Sem grades ou celas, o ambiente nem parece o de uma prisão. Entre quartos espaçosos, berços e decoração com temas infantis, mães e filhos ficam à vontade e convivem por até um ano, até a Justiça definir sobre a guarda das crianças. É assim que funciona o Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade, o primeiro presídio do país idealizado para abrigar detentas grávidas.

No Dia Internacional da Mulher, o sistema é tema do quarto e último vídeo da série Resgate da Cidadania, produzida pelo Núcleo Multimídia da Agência Minas, uma sequência de reportagens que mostrou, na última semana, várias políticas do Governo do Estado voltadas para a ressocialização de condenados.

O Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade, localizado em Vespasiano, na Grande Belo Horizonte, foi inaugurado em 2009 pela Secretaria de Estado de Defesa Social. Atualmente, cerca de 60 mulheres cumprem pena na unidade. Algumas delas trabalham na fabricação de sacolas para uma loja masculina, ofício pelo qual recebem salário e redução de pena.

Para enfrentar o momento em que são separadas dos filhos, as detentas recebem acompanhamento psicológico e contam com uma equipe de saúde e assistentes sociais. No local, o vínculo entre mães e filhos é usado como estímulo na ressocialização das detentas. “Ela tem a oportunidade de estar aqui, cuidando de seu filho, amamentar, dar banho, então isso faz com que ela pense bem antes de reincidir no crime lá fora”, afirma a diretora do Centro de Referência à Gestante, Margarete Rodrigues Moreira.

Série Resgate da Cidadania

Na última semana, a Agência Minas mostrou a série Resgate da Cidadania, com reportagens sobre as políticas estaduais de ressocialização dos apenados no Estado. O primeiro vídeo mostrou como o trabalho pode transformar as perspectivas para os apenados; o segundo mostrou a rotina de detentos que voltaram a estudar e o terceiro vídeo foi sobre a metodologia inovadora Apac.

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