Com o reconhecimento da Fifa e do governo federal, Minas Gerais desponta como Estado-modelo para a realização da Copa das Confederações no Brasil. Além da reforma do Mineirão, o Estado desenvolveu ações bem sucedidas nas áreas de infraestrutura, saúde pública, turismo, cultura e qualificação profissional, entre outras.

Contudo, a organização de eventos como a Copa do Mundo não se resume à realização das partidas. Competições internacionais desse porte exigem um enorme esforço de logística, planejamento, integração, além de investimentos em setores que ficam como legado para a população local. Com este foco, o Governo de Minas articulou uma série de ações voltadas à segurança pública.

Nesta área, o Estado criou um Batalhão Militar específico para as Copas, com 1.500 policiais, treinados em segurança para o turismo, análise de documentos pessoais internacionais, atendimento pré-hospitalar, atuação em estádios e locais de grandes concentrações e intervenção em situações de crise. Os oficiais também receberam capacitação em línguas estrangeiras.

O coronel da Polícia Militar, Antônio Leandro Bettoni, gestor estratégico da corporação para a Copa do Mundo, explica que as ações envolvem planejamento e trabalhos integrados com outras forças de segurança. “Além da escolta de deslocamento de um ponto para o outro, a nossa presença será ostensiva nesses locais, principalmente nos horários de maior movimentação”, ressalta.

“Fizemos diversos treinamentos e simulados, sempre monitorados. Além disso, também realizamos treinamentos de escoltas e programações específicas para hotéis e regiões turísticas. Quem sai ganhando com esta ação é a população mineira, porque isso permanece durante e após os jogos. As estruturas criadas não são somente para os eventos da Fifa”, destacou.

Centro Integrado

Em Minas, foi criado um Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) das ações de segurança e atendimento a situações de emergência, que já funciona plenamente. Neste centro, estão representados mais de 20 órgãos e instituições, como as polícias Militar,Civil, Federal e Rodoviária, Exército, Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros, ABIN e outros órgãos de inteligência, Defesa Civil e Guarda Municipal, entre outros.

Todo o monitoramento dos deslocamentos de seleções, comitivas e das áreas de concentração de pessoas para os jogos, além do entorno dos estádios e centros de treinamentos, é feito a partir das câmeras do CICC. Atuando juntos, os órgãos podem agir com agilidade para solucionar as ocorrências e prestar um bom atendimento ao cidadão.

Belo Horizonte conta ainda, na Copa das Confederações, com 1.650 voluntários, sendo 850 para atendimento à Fifa e outros 800 para atuar em áreas diversas, como aeroportos, hotéis, pontos turísticos, mercados e locais de grande circulação. Boa parte desses voluntários foi preparada para atendimento em outras línguas, a fim de facilitar o atendimento aos estrangeiros, que na Copa das Confederações não devem superar a casa dos 4% em Minas, mas que na Copa do Mundo estarão em grande número no país. A expectativa é de 600 mil estrangeiros frequentem os estádios das 12 sedes da Copa do Mundo. No período, 180 mil devem passar por Minas. No Mundial, o chamado turista nacional deve chegar a 3 milhões, sendo 380 mil no Estado.