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Governador | Agricultura

20h03min - 17 de Abril de 2013 Atualizado em 09h17min - 18 de Novembro de 2013

VÍDEO: Governador Antonio Anastasia insiste em novo preço mínimo do café

Preocupação do governador é garantir que os custos de produção sejam cobertos, já que o produto é importante no desenvolvimento da economia do estado

O governador Antonio Anastasia saiu mais uma vez em defesa do café, o principal produto de exportação mineira do agronegócio. Na última terça-feira (16), durante visita da presidente Dilma Rousseff a Belo Horizonte, o governador voltou a pedir a interferência da presidente para garantir um preço mínimo da saca de café. O Governo de Minas quer que seja garantido o preço de R$ 350 por saca de 60 quilos, a fim de que o cafeicultor mineiro possa pelo menos cobrir o custo de produção, que hoje atinge esse patamar na maioria das regiões produtoras.

Nesta quarta-feira (17), o governador se reuniu com representantes do setor para uma nova conversa sobre o assunto. “Tive uma reunião muito importante com a Federação da Agricultura de Minas Gerais, com diversos sindicatos de produtores de café, cooperativas do café, porque nós estamos vivendo, neste momento, na área do café, uma situação muito delicada. O preço do café está muito baixo, na ordem de R$ 300,00 a saca, e esse é um preço insuficiente para pagar a produção”, afirmou o governador durante entrevista coletiva no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte.

No início do mês, o governador já havia enviado ofício à presidente Dilma Rousseff pedindo a colaboração do Governo Federal. “Durante a visita que ela fez aqui eu reiterei o assunto pessoalmente. Mostrei a importância que tem o café na economia de Minas Gerais, porque é o café que irriga a economia do interior do estado. As cidades do interior têm no café sua principal riqueza, acabam tendo uma grande queda no comércio, na própria indústria”, lembrou Anastasia.

O assunto foi encaminhado também para o ministro da Agricultura, o mineiro Antônio Andrade. O governador pediu para que, ainda neste mês, um preço mínimo possa ser garantido. “Dizem os especialistas que esta ação, por si só, já serve para estimular o mercado e o preço subir um pouco. O café, como sabem, é uma das maiores riquezas do estado. Eu fiz essa referência, expliquei à presidente ontem (terça-feira). Ela foi sensível, compreendeu, sabe a importância do café em Minas Gerais. Agora, vamos continuar insistindo com o Governo Federal para que eles adotem essa questão do preço de garantia mínimo de R$ 350,00 para a saca do café”, disse.

A interseção do governador Anastasia junto ao Governo Federal atende à reivindicação do setor cafeeiro de Minas Gerais, que vem se empenhando pelo urgente reajuste do preço mínimo do café. No final do mês passado, a revisão do preço mínimo era um dos itens da pauta do Conselho Monetário Nacional (CMN), juntamente com a prorrogação da dívida do setor. O CMN aprovou a prorrogação da dívida por 12 meses, a partir do vencimento, mas não apreciou o reajuste do preço mínimo, que atualmente é de R$ 261,69 a saca de 60 quilos.

Como parte de seu esforço para valorizar a cafeicultura mineira e nacional, o Governo de Minas Gerais irá promover, em setembro próximo, em Belo Horizonte, a Semana Internacional do Café. O evento abrigará a reunião de comemoração dos 50 anos de criação da Organização Internacional do Café (OIC), que representa mais de 70 países consumidores e produtores do mundo. A Semana Internacional do Café também contará com o Espaço Café Brasil, a maior feira do setor na América Latina.

O café em Minas

Cultivado em 104 mil propriedades, espalhadas por aproximadamente 500 municípios mineiros, o café é o segundo principal item da pauta de exportações de Minas Gerais, em volume de vendas. Nos primeiros três meses de 2013, a receita chegou a US$ 831.298.433, para um embarque de 4,26 milhões de sacas, o que correspondeu a uma cotação média de US$ 195,25 a saca de 60 quilos. A participação do café nas exportações foi de 11,11%.

No mesmo período de 2012, as exportações atingiram US$ 1,11 bilhão e 3,88 milhões de sacas embarcadas, ou seja, US$ 285,39 por saca. A participação foi de 14,18%. A produção brasileira de café na safra 2012/2013, considerados anos de produtividade elevada, foi de 50,8 milhões de sacas de 60 kg, equivalentes a 34% da produção mundial.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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