O Governo do Estado voltou a se reunir com ocupantes do casarão da rua Manaus nesta sexta-feira (22) para dar início a constituição do grupo que vai definir o destino do imóvel. O encontro aconteceu na sede do Banco do Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), na capital, com a presença de representantes da Fundação Lucas Machado (Feluma), do Ministério Público Estadual (MPE) e da Diretoria de Patrimônio Público de Belo Horizonte.

Durante os debates sobre a formação do grupo, um ponto de destaque foi a realização de obras emergenciais na casa. Para o chefe da Assessoria de Articulação, Parceria e Participação do Governo de Minas, Ronaldo Pedron, os trabalhos se tornaram mais urgentes desde que pessoas passaram a ocupar a casa em outubro. “Imediatamente, a preocupação do governo é assegurar a saúde e a segurança das pessoas que lá estão”, afirmou. Essa preocupação também foi manifestada pelo Ministério Público durante a reunião.

A Feluma, que já possui projeto de intervenções emergenciais aprovado pela Diretoria do Patrimônio Público de Belo Horizonte, reafirmou seu compromisso em realizá-las conforme acordado anteriormente. A entidade informou que teria condições de iniciar as obras em quatro dias úteis. Os ocupantes do imóvel, por sua vez, também reiteraram o interesse em apresentar proposta de intervenções emergenciais. Essa possibilidade, entretanto, precisa ser submetida à Diretoria do Patrimônio Público de Belo Horizonte.

Como os manifestantes ainda precisam da aprovação da Diretoria de Patrimônio Público da capital, eles solicitaram um prazo maior para executar as obras. O governo se dispôs a conceder essa extensão mediante à desocupação imediata do imóvel. Na próxima quarta-feira (27), um novo encontro será realizado para retomar o assunto. Todas as partes foram convidadas a continuar trabalhando em conjunto para que o grupo possa elaborar a melhor proposta de aproveitamento do espaço. A ideia é implementar um projeto artístico-cultural para o casarão.

“O Governo de Minas vem ampliando os espaços de discussão de políticas públicas com a criação dessas arenas de debate. É uma construção conjunta para alcançarmos sucesso e avançarmos no desenvolvimento”, concluiu Pedron. Também participaram da reunião a promotora do MPE Lilian Marotta; Evandro Pires, representante da Feluma; Carlos Henrique Bicalho, diretor de Patrimônio da capital; e a superintendente de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura, Janaína Cunha.