Apresentar os rumos de Minas Gerais, os avanços e os desafios para o futuro. Essa foi a intenção da palestra ministrada nesta terça-feira (19) pelo governador Antonio Anastasia na sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) para integrantes da Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE). Durante o evento, governador apresentou os últimos indicadores econômicos e sociais do Estado e os avanços alcançados por Minas desde a implementação da primeira fase do Choque de Gestão, em 2003.

“Qual é o rumo de Minas? É o rumo do progresso, da prosperidade, do desenvolvimento. Temos uma base hoje de confiança e de autoestima que não tínhamos no passado e que, hoje, dá ânimo ao Estado. Há um reconhecimento generalizado nesse sentido. Basta ver o que aconteceu na capital e no interior, não só em termos de obras públicas, mas em termos de percepção, de emprego, de riqueza, de desenvolvimento, de indicadores que foram superiores à média nacional”, afirmou Anastasia.

Fazendo um histórico de 11 anos, o governador falou do Estado para Resultados e da atual fase do Choque de Gestão, a chamada Gestão para Cidadania. Foi por causa desse processo exitoso, explicou Anastasia, que Minas Gerais conseguiu evoluir acima da média nacional em indicadores de saúde, educação, segurança pública e desenvolvimento humano. Tudo isso baseado em um pilar fundamental, o planejamento, que também permitiu Minas Gerais evoluir como nunca na atração de novos investimentos.

“Todos se lembram aqui do esforço que foi levar os grandes voos para Confins. Foi quase uma guerra, críticas para todos os lados, diziam que não ia ter movimento. Imaginem se estivéssemos ainda na Pampulha. Isso é planejamento. Sabíamos que o Aeroporto Internacional Tancredo Neves ficaria como está hoje, superlotado. Estamos fazendo obras expressivas. Só no entorno do aeroporto são R$ 400 milhões em obras rodoviárias, para viabilizar novos acessos. O aeroporto, felizmente, está sendo privatizado agora pelo governo federal e, pelo que tivemos notícia, teremos propostas importantes de grandes empresas internacionais. Para nós o aeroporto é fundamental, para exportar as mercadorias de valor agregado”, afirmou.

Anastasia ainda lembrou dos programas de desenvolvimento social realizados pelo Governo de Minas, que têm modificado a realidade dos municípios onde estão inseridos. O governador também lamentou o fato de que vários projetos exitosos não podem ser expandidos porque o governo federal insiste na centralização de recursos. “O Travessia é um grande programa social que foi criado em 2006 exatamente para compensar um pouco a região do Grande Norte. É um projeto de intervenção social importante. Lamentavelmente, não temos recursos para universalizar os programas. Todos sabem que 70% dos recursos em termos tributários no Brasil estão concentrados na esfera federal”, lembrou.

Novas oportunidades

Sobre o futuro, Anastasia indicou o caminho que Minas deve continuar seguindo que, para ele, passa necessariamente por uma cultura cada vez mais empreendedora. Assim, o Estado deve colaborar para atração de novos negócios que envolvam principalmente a agregação de valor ao produto mineiro e a empresas da nova tecnologia.

Para isso, explicou o governador, Minas Gerais tem oferecido novas oportunidades com programas que fortalecem as empresas startups no Estado e com uma nova ferramenta que o Governo vai lançar na próxima semana, que permitirá o investidor conhecer as oportunidades de negócios e as vocações regionais de cada parte de Minas Gerais.

“O SEED é um programa que fizemos das startups, exatamente para estimular a vinda de novos valores, aproveitando aquilo que  já temos. Belo Horizonte já é uma cidade de nosso Estado, por natureza, empreendedora, e lançamos esse programa, criamos o subsídio para fazer o pagamento de  bolsas. Anunciamos os 40 primeiros indicados e vamos agora instalá-los aqui. É uma coisa pequena, sob o ponto de vista de valor, mas de grande impacto na mudança da cultura para estimular os novos empreendedores a participarem e aqui se instalarem”, explicou.

Para o governador, no entanto, os desafios existem e é preciso continuar trabalhando com criatividade e inovação para superá-los. “Evidente que ainda falta muito a fazer, mas com planejamento, serenidade, com princípios, com muita ética, com muito trabalho, eu tenho certeza que vamos alcançar uma posição de muito mais destaque e Minas Gerais, cada vez mais, se firma como aquele Estado que é invejado pelos demais”, concluiu.