivo no Carnaval”, afirma Olímpia Ferreira de Morais, representante do Turismo Solidário, em Milho Verde.

O calçamento original da Estrada Real, casarios coloniais às margens do Rio das Pedras e uma cachoeira localizada no centro da vila, são apenas alguns dos atrativos de São Gonçalo do Rio das Pedras. Rica em vegetação e recantos arborizados que fazem o visitante suspirar diante da contagiante paisagem, a localidade é tranqüila em qualquer época do ano, o que atrai as pessoas para fugir das agitações da vida cotidiana.

Com um receptivo familiar bem organizado, São Gonçalo do Rio das Pedras oferece o Programa de Hospedagem Familiar, no qual o turista gasta menos e ganha em cultura e valores. As famílias que o recebe também aprendem e se dedicam à limpeza, alimentação e aconchego nas acomodações. “Temos receptivos familiares preparados para receber os turistas o ano todo e eles podem desfrutar do sossego do interior, das nossas cachoeiras, que são bem próximas, e ainda da noite fresca e agradável”, afirma Jovelina Lopes, dona de um receptivo e membro do Comitê Gestor do Turismo Solidário.

E para aqueles turistas interessados em uma verdadeira aula sobre inovações nas relações do homem com o campo, vale a pena conhecer o trabalho da ONG Funivale que pensa o desenvolvimento sustentável e se preocupa com educação ambiental e popular no Vale do Jequitinhonha. A ONG trabalha ensinando aos jovens locais as técnicas da agricultura orgânica, entre outras atividades e é aberta à participação de todos.

À margem do Rio Jequitinhonha, surge um charmoso povoado rico em pedras, histórias, paixões, lutas e lendas, além de um lindo trecho de paisagem fluvial presenteado por um clima ameno. Assim é Mendanha, um dos mais antigos arraiais da região.

A cultura local preserva os fornos de quitanda, alambiques, moinhos d’ água e plantas típicas de quintais da região, e os hábitos alimentares nos oferecem o frango com quiabo, a samambaia com costela, o angu doce com queijo e a couve com angu, além dos temperos típicos como o urucum, louro e ervas verdes.

Uma ampla rede de informações, fotos e serviços sobre o Turismo Solidário pode ser encontrada no site www.turismosolidario.com.br.

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