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20h16min - 25 de Outubro de 2013 Atualizado em 09h09min - 18 de Novembro de 2013

Vídeo: Anastasia destaca importância da inovação durante entrega da Medalha Santos Dumont

Anastasia destaca importância da inovação durante entrega da Medalha Santos Dumont

Ao presidir nesta sexta-feira (25) a cerimônia de entrega da Medalha Santos Dumont, na Fazenda Cabangu, na Zona da Mata, o governador Antonio Anastasia afirmou ser preciso valorizar a ciência, a inovação e a criatividade, no Brasil. Para ele, “a evolução da Ciência e da Tecnologia, como tantos outros aspectos de nossa formação, foi afetada e influenciada pelo período colonial, e se confunde, de certa forma, com a história da luta pela liberdade em Minas Gerais”.

O governador de Minas estava acompanhado do vice-governador Alberto Pinto Coelho, do presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Dinis Pinheiro, do presidente do Tribunal de Justiça, Joaquim Herculano, do prefeito de Santos Dumont, Carlos Alberto Ramos de Faria, e do comandante da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar), brigadeiro do ar Alex Picchi Izmailov, entre outras autoridades.

“É preciso valorizar o revolucionário esforço de se fazer ciência, de se promover e praticar a invenção, a inovação, a criatividade, neste país, considerando-se os imensos obstáculos que tivemos de encarar na gênese da Nação e do Estado. O mineiro incorpora o desafio da paisagem. Seu olhar sempre busca o que há além dos rios, dos vales e das montanhas. Ou o que há acima das nuvens que com elas se confundem. E não há mineiro que tenha sonhado mais em romper com esses limites, impostos pela natureza ao homem, do que o mineiro Alberto Santos Dumont, inspirador e patrono desta medalha”, afirmou Anastasia.

Criada em 1956, para comemorar o cinquentenário do primeiro voo com uma aeronave mais pesada do que o ar, em 23 de outubro de 1906, a medalha é concedida em três graus: ouro, prata e bronze. Este ano, foram agraciadas 123 personalidades, entre empresários, políticos, secretários de Estado, militares, professores e artistas.

A cerimônia, destacou o governador, é uma forma de homenagear e reverenciar a memória de Santos Dumont e a de outros “ilustres homens da ciência de Minas Gerais”, como o contemporâneo do ‘Pai da Aviação’, o médico, sanitarista e bacteriologista Carlos Chagas. “A obstinação, o engenho e a pesquisa, são marcas comuns a Dumont e a Chagas. Os dois foram, a seu modo, navegantes. Um, abriu ao homem os céus e o espaço, os segredos do vento e da gravidade, da mecânica e da navegação aérea. O outro, fez o mesmo com o universo oculto do corpo humano, dos vetores e protozoários, desvendando os mistérios clínicos e epidemiológicos de uma doença responsável pela morte de centenas de milhares de seres humanos. É essa criatividade, inteligência e determinação, comuns a um e ao outro, que estão presentes, também, naqueles que homenageamos hoje, nesta cerimônia”, afirmou.

Espera de 300 anos

Antonio Anastasia ressaltou que a evolução da ciência e da tecnologia no Brasil foi afetada pelo processo de colonização na América Latina, sobretudo o imposto pela Coroa Portuguesa. “No Brasil Colônia – principalmente nas regiões voltadas para a extração de riquezas, como o ouro e os diamantes - eram crimes - e desafiantes atos de rebeldia - aprender, pensar, e fazer”, disse.

“Enquanto os conquistadores castelhanos, apesar de terem dizimado as civilizações pré-colombianas, fundaram sua primeira Universidade, a de Santo Tomás de Aquino - atual Universidad Autónoma de Santo Domingo - na ilha de Españiola, em 1538, e a primeira gráfica do Novo Mundo, na Cidade do México, apenas um ano depois, em 1539 – em nosso país tivemos que esperar quase 300 anos, para que os primeiros jornais fossem impressos, nas máquinas da Imprensa Régia, instalada por ordem do Rei Dom João VI, no Rio de Janeiro, em 1808”, completou.

O governador de Minas também prestou uma homenagem à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), cujo reitor, Clélio Campolina, foi o orador oficial da cerimônia. Anastasia disse que a universidade é um “valioso patrimônio de nosso capital humano, maior riqueza de nosso Estado”. “Ao longo das últimas décadas, a UFMG firmou-se como uma das mais destacadas universidades de nosso país, com forte presença internacional, fazendo jus, em conjunto com as demais instituições de ensino superior de nosso Estado, de nossas permanentes homenagens. Este é o grande sonho tecnológico de Santos Dumont, também realizado”, finalizou.

Longo caminho

Em seu pronunciamento o reitor da UFMG, Clélio Campolina, disse que “é necessário reconhecer que há ainda um longo e árduo caminho a ser percorrido pela sociedade brasileira para superar suas mazelas sociais e econômicas históricas”. Para Campolina, professor titular da Faculdade de Ciências Econômicas (Face-UFMG), pesquisador do Cedeplar e representante do Brasil junto ao Comitê Científico da Rede Iberoamericana de Globalização e Território, é imprescindível estabelecer mecanismos para expandir, modernizar e fortalecer o setor nacional de bens de produção, que é o principal promotor de progresso técnico e de inovações tecnológicas. Por outro, em razão da expressiva participação do capital estrangeiro no setor produtivo do país, é inevitável que se adotem medidas com o objetivo de fazer as empresas multinacionais internalizarem suas atividades de PD&I – Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.

“Essas amplas medidas estruturantes requerem um esforço contínuo do Estado, de planejamento e de implementação de políticas públicas, e do setor empresarial, responsável em última instância pelo processo inovativo. Tais ações programáticas, abarcando diversas frentes, com ênfase nas áreas educacional, científica e tecnológica, são essenciais para o aproveitamento das oportunidades de mudanças políticas, econômicas, sociais e institucionais suscitadas pela reconfiguração da ordem mundial contemporânea, em curso”, afirmou.

Santos Dumont

Nascido em 20 de julho de 1873, Alberto Santos Dumont era o sexto filho de Francisca Santos e do engenheiro Henrique Dumont. Em 1892, foi estudar na França. Em 1906, realizou o voo do 14-Bis, um pequeno avião de alumínio, bambu e seda japonesa. O voo, considerado o primeiro com um aparelho mais pesado que o ar, foi registrado pela Federação Aeronáutica Internacional. Recebeu vários prêmios, inclusive do Aeroclube da França. Em 1932, já com a saúde debilitada, Santos Dumont foi levado pela família para uma estação de repouso no Guarujá, no litoral de São Paulo, porque já estava com a saúde debilitada. Morreu no dia 23 de julho de 1932, três dias após completar 59 anos de idade.

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